A TERRA NA REGI 195;O GEOECONOMICA DE BRAS 205;LIA …
A TERRA NA REGIÃO GEOECONOMICA DE BRASÍLIA: UN MAPA DE SISTEMAS DE TERRA.
Thomas T. Cochrane
[Um resumo do estudo original de 1986 A TERRA NA REGIÃO GEOECONOMICA DE BRASÍLIA: ―
UN MAPA DE SISTEMAS DE TERRA‖
de:
Thomas T. Cochrane con la colaboracao de J.F.Verdesio, J.S. Madeira N. and P.Carneiro.
Map drafting:
P.Paulo de Oliveira.
Soil analyses:
D.G. de Souza( y Thomas T. Cochrane)
Secretarial work:
Cena America, Valmor Borges dos Santos, Luis Geroncio dos Santos, y Lucimar Moreira
Ribeiro ]
EMBRAPA-CPAC y AGROTECNOLOGICA AMAZONICA (www.agteca.org)
Planaltina, DF. 2002
INTRODUÇÃO
Este documento é um resumo das características da terra da região geoeconômica de Brasília (Fig.1) como um recurso utilizável para a exploração agrícola, pecuária, reflorestamento, recreação e outras atividades, como base no trabalho feito como parte integrante da base de datos relativos aos recursos de terra da EMBRAPA-CPAC. Tem o objetivo de oferecer uma visão abrangente para orientar a pesquisa e o desenvolviento agrícola em toda a região, e para ressaltar suas possibilidades agroindustriais.
A terra é descrita em termos de áreas geográficas distintas nominadas "Sistemas de Terra" (Christian e Stewart 1953), que se caracterizam por padrões facilmente identificáveis de clima, paisagem, vegetação natural, recursos hídricos e solos. Os Sistemas de Terra podem consistir-se numa área contínua ou situar-se em várias áreas próximas e separadas; são terras em cuja extensão pode-se desenvolver satisfactoriamente uma mesma utilizaçào agrícola. Os Sistemas de Terra são áreas que existem naturalmente sem estar necessariamente em conformidade com delimitações políticos-adminisitrativas, se bem que se possa medir com clareza a extensão de qualquer sistema de terra localizado mun estado ou num município. O Mapa de Sistemas de Terra que acompanha este documento foi feito a partir de imagens de satélite dos sistemas de terra na escala 1:500,000 (INPE 1984), após trabalho de campo, e identifica cada sisitema por um número (Fig.2).
No texto as características físicas predominantes nos sistemas de terra se encontram sob as categorias: Uso da Terra, Elevação e Topografía, Clima, Água e Solos. Ás possibilidades de desenvolvimento estão resumidas sob o título de "Potencial de Uso da Terra".
USO DA TERRA: Sempre que significativa, a extensão relativa das terras pertencentes ão governo está indicada. A vegetacão natural é descrita, assim como a extensão de terra usada para plantação, pasto, pastoreio de campo aberto, floresta e outros objetivos, dependendo do tipo de agricultura praticado.
ELEVAÇÃO E TOPOGRAFÍA: As características da forma da terra, suas diferentes
facetas topográficas e a sua elevação com relação ão nível do mar estã contidas no resumo.
CLIMA: O clima é descrito em termos da duração relativa das estações seca e chuvosa, padrões de precipitação e regimes de temperaturas sazonais. Outras coracterísticas que podem afetar o desenvolvimento da lavoura ou danificá-la, inclusive a probabilidade de veranicos, ventos fortes e granizo, estão registradas, sempre que apropriado.
ÁGUA: A informação se restringe em larga medida à ocorrencia de recursos hídricos de superfície para armazenamento, consumo e irrigação.
SOLOS: Os solos dominantes da paisagem são identificados de acordo com o Sistema Brasileiro de Classificação (SNLCS 1981) e com a Taxonomia de Solos dos Estacos
Figura 1. Região Geoec?nomica de Brasilia.
Unidos (Soil Survey Staff 1976), junto com um resumo das suas principais limitações químicas e físicas que possam afetar a lavoura, o pasto e a produção florestal.
POTENCIAL DE USO DA TERRA: O potencial de uso da terra está resumido em
termos das suas possibilidades específicas de utilização agrícola, de melhores pastagens, de pastos de campo aberto e produção florestal. Onde apropriado, o potencial de irrigação é mencionado. São feitas recomendações sobre os sistemas de cultura especificos que são compatíveis com o estabelecimento de produção estável e com a conservação do solo e melhoria dos recursos pedológicos. Ocasionalmente são feitas sugestões relevantes ão establecimento de agroindústrias específicas.
Finalmente, uma tabela oferece uma visão geral do potencial agropecuário da região, mediante um resumo de caraterísticas selecionadas relativas ão clima, relevo e, particularmente, solos de cada sistema de terra. Essa informação foi agrupada para resumir o potencial agrícola da toda a região.
Figura 2. Os Sistemas de Terra que acompanha este documento foi feito a partir de imagens de
satélite na escala 1:500,000 (INPE 1984), após trabalho de campo, e identifica cada sisitema
por um número.
DESCRIÇÃO DOS SISTEMAS DE TERRA.
SISTEMA DE TERRA 1
Uso da terra: Aproximadamente 75% da terra é propriedade particular e possui acesso rodoviário satisfatório. A vegetação original é de cerrado, tendo sido em grande parte desmatado nas áreas mais planas para produçãao agricola e formação de pastos melhorados, e o restante modificado pelo pastoreio de animais, derrubada seletiva de matas e freqüentes quemadas. As principais culturas são o soja e o arroz de secano. Em algumas partes estão sendo cultivados com éxito café e árvores frutíferas. Em outras áreas ainda menores foram plantadoas florestas de eucalipto ou de pinheiros. Ocasionalmente, em partes mais baixas, utiliza-se a irrigação para olericultura e para a produção de trigo durante a estação seca. Aproximadamente 2% da área foi reservada para desenvolvimento urbano e como reservas ecológicas específicas.
Relevo e topografía: O sistema é encontrado no planalto central do Brasil, com altitudes que varian entre 900 e 1.200 metros. A paisagem consiste de diversas e distintas planícies separadas por terreno em declive, ocasionalmente acidentado. É dissecado por pequenos vales e cursos de água. Nas partes baixas, perto de rios ou lagoas, são encontradas áreas de várzeas (terras sazonalmente alagadas e, ou inundadas), que são importantes embora de pouca extensão. Nas extremedades das superfícies mais altas e extendendo-se até as escarpas de erosão existem áreas em que o lençol freático é alto na estação chuvosa e que possuem forte microtopografia conhecidas localmente como murundus (montículos de 1 a 2 metros de altura e 1 a 4 metros de largura, separados por solo encharcado).
Clima: A região possui uma estação seca com duração de cinco meses, entre maio e setembro. A precipitação anual varia entre 1.450 e 1.550 mm e ocorre principalmente entre novembro e março, quando excede substancialmente à evapotranspiração. Entretanto, poden ocorrer entre o final de janeiro e o fim de fevereiro, períodos secos e ensolarados, chamados de ―veranicos‖, que equivalem ao ―Indian Summer‖ de outras regiões intertropicais. Quando esses veranicos têm duração de mais de 10-15 dias, podem causar estress hídrico nas culturas de crescimento radicular pouco profundo. A temperatura média anual é de aproximadamente
C. A estação chuvosa coincide com a época mais quente do ano, em que a temperatura 21:
média mensal é de aproximadamente 22: C. Durante a estação seca, quando os dias são
mais curtos, a temperatura média mensal se aproxima de 19: C. Julho é o mês mais frio e
outubro o mais quente; as temperaturas a noite, durante o mês de julho, caem regularmente abaixo de 12: C. As temperaturas flutuam bastante, mesmo durante a estação chuvosa, quando a cobertura de nuvens reduz significativamente as rediações solares e, conseqüentemente, as temperaturas ambientes. Estas últimas são também afetadas por ocasionais ventos sul mais frios. Os ventos fortes não são freqüentes, embora as vezes ocorram associados a tormentas localizadas e aos movimentos das frentes. O granizo pode cair, mas raramente causa perdas significativas às lavoras.
Água: Pequenos cursos d‘água perenes cortam o campo a intervalos de aproximadamente 5 Km, e ha ocasionais lagos ou lagoas. As nascentes encontram-se freqüentemente nos declives que separam as planíces, mas geralmente têm baixa capacidade hidráulica.
Solos: A maioria dos solos são Acrustox, vermelhos a vermelho-amerelos (Latossolo Vermelho-Escuro e Latossolo Vermelho-Amerelo), de textura média a argilosa. Os solos são profundos e bem drenados, forma formados per material sujeito a pré-intemperismo, predominantemente xistos e sedimentos de vários tipos, recobrindo embasamento rochoso cristalino pré-Cambriano. O caulim predomina nas suas frações argilosas. Têm formação de subhorizontes de ―óxidos‖. Os sesquióxidos estão também associados com o desencolvimento da estrutura granular fina típica, embora com baixa capacidade de retenção de água. São encontrados cascalhos lateríticos, embora esses sejam muito mais comuns nos solos perto de perímetro dos planaltos superiores ou chapadas. Os Acrustoc são deficientes nos principais elementos e pidem ―fixar‖fósforo, o que significa que são necessários mais de 250 Kg/hectare de PO para superar essa deficiência e obter uma produção agrícola 2 5
satisfatória. Os microelementos estão geralmente presentes em pequenas quantidades, particularmente Ca, no subsolo, e Mg e S, na camada superior. As relações Ca/Mg e Ca/K são baixas em muitos solos e podem causar problemas fisiológicos nas plantas. Há relatos de deficiência de Boro no trigo, sendo que a deficiência de Zn é freqüentemente caudada por aplicação excessiva de calcário. Provavelmente, tanto o teor de Mo quanto o de Cu são insuficientes. Muito solos possuem níveis de Al intercambiável que podem ser tóxicos para culturas suscetíveis.
Existem áreas menores de outros solos, incluindo Distropepts (Cambissolos), formados com materiais pré-intemperizados, em declives, assim como Aquox e outros solos hidromórficos, em depressões e declives afetados por infiltração de água das chapadas. Aqueles encontrados em locais mais baixos com movimento lateral de água lento podem apresentar condições de toxicidade pelo Fe durante a estação chuvosa, quando não houver drenagem artificial.
Pontencial de uso da terra: Sempre que sejam acrescentadas quantidades adequadas de
fertilizantes baratos e de calcário, há um potencial dignificativo de uso intensivo de muitas dessas terras, tanto para o cultivo anual de cereais quanto para culturas perenes; entre as últimas merecem menção o cafe e as fruteiros, inclusive cítricos. Há também possibilidade de expander o uso da irrigção para o cultivo de cerais e para a olericultura durante a estação seca. A pecuária de lerte e a produção de animais em geral pidem aumentar sustancialmente. O desenvolvimento de sistemas agropecuários mixtos, com a formação de pastos de gramíneas leguminosas consorciadas, durante períodos de 2 a 5 anos, seguidos de períodos de 2 a 3 anos de culturas agrícolas, incluíndo o soja, seria desejável para melhorar gradualmente a fertilidade do solo e atenuar os problemas de erosão.
Informações técnicas adicionais: Ver o Anexo I para os dados meteorológicos e os perfis
GE-001 e GE-020 de análise de solo no Anexo II. Outras informaCões sobre o solo pidem ser encontradas no Perfil de Solo GE-082 de CPAC, que poderá ser solicitado.
SISTEMA DE TERRA 2
Uso da terra: Somente numa pequena parte dessas terras houve a eliminação da vegetação do cerrado original. Mesmo assim, o cerrado foi modificado pelo pastoreio de animais e por derrubadas seletivas para produção de carvão. O acesso é limitado a estradas secundárias. A atividade principal é a pecuária, com estemsões ocasionais de áreas mais planas utilizadas para culturas anuaus ou pastos melhorados. Embora em menor escala, também são cultivados café e frutas perenes.
Relevo e topografia: A altitude varia entre 100 e 1.150 metros. a área caracteriza-se por um relevo de colinas resultante da erosão de elevado planalto original do Sistme de Terr 1. A paisagem parece um mosaico de pequenas elevações e vales, freqüentemente associados ao manacial de de um tributário principal dos grandes rios.
Clima: A região possui uma estação sêca com duração de 5 meses, entre maio e setembro. A precipitaCão anual é de aproximadamente 1.450 mm e ocorre principalmente entre novembro e março, quando excede substancialmente a evapotranspiração. Entretanto, a topografia local influencia o volume de precipitação e o clima, de maneira geral, em qualquer local específico. Os veranicos são comuns entre o final de janeiro e o fim de fevereiro. A temperatura média anual dos lugares mais altos é de aproximadamente 21: C. A estação
chuvosa coincide com a época mais quente do ano e a temperatura média mensual durante este período é pouco mais de 22: C.
Água: A intervalos de aproximadamente 5 Km são encontrados pequenos cursos d‘água perenes. As águas desses pequenos rios sofrem substanciais variações sazonais.
Solos: Os solos são variados, embora predominem os solos pobres, tanto física quanto quimicamente. Os solos encontrados nos declives variam de solos litólicos pedregosos e rasos, a Distropepts (Cambissolos) e, finalmente, Acrustox e Haplustox vermelho-amarelos (Latossolo Vermelho-amarelo e Latossolo Vermelho-Escuro), nos declives mais suaves. Sua mineralogia é mixta, uma vez que são resultado de materiais de embasamento pré-Cambriano, pré-intemperizado e de antigas camadas sedimentares. O subsolo possui altos teores de sesquióxidos de Fe e Al. São deficientes em macro e microelementos, embora nõ tanto quanto os solos do Sistemas de Terra 1. No fundo dos vales pidem ser encontrados solos hidromórficos e aluviais. Outrossim, podem ser observadas áreas menores de dolos relativamente férteis, que geralmente sustentam florestas no seu estado natural. Tais solos estão geralmente associados a afloramentos rochosos ou xistos calcários, embora
ocasionalmente tenham sido formados a partir de embasamento cristalino, incluindo grantros e gnaisses, ou xistos enriquecidos com rochas vulcãnicas ultrabásicas.
Potencial de uso da terra: A maioria das terras são apropriadas para pecuária extensiva. As áreas menores de terra mais trabalhável poderiam ser utilizadas lucrativamente na produção de reservas de forragem para a estação seca, com o intuito de intensificar a produção pecuárua. Tambien póderiam ser cultivados arbustos ou árvores perenes, incluíndo café e frutas, em certos solos selecionados. Contudo, nas terras mais íngremes, seria aconselhável uma política de reflorestamento para atenuar o problems de erosão e ajudar a regularizar o fluxo dos rios e córregos.
Informações técnicas adicionais: Ver os dados meteorológicos no Anexo I e os análises
de solo do perfil GE-003 no Anexo II. Outros dados sobre o solo pidem ser obtidos, mediante solicitaçào, nos Perfis de Solo GE-002 e GE-081 do CPAC.
SISTEMA DE TERRA 3.
Uso da terra: Essas terras eram originalmente recobertas por vegeta
cão de cerrado, que foi desmatado em muitas das áreas mais planas, com finalidade agrícola ou de formacão de pastos melhorados, ou modificada pela derrubada, pastoreio de animais e queimas mais freqüentes, no restante das áreas.
Relevo e topografia: O sistema é constituído por uma parte mais sfetaca pela erosão e de relevo mias acidentado de planalto central de Brasil (Veja o Sistema de Terra 1). É caracterizado por muitos fragmentos residuais da superfície original horizontal do planalto; esses ocupan aproximadamente 25% do total das terras. As cotas variam entre 750 e 1.100 metros. Muitos pequenos cursos d‘água correm através do emaranhado de vales que dissecam as superfícies multifacetadas.
Clima: A precipitação anual varia entre 1.450 e 1.550 mm e ocorre principalmente entre novembro e março, quando excede a evapotranspiração. A estação seca se estende de maio a setembro. Entretanto, podem ocorrer veranicos no período de fins de janeiro a fins de fevereiro. A temperatura média anual nas superfícies do planalto mais elevado é de aproximadamente 21: C, mas são mais elevados nos vales. A estação média mensal
excede 22: C. Julho é o mês mais frio e outubro o mais quente. As temperaturas flutuam bastante, particularmente durante a estação chuvosa, quando a cobertura de nuvens rdduz as radiações solares. Os ventoe fortes não são freqüentes, embora ocasionalmente acompahem as tormentas localizadas e o movimento de frentes. O granizo rara vez cai e, então, somente a altitudes maiores.
Solos: No planalto residual e na topografia menos acentuada, encontram-se
predominantemente solos Acrustox e Haplustox de textura média a argiloso. (Latossolo
Vermelho-Amarelo e Latossolo Vermelho-Escuro). S/ào geralmente profundos e com boa drenagem, de microestrutura forte e baixa capacidade de retenção de água. Sua mineralogia é resultante de prolongado intemperismo de antigos sedimentos pré-intemperizados, sobrejacentes a embasamento cristalino pré-Cambriano. O caulim predomina na fração argilosa e os subsolos têm uma alto teor de sesquióxidos de Al. Cascalho laterítico é freqüentemente encontrado perto do perímetro das superfícies do planalto residual. Os solos são pibres em macroelementos, particularmente P. Os microelementnos , incluindo Ca, Mg e S podem constituir fator limitante. Pidem tembém ocorrer deficiências de B e Zn. Os níveis de Al intercambiável são tóxicos para as culturas susceptíveis.
Potencial de uso da terra: A natureza da terra impõe consideráveis limitações para
agricultura, embora eata pissa ser desenvolvida com êxito em locais de encostas menos íngremes. As culturas perenes, incluíndi café e citricos, pideriam ser expandidas consideravelmente. Entretanto, a exploração lucrativa dessas terras em agricultura de extensão dependerá de infra-estrutura e da disponibilidade de fertilizantes e calcário baratos. A pecuária, tanto de leite quanto a produç!ao animal de maneira geral, poderia ser incrementada mediante a seleção estratégica das terras mais planas para o cultivo de reservas de forragem para estação seca.
Para os dados meteorológicos, ver o Änexo I e para Informacões técnicas adicionais:
análises de solo comparáveis àquelas das superfícies do planalto residual ver o Sistema de Terra I.
SISTEMA DE TERRA 4
Uso da terra: Aproximadamente 60% da terra era coberta por florestas sazonais
semidecíduas e o restante coberto por vegetação de cerrado. Contudo, amaior parte da floresta foi cortada para extração de madeira e muitas outras áreas planas foram desmatadas para o cultivo de cereais e outras culturas, assim como para a formação de pastagens. Algumas árvores perenes são cultivadas em escala modesta. O acesso é tuim e quase exclusivamente limitado a estradas secundárias e terciárias.
Relevo e topografia: A área é composta de uma série de elevações ingremes e
freqüentemente erodidas, que variam em altitude entre 700 e 1.100 metros, a cota do Planalto Central. Menos de 3% das terras poderiam ser usadas para agricultura sem correr sérios riscos de erosão. Outrossim, essas terras estão disseminadas por todo o sistema e essas áreas individuais raramente têm extensão superior a dois hectares.
Clima: A regão possui uma estação seca com duração de cinco meses, entre maio e setembro, que coincide com o período mais frio do ano. Julho é o mês mais frio e as temperaturas da estação seca nas áreas mais elevadas não ultrapassan 20: C. A precipitação
anual é de 1.500 mm em média, embora varie conforme a localidade. A precipitação ocorre principalmente entre novembro e março. A temperatura média da estação chuvosa é 22: C,
em média, a altitudes maiore, embora seja consideravelmente mais alta a cotas menores, particularmente jos vales protegidos.
Água: A área é drenada por muitos pequenos córregos perenes.
Solos: A maioria dos solos são de declive muito acentuado, textura média, frequëntemente pedrogosos e excessivamente drenados; possuem regimes de temperaturas iso-térmicas à iso-hipertérmicas, dependendo da altitude. Variam se Ustorthents Litólicos (Solos Litólicos) a Ustropepts e Distropepts (Cambiddolos) e Oxic Rhodustalfs (Terra Roxa Estruturada Similar Eutrófica). Esses últimos constituem 40% do total. Foram formados a partir de pedre calcária ou de sedimentos ricos em calcário e estão relativamente bem dotados de nutrientes, quando comparados com a maioria dos outros solos do sistema que possuem baixos teores de macro e microelementos, assim como de elementos-traços.
Potencial de uso da terra: Onde são encontrados os Rhodustalfs e alguns Haplustults, em
declives relativamente pouco acentuados, poderiam ser cultivados com êxito diversos culturas alimentares, árvores frutíferas e café. Contudo, tais áreas são geralmente pouco extensas e representam menos de 10% do total da área. Existem boas possibilidades para a intesificação da pecuária, inslusive de leite, nas terras com relevo menos íngreme. Nas terras com maiores declives, as atividades florestais deveriam ser encorajadas.
Informações técnicas adicionais: Ver o Anexo I para os dados meteorológicos e o Anexo
II para os análises de solo do perfil GE-108.
SISTEMA DE TERRA 5
Uso da terra: Essas terras estão dispersas pelo Sistema de Terra 4. São terras
originalmente recobertas por florestas sazonais semidecícuas que foram em grande parte derrubadas para a extração de madeira, Oacesso é ruim e limitado em grade medida a estradas secundárias.
Relevo e topografia: As terras consistem, em grande parte, de declives acentuados e
terreno acidentado, com altitude entre 800 e 1.100 metros.
Clima: Aregião possui uma esta‘xão seca com duração de 5 meses, entre maio e setembro, que coincide com o período mais frio do ano, quando a temperatura média é inferior a 20: C.
Aprecipitação média anual é de aproxomadamente 1.500 mm e ocorre principalmente entre novembro e março. As temperaturas médias durante a estação chuvosa sãode
aproximadamente 22: C.
Água: Pequenos cursos d‘água perenes dissecam o compo a intervalos de menos de 5 Km, en todo o sistema.
Solos: Muitos dos solos possuem declive acentuado, textura média e são freqüentemente solos litólicos, pedregosos e excessivamente drenados. São formados por materiais calcários ou rocha-mãe contendo calcário, particularmente xistos calcários. Nos locais de relevo mais suave, particularmente aqueles de acumulação nas posições abaixo dos cumes, são comun os Oxic Rhodustalfs (Terra Roxa Estruturada Similar Eutrófica). Esses solos são ricos em cálcio e possuem nutrientes vegetais em abundância.
Potencial de uso da terra: Nas pequenas áreas de declives mais suaves, poderiam ser
cultivados alimentos e árvores, incluíndo café e cítricos. Algumas das terras de relevo menos suave pideriam ser utilizadas florestais. São abundantes em toeo o sistema s teservas de calcário para calcário agrícoa. Essas reservas estão sendo ativamente extraídas e beneficiadas.
Informações técnicas adicionais: Ver o Anexo I para os dados meteorológicos e o
Sistema de terra 4 para algumas análises de solo comparáveis.
SISTEMA DE TERRA 6
Uso da terra: A vegetação original dessas terras era de cerrado, tendo sido uma grande parte das terras mais planas limpa para o cultivo de arroz e soja e a formação de pastos melhorados. O restante do cerrado, inclusive aquele em terras mais íngremes e quebradas, foi modificado substancialmente pelo corte seletivo para produção de carvão, opastoreio de animais e queimas mais freqüentes do que naturalmente ocorreriam. O acesso é feito principalmente atraés de estradas secundárias.
Relevo e topografia: O sistema é um planalto horizontal a suavemente ondulado,
encontrado ao morte de Brasília, com altitudes que variam entre 750 e 850 metros. Ocasionalmente a paisagemé interrompida por relevos maiores, aerosão residual de superfícies anteriores. Diversos pequenos cursos d‘água cortam a área. São encontrados em todo o sistema pequenas extensões de terra caracterizadas pela existência de murundus (Veja o Sistema de Terra I ) eoutras facetas de terra vaixas e de drenagem pobre.
Clima: A região possui uma estação seca com duração de 5 meses, entre maio e setembro. A precipitação é de aproximadamente 1.450 mm e ocurre principalmente entre novembro e fevereiro, quando a precipitação excede substancialmente a evapotranspiração. Entretanto, pidem ocorrer veranicos apartir da segunda quinzena de janeiro até of fim de fevereiro, que pidem causar sérios danos hídricos às culturas anuais de desenvolvimento radicular pouco produndo. As temperaturas médias da estação chuvosa são ligeiramente inferiores a 23: C,
em médial Junho e hulho são os meses mais frios, com temperaturas médias pouco abaixo de 19: C. Durante a estação chuvosa, ocasionalmente ocorrem ventos fortes localizados, acompanhados de tormentas; raramente há granizo.
Água: Pequenos cursos d‘água perenes cortam o campo a intervalos de aproximadamente 5 Km e ocasionalmente pode-se vislumbrar ma lagoa, freqüentemente pitoresca, nas partes mais baixas do sistema. Há manaciais nas encostas, embora esses geralmente possuam baixa capacidade hidráulica. Sabe-se pouco a respeito das reservas de água subterrânea. Os poços cavados manualmente para uso doméstico geralmente têm uma profundidade aproximada entr 8 e 10 metros.
Solos: Os solos que predominan nas superfícies horizontais a suavemente onduladas são Acrustoc vermelho-amerelos (Latossolo Vermelho-Amarelo) e Haplustox vermelho-escuro (Latossolo Vermelho-Escuro), profundos e bem drenados, de tectura média a argilosa. Esses últimos são preferidos pelos agricultores locais para cultivos anuais. O caulim predomina na fração argilosa de ambos os solos, que são caracterizados pela presença de horizontes de subsolo ―oxic‖ com alto teor de Al e de sesquióxidos. Têm baixa capacidade de retenção
de água, mas sua bem desenvolvida microestrutura prové uma estabilidade estrutural relativamente boa. São deficientes nos principais elementos e pidem ―fixar‖fósforo. São também deficientes em microelementos, especialmente Ca, Mg e S. Os níveis de Ca no subsolo pidem limitar a penetração de o crescimento radicular e as baixas relações CA/Mg e Ca.K podem trazer problemas fisiológicos nas plantas. Deficiências de Zn e de B têm sido relatadas em solos similares. Os níveis de Al pidem ser tóxicos para culturas e cultivares susciptíveis.
Existem áreas mentoers de outros solos, incluíndo solos litólicos pedregosos (Solos Litólicos) e Distropepts (Cambissolos), formados a partir de rocha-mae pré-intemperizada, em veriente íngremes. e Aquox e outros solos hidromórficos, nas depressões e em algumas encostas afetadas pela infiltração de água das superfícies superiores do planalto. Os solos hidromórficos encontrados nas depressões sonde existe piuco ou nenhum movimento lateral da aágua do solo podme apresentar condições de toxicidade pelo Fe.
Potencial de uso da terra: Com adequada correção do solo e uso de fertiliazantes, os
Oxissolos das terras cultivávies pideriam ser utilizados mais intensivamente para cultivos anuais de cereais. Existem também possibilidades para o cultivo de árvores frutíferas, principalmente cítricos. As culturas anuais devem incluir a prática de rola cão que inclua períodos substanciais (4 ou mais anos) com formação de pastagens de gramíneas e leguminosas consorciadas, para ajudar a aumentar a fertilidade dos solos e atenuar os problemas de erosão. Esses pastos cultivados permitiriam um aumento significativo na produção de gado leitero e de corte.
Informações técinicas adicionais: Ver o Anexo I para os dados meteorológicos e o perfil
GE-107 para o análise de solo no Anexo II. Outras informações sobre o solo podem ser encontradas no Perfil de Solo GE-078 do CPAC, que poderá ser solicitado.
SISTEMA DE TERRA 7
Uso da terra: A maioria dessas terras está recoberta por vegetação de cerrado e compos cerrados, que for modificada pelo pasterieo de animais e derubada seletiva para produção de carvão. O acesso é limitado.
Relevo e topografia: O sistema é uma região cortada por vales e escarpas, resultado da erosão do Sistema de Terra 6, com cotas entre 600 e 800 metros.
Clima: A região possui uma estação seca com duração de cinco meses, entre maio e setembro. A precipitação anual excede 1.450 mm. As temperaturas médias surante a estação chuvosa são de aproximadamente 23: C.
Solos: Nos locais mais planos, predomina o Acrustox vermelho-ameralo (Latossolo Vermelho-Amarelo). Esses solos são deficientes em macro e microelementos e em alguns elementos-traços. Os Distropepts (Cambissolos), formados a partir de rocha-mãe pré-interperizada, e que são geralmente pedregosos e rasos, predominam nas vertentes mais íngremes. Algumas áreas menores de solos aluviais mais recentes e férteis acompanham o curso do Rio Verde.
Potencial de uso da terra: Com o exceção de algumas poucas áreas, esse sistema é
apropriado para a produção animal e as atividades florestais.
Informações técnicas adicionais: Para os dados meteorol
ógicos vega o Anexo I, e para dados de solos comparáveis, os Sistemas d Terra 2 e 6.
SISTEMA DE TERRA 8
Uso da terra: Aproximadamente 40% da terra é propriedade do governo. Nas superfícies planas e nas de relevo suave, uma grande parte de vegetação original de cerrado doi desmatada para uso com culturas anuais, particularmente arroz e soja. É curioso que uma grande parte das terras mais planas é usada tembém para atividades florestais (principalmente plantações de eucalipto). A maior parte da vegetação do restante das encostas foi sujeito à derrubada seletiva das matas para produção de carvão e afetada pelo pastereio de animais.
Relevo e topografia: As cotas variam entre 800 3 1.000 metros, sendo a média
aproximadamente 900 metros. Cerca de 30% dessa área é plana a suavemente ondulada e o restante consiste de topografia ondulada a ondulações e depressões suaves. As terras são cortadas regularmente a intervalos de menos de 5 Km por pequenos vales íngremes com cursos d‘água quase sempre perenes.
Clima: A região possui uma estação com duração de cinco meses, enter maio e setembro, que coincide com a época mais frio do ano. A precipitação anual é de aproximadamente 1.450 mm e ocorre principalmente entre novembro e março, quando alcança o dobro da
evapotranspiração. Entretanto, podem ocorrer veranicos entre o fim de janeiro e fevereiro. A temperatura média mensal é de aproximadamente 21: C; as temperaturas média da estação
chuvosa estão pouco abaixo de 22: C, enquanto que as da estação seca estão acima de 19:
C. Outubro e fevereiro são os meses mais quentes e junho e julho os mais frios. Nesses últimos, as temperaturas podem cair abaixo de 12: C com a chegada das correntes de ar frio
do sul. Sõ pouco comuns os ventos fortes. Contudo, os distúrbios de frentes sazonais acompanhadas de chuvas e/ou tormentas localizadas são freqüentemente acompanhadas de fortes ventos. Embora muito raramente, pode cair granizo durante tais tormentas.
Água: Pequenos cursos d‘água perenes cortam o campo a intervalos regulares de 5 a 10 kilômetros, embora a maioria tenha uma vazão muito pequena durante a estação seca. As correntes artesianas de baixa capacidade hidráulica são comuns nas encostas.
Solos: A maioria dos solos são Acrustox (Latossolo Vermelho-Amarelo), de textura média a argilosa. Os solos são bem drenados, embora possuam baixa capacidade de retenção de água. Têm regime de temperatura isotérmico e sua mineralogia é o resultado do intemperismo de materiais originalmente derivados do embasamento cristalino pré-Cambriano subjacente. O caulim predomina nas frações argilosas e os teores de sesquióxidos são geralmente altos. Os solos são deficientes em macroelementos, particularmente fósforo, que pode ser ―fixado‖, e deficientes também em microelementos e elementos-traços. Os níveis de cálcio são baixos, particularmente nos subsolos, e podem retardar a penetração das raízes em algumas culturas. Tanto S quanto Mg são provavelmente fatores limitantes. O Zinco e o Boro também são encontrados em quantidades insuficientes. Os níveis de Al intercambiável são elevados.
Potencial de uso da terra: Muitas das terras mais planas poderiam ser utilizadas para
culturas anuais de grãos, sempre que haja acesso a fertilizantes e calcário baratos. A irrigação é uma possibilidade, mas pouco se sabe sobre os fluxos dos córregos e as reservas de águas subterrâneas. A produção pecuária e de outros animais em geral poderia ser substancialmente aumentada. Os sistemas de produção mistos deveriam ser incentivados, a fim de minimizar a erosão potencial do solo e melhorar as condições do mesmo. As atividades florestais poderiam ser expandidas nas topografias mais íngremes.
Informações técnicas adicionais: Ver o Anexo I para os dados meteorológicos e o perfil
GE-007 para análises de solo no Anexo II. Outras informações sobre o solo podem ser encontradas no Perfil de Solo GE-079 do CPAC, que poderá ser solicitado.
SISTEMA DE TERRA 9
Uso da terra: Nessas terras , a maior parte da vegetação original do cerrado foi modificada pelo pastoreio de animais. O município de Cristalina, localizado no centro do sistema, recebeu esse nome devido à presença de topázio, quartzo e outras pesras semipreciosas na região. Embora em escala modesta, essas são ainda extraídas de alguns barrancos vizinhos.
Além dessas pequenas atividades de mineração, as terras são usadas quase exclusivamente para pecuária de extensão.
Relevo e topografia: O sistema ocupa uma das partes mais altas do planalto, com cotas entre 1.000 e 1.250 metros e uma cota média de 1.150 metros. A paisagem consiste de compos um pouco acidentados, com ondulações e depressões suaves. Sua orígem geológica batolítica causa um padrão radial nos cursos d‘água.
Clima: A região possui uma estação seca entre maio e setembro e a prdcipitação anual dupera 1.500 mm e ocorre principalmente entre novembro e março, quando excede a evapotranspiração pitencial. As temperaturas médias anuais são inferiores a 21: C. A
estação chuvosa coincide com a época mais quente do ano, com temperaturas médias mensais de pouco menos de 22 : C. As temperaturas médias mensais durante a estação seca são de aproximadamente 18: C. Julho é o mês mais frio, com temperaturas noturnas regularmente abaixo de 10: C, ou menos. O granizo costuma acompanhar as tormentas esporádicas da estação chuvosa.
Água: Pequenos cursos d‘água perenes, com vazões muito baixas ou zero durante a estação
sêca, podem ser vistos a intervalos regulares de 5 Km. Pequenas nascentes são vistas ocasionalmente nas partes mais baixas da paisagem.
Solos: A maioria dos solos na topografia mais suave são Acrustox iso-térmicos (Latossolo Vermelho-Amarelo), de textura média, com boa drenagem, resultantes da interperização dos sedimentos subjacentes pré-intemperizados, que recobrem as rochas intrusivas batolíticas. Em alguns locais, tais como os afloramentos rochosos, são comuns os fragmentos de rochas e as pedras. Os solos possuem altos teores de Al e de sesquióxidos, particularmentenos horizontes do subsolo. São deficientes em macroelementos, particularmente fósfora, carecendo ainda de microelementos, Certamente ocorrem tamvém deficiências de elementos traços, inclusive de Zn.
Potencial de uso da terra: Com exceção de algumas áreas menores de terra que poderiam ser utilizadas para o cultivo de alimentos, café ou árvores frut‘feras, a área é principalmente adequada ao pastoreio e/ou atividades florestais. A produção poderia ser consideravelmente aumentada com um melhor manejo e com a provisão de forragens suplementares na estação seca.
Informações técnicas adicionais: Os dados meterológicos constam do Anexo I, enquato
que as análises de solo estão no perfil GE-055 do Anexo II. Outras informações sover o dolo pidem ser encontradas no Perfil de Solo GE-004 do CPAC, que poderá ser solicitado.
SISTEMA DE TERRA 10
Uso da terra: Menos de 5% dessas terras sofreram o total desmatamento da vegetação original da cobertura de cerradão e florestas abertas semidecíduas. As áreas limpas são ocupadas princi;almente por ;astos, embora sejam cultivadas árvores perenes, inclusive café, e outras áreas menores sejam utilizadas com o cultivo de alimentos.
Relevo e topografia: As cotas variam entre 450 e 900 metros. A maior parte de sistema consiste de elevações íngrmes e vales, prosutos da erosão da superfície da antigo planalto. Há somente pequenas áreas de terras relativamente planas.
Clima: A estação seca tem duração de 5 meses, embora os regimes de solo-água variem consideravelmente, conforme o local. Aesta
cão chuvosa se extende de outubro a abril e coincide com a época mais quente do ano. A precipitação varia, embora a precipitação anual seja aproximadamente de 1.500 mm, em media. Os regimes de temperatura acompahham as consideráveis diferenças em altitude.
Água: Pequenos cursos d‘água perenes são encontrados à intervalos de menos de 5 Km.
Solos: Muitos dos solos são Ustropepts (Cambissolos) pedregosos, embora em alguns locais seja possível encontrarr Acrustox (Latossolo Vermelho Amarelo), de textura média a grossa, e mesmo Eutrustox. Os Ustropepts são geralmente excessivamente drenados e rasos, especialmente nas encostas mais íngremes. Foram formados a partir de tochas pré-intemperizadas derivadas de xistos pré-Cambrianos, gnaisses e granitos, juntamente com calcários mais recentes. Os solos são geralmente deficientes em macro e micronutrientes.
Potencial de uso da terra: Só pequenas parcelas dessas terras são adequadas para uso
intensivo, uma vez que os solos são íngremes e rasos. Poderiam ser formadas pastagens melhoradas, na topografia menos acentuada; após a retirada da vegetação natural para produção de carvào. Entretanto, a vegetação das escarpas deveria der preservada para evitar erosão excessiva. A produção de madeira de Euclayptus spp. poderia ser condiderada em algumas áreas.
Informações técnicas adicionais: Os dados meteroológicos constam do AnexoI, enquanto
que as análises de solo estão no perfilGE-032 do Anexo II. Outras informações sobre o solo podem ser encontradas nos Perfis de Solo GE-025, GE-026 e GE-029 do CPAC, que poderão ser solicitados.
SISTEMA DE TERRA 11
Uso da terra: Aprocimadamente 70% da vegetação original de cerrado foi desmatada para a procução agrícola e a formação de pastos melhorados, A principal cultura anual é o arroz-de-sequeiro. Existe uma rede de estradas secundárias relativamente bem desenvolvida e a estrada de ferro Goiânia-Uberlândia atravessa o sistema.
Relevos e topografia: As coas variam entr aproximadamente 750 e 850 metros, com uma altitude média perto fe 780 metros. A maior parte das terras é plana, com ondulações suaves e pequenos cousos d‘água duscecando a superfície para formar pequenas ravinas a intervalos relativamente regulares. Esses cursos d‘água são afluentes do Rio Corumbá, of principal rio que atravessa a área.
Clima: A região tem 5 meses de estiagem, entre maio e setembro. A pricipitação anual é de aproximadamente 1.555 mm. A chuva cai principalmente entre novembro e marco, quando excede em muito a evapotranspiração pitencial. Entretanto, períodos esporádicos de estiagem, ou veranicos, podem ocorrer no período que vai do final de janeiro ao fim de fevereiro. A estação chuvosa coincide com os meses de verão, quando as temperaturas médias mensais estão poico acima de 23: C. O mês mais quente é outubro e o mais frio é
julho, embora as temperaturas rara vez cheguem abaixo de 12: C. Os vento fortes não são
comuns.
Água: Pequenos cursos d‘água perenes cortam a paisagem aintervalos de 5 a 10 Km. Nas vertentes das revinas, ocasionalmente pidem ser encontradas pequenas nascentes artesianas.
Solos: A maior parte dos solos são Haplustoc vermelho escuro (Latossolo Vermelho-Escuro) de textura média. Esses solos são profundos e bem drenados, embora tenham baixa capacidade de retenção de água. São resultado de de sedimentos quartzolíticos antigos e de xistos empibrecidos que encobrem embasamento cristalino pré-Cambriano. Os horizontes do subsolo possuem teores moderados de sisquióxidos e de Al intercambiável. Os solos são pobres em macro e microelementos, e os elementos traços podem também ser fatoer limitante pare a agricultura.
Potencial de uso da terra: Existe margem de aumento na produção anual de grãos e na
produção de culturas perenes, inclusive café, árvores frutíferas e mesmo tubérculos, tais como mandioca. Os sistemas de cultura mixtos, nos quais se faz a rotação periódica de pastos constituídos de gramíneas e leguminosas consorciadas, com outras culturas apropriadas, atenuariam as perdas de fertilidade nos solos de textura média dessas terras.
Informações técnicas adicionais: Os dados meterorológicas constam do Anexo I,
enquanto que as análises de solo estão no perfil GE-031 do Anexo II. Outras informações sobre o solo podem ser encontradas no Perfil de Solo GE-030 do CPAC, que poderá ser solicitado.
SISTEMA DE TERRA 12
Uso da terra: Aproximadamente 50% da vegetação original de cerrado foi completamente eliminada ou consideravelmente modificada. Embora a pecuária de extensão seja a principal
atividade econômica, um parte das terras é utilizada para a produção de grão, incluído arroz, milho e soja, além de uma área substancial que é dedicada a árvores frutíferas perenes. O acesso per estrada é satisfatório.
Relevo e topogradia: Os altitudes variam entre 680 e 830 metros; as média é
aproximadamente 750 metros. A topografia é, principalmente, plana a ligeramente ondulada, embora esteja dissecada por pequenos vales e cursos d‘água a intervalos relativamente curtos.
Clima: A área possui um estação seca de cinco meses, entre maio e setembro, que coincide com a época mais fria do ano.
Água: Cursos d‘água perenes são encontrados a intervalos de menos de 5 Km.
Mananciais artesianos de baixa capacidade podem ser vistos nas vertentes dos vales.
Solos: A mair parte dos solos são Acrustox vermelho-amarelos (Latossolo Vermelho-Amarelo), de textura grossa, e Haplustox vermelho-escuros (Latossolo Vermelho-Escuro). São solos profundos e de boa drenagem, embora possuam baixa capacidade de retenção de água. O caulim predómina nas suas frações argilisas e os teores de sesquióxidos e de Al do subsolo são altos. A maior parte desses solos fossem formadas a partir dos micaxistos e xistos cloríticos subjacentes. São deficiêntes en macroelementos, particularmente P, e podem, também ter deficiências de microelementos e de elementos traços , inclusive Ca, Mg, S e Zn.
Potencial de uso da terra: Essas terras são apropriadas para sistemas de cultivo mistos, com a combinação de culturas perenes e anuais e de produção moderadamente intensiva de gado de corte e de leite.
Informações técnicas adicionais: Os dados meteorológicos constam do Anexo I,
enquanto que as análises de solo estão no perfil GE-036 do Anexo II. Outras informações sobre o solo podem ser encontradas no Perfil de Solo GE-027 do CPAC, que piderá ser solicitado.
SISTEMA DE TERRA 13
Uso da terra: A vegetação original de cerrado dessas terras foi desmatada ou
consideravelmente modificada. A principal atividade é a pecuária de extensão, embora existam algumas áreas significativas de culturas perenes, inclusive café e frutas. O acesso é quase todo por estradas secundárias.
Relevo e topografia: Os altitudes variam de 800 a 1.000 metros, com média de
aproximadamente 900 metros. A maior parte das terras possui topigrafia suavemente ondulada a bem ondulada. Aproximadamente 20% poderiam ser utilizados para agricultura mecanizada, embora senia necessário tomar cuidados para evitar a erosão.
Clima: A região possui uma estação seca com duração de 5 - 6 meses, a partir da segunda quizena de abril até setembro. A precipitação anual excede 1.650 mm e ocorre principa;mente entre dezembro e fevererir, quanto eltrapassa consideravelmente a evapotranspiração potencial. Entretanto, podem ocorrer veranicos no per;iodo de final de janeiro ao final de fevereiro. Em média, as temperaturas anuais são 21,5: C. Outobro é o
mês mais quente e julho o mais frio. As temperaturas só raramente caem abaixo de 10: C.
os ventoe fortes não são comus, mas ocasionalmente acompanham tormentas localizadas e movimentos de frentes durante a estação chuvosa.
Água: Pequenos cursos d‘água são encontrados a intervalos de 6 a 10 Km, mas geralmente
têm sua vazão reduzida durante a estiagem.
Solos: Os solos mais comuns são Acrustoc (Latossolo Vermelho-Amarelo) de textura média. Esses solos têm boa dtenagem e são profundos, embora tenham baixa capacidade de tetenção de água. Seguem um regime de temperatura isotérmico. Sua mineralogia resultou de intemperismo dos produtos da erosão de xistos, gnaisses e granitos pré-Cambrianos pré-intemperizados. O caulim perdomina nas frações argilosas e os subsolos possuem altos teores de Al e sesquióxidos. Os solos são pobres em macroelementos, particularmente fósforo, microelementos e elementos traços, especialmente Ca, S e Zn, podendo causar deficiências em algumas culturas. Os níveis de Al intercambiável são altos, sendo necessário a aplicação de calcário para as culturas sensíveis ao Al. É também necessário a redução das relações Ca/Mg.
Em áreas de topografia mais íngremes, além do Acrustoc, são encontrados Ustropepts (Cambissolos). Esses solos são de textura média e freqüentemente pedregosos. Geralmente, sustentam vegetação semidecídua no seu estado natural.
Potencial de uso da terra: Existem possibilidades de intensificação do sistemas agrícolas mistos, embora as terras para agriciltura devam ser escolhidas com cuidado, para minimizar o perigo de erosão. Obviamente, o éxito das atividades agrícolas messas terras dependerá da dispinigilidade de fertilizantes e calcário baratos. A produção de café e de frutas cítricas poderia ser aumentada.
Informações técnicas adicionais: Os dados meteorológicos constam do Anexo I,
enquanto que as análises de solo estão no perfilGE-021 do Anexo II. Outras informações sobre o solo pidem ser encontradas no perfil de Solo GE-022 do CPAC, que poderá ser solicitado.
SISTEMA DE TERRA 14
Uso da terra: Uma grande parte da vegetação de cerradoes e das florestais originais foi totalmente eliminada ou em grande parte derrubada, embora ainda existam áreas substanciais com a cobertura original. Com exceção de pequenas áreas de plantio de cereais ou dedicada ao cultivo de alimentos, em ocasionais hectares das terras mais planas, a maior parte das terras que foi desmatada sustenta pastagens formadas para as atividades de pecuária. Existem algumas pequenas áreas dedicadas a culturas perenes, entre as quais café e fruteiras.
Relevo e topografia: A maior parte dessas terras possui topografia de ondulações
acentuadas a encostas íngremes. Os altitudes variam enter 750 e 950 metros.
Clima: A região tem un índicie pluviométrico de aproximadamente 1.500 mm e uma estação seca com cinco meses de duração, entr maio e setembro. A estação chuvosa coincide com o verão, quando as temperaturas médias estão pouco abaixo de 23: C.
Água: Pequenos cursos d‘água perenes podem ser vistos na posdagem a intervalos de
menos de 5 Km.
Solos: Os solos de terrenos com declives menos acentuados são geralmente Eutrustox (Latossolo Vermelho-Escuro Eutrófico), com texturas média a argilosa. Esses variam até Haplustox (Latossolo Vermelho-Escuro) e solos litólicos, nos terrenos com declives mais íngremes. As pedras e os fragmentos de rochas são comins em muitos desses solos, a maior parte dos quais possui drenagem excessiva. Têm uma capacidade de retenção de água média e foram formados a partir dos productos da erosão de rochas cristalinas, principalmente granitos e gnaisses. Os teires de fósfors são baixos na maioria dos solos, embora possam ser encontrados teores de microelementos e de elementos traços, que parecem ser satisfatórios, pelo menos para a producão de pastos.
Potencial de uso da terra: Embora essas terras sejam mais férteis do que a maioria
encontrada na região geoeconômica de Brasília, sua topografia relativamente íngreme limita seu uso à formação de pastos e/ou cultivo de árvores. Estem frandes possibilidades de expansão da superfície cultivada comessas últimas, embora as terras para o cultivo se árvores devam ser cuidadosamente escolhidas, para garantir condições de solo favoráveis.
Inforamções técnicas adicionais: Os dados meteorológicos constam de Anexo I, enquanto
que as análises de solo estão no perfil GE-119 do Anexo II.
SISTEMA DE TERRA 15
Uso da terra: Nessas terras, a maior parte das florestas de cerradão e da vegetação de cerrado original foi eliminada, embora ainda existam áreas menores recobertas pelas mesmas. Predomina a agricultura I
mista, que consiste na rotação de arroz-de-dequeiro, milho, feijão e soja com pastagens cultivadas. Também são cultivados café e fruteiras.
Relevo e topografia: Embora predomine a topografia de ondulações suaves a mais
acentuadas, são encontradas extensões consideráveis de terras planas. Os altitudes variam de 750 a950 metros, com média de aproximadamente 850 metros.
Clima: a região tem índice pluviométrico de aproximadamente 1.55 mm e uma estação seca de cinco meses de duração, de maio d setembro. A precipitação excede a evapotranspiração potencila entre novembro e março, embora possam ocorrer veranicos entre o final de janeiro e o final de fevereiro. A estação chuvosa coincide com o verão, quando as temperaturas médias mensais estão pouco abaixo de 23: C. Outobro e fevereiro são os meses mais
quentes e julho o mais frio. As temperaturas médias anuais estão poico abaixo de 21: C.
As temperaturas raramente caem abaixo de 12: C. Os ventos fortes não são comuns.
Água: Pequenos cursos d‘água cortam a paisagem aintervalos de entr 5 e 10 Km. São comuns as pequenas nacente nas vertentes e a água de poço é abundante nas terras mais planas e baixas.
Solos: A maior parte dos solos são Eutrustox (Latossolo Vermelho-Escuro Eutrófico), de textura média a argilosa. Esses estão intersemeados de áreas menores com solos Rhodustalfs (Terra Roxa) e Acrustox (Latossolo Vermelho-Escuro e Latossolo Vermelho-Amarelo). Os Eustrustox são solos profundos, com boa drenagem e capacidade média de retenção de água. São resultado dos productos da erosão de rochas cristalinas, principalmente granitos e gnaisses, juntamente com influências ocasionais de depósitos calcários localizados. Entretanto, predomina o caulim nas suas frações argilisas, e seus subsolos possuem teores médios de sesquióxidos. Os principais nutrientes tentem a estar presentes em quantidades insuficientes para algumas culturas.
Potencial de uso da terra: Essas terras são relativamente férteis quando comparadas com a maioria encontrada na região geoeconômica de Brasília. Nas terras mais planas, é recomendável a agricultrua mista, com lotes de pastos de leguminosas e gram;ineas consorciadas, com rotação a caca 2 a e anos com culturas anuais, inclusive sona. Extiste ampla margem para o aumento das culturas perenes.
Informações técnicas adicionais: Os dados meteorológicos constam do Anexo I,
enquanto que as análises de solo estão nos perfis GE-054 e GE-101 do AnexoII. Outras informações sobre o solo podem ser encontradas nos Perfis de Solo GE-042, GE_045, GE-046 e GE-104 do CPAC, que poderão ser solicitados.
SISTEMA DE TERRA 16
Uso da terra: A maior parte da vegetação original de floresta foi derrubada, embora ainda existan áreas minores recobertas pela vegetação original. Onde a topografia permite, existem ainda atividades de agricultura mista; é feita a rotação de culturas de cereais e outros alimentos com pastagens. Existem áreas substanciaias dedicadas a culturas perenes, particularmente café.
Relevo e topografia: A topografia predominante é de ondulações mais acentuadas a muito acentuadas. Só existem extenções menores de terras planas. Os altitudes variam enter 650 e 800 metros.
Clima: A área possui índice pluviométrico de aproximadamente 1.55 mm e uma estação chuvos entre outubro e abril, quando as temperaturas médias aão aproximadamente 23: C.
Água: Pequenos cursos d‘água perenes cortam a paisagem a intervalos de menos de 5 Km.
Solos: Os solos são Estrustox (Latossols Vermelho-Escuro Eutrófico), de textura média a argilosa, embora existem áreas de solos Rhodustalfs (Terra Toxa) e Haplustox (Latossolo Vermelho-Escuro). Os Eustrustox e Rhodustalfs são solos profundos, bem drenados, com capacidade média de retenção de água. Prov^m de rochas cristalinas, principalmente granolitos. Embora possuam níveis adequados de nutrientes vegetais, o teor de fósfora seria limitante para as culuras mais exigentes em nutrientes.
Potencial de uso da terra: Essas terras parecim adequadas para o cultivo de plantas
perenes, particularmente café. Contudo, aagricultrua mista deveria ser incentivada onde a topografia permitir.
Informações técnicas adicionais: Os dados meteorológicos constam do Anexo I,
enquanto que as análises de solo estão no perfil GE-117 do Anexo II. Outras informações sobre o solo pidem ser encontradas no Perfil de Solo GE-118 do CPAC, que poderá ser solicitado.
SISTEMA DE TERRA 17
Uso da terra: Menos de 15% dessas terras sofreram desmatamento total da vegetação original de cerrado e cerradão. Na maior parte das áreas menores com culturas perenes, inclusive café, e culturas alimentares anuais.
Relevo e topografia: O sistema consiste de uma série de elevações e vales moderadamente íngremes, com altitudes entre 450 e 900 metros. Menos de 10% da área possui terra relativamente agricultáveis.
Clima: A precipitação anual da região excede 1.500 mm, mas está sujeita a variações que são função dos efeitos orográficos locais. A estação chuvosa coincide com aépoca mis quente so ano e tem duração de outubro a abril. A altitudes menores, as temperaturas da estação chuvosa excedem 23,5: C, em média.
Água: São comuns os pequenos cursos d‘água perenes que cortam a paisagem a intervalos de menos de 5 Km.
Solos: Os solos predominantes são os Distropepts (Cambissolos), de textura média a grossa, São freqüentemente pedregosas, rasos, excessivamente drenados e possuem poucos nutrientes, devido à pré-intemperizacão do material origianl. Nas vertentes mais íngremes, são comuns os solos pedregosos (litólicos), rasos. Em contraste, nas encostas mais suaves, encontram-se solos Eustrustox (Latossolo Vermelho-Amarelo Eutrófico), de vermelho a amarelo e com textura média a graossa. Esses últimos tendem a ser rasos, excessivamente drenados, com baixa capacidade de retenção de água. Possuem poucos nutrientes vegetais.
Potencial de uso da terra: Com exceção de algumas áreas menores de terras mais férteis, que poderiam ser usadas para o cultivo de árvores (inclusive café), a maior parte do sistema deveria ser usado com pastagens melhoradas e/ouatividades florestais.
Informações técnicas adicionais: Os dados meteirológicos constam do AnexoI, enquanto
que as análises de solo estão no perfil GE-044 do Anexo II. Outras informações sobre o solo podem ser encontradas no Perfil de Sol GE-043 do CPAC, que poderá ser solicitado.
SISTEMA DE TERRA 18
Uso da terra: O acesso a essas terras é, principalmente, por estradas secundárias. Aproximadamente 70% da vegetação original, predominante de cerrado e cerradão (com algumas florestas decíduas) foi retirado para o cultivo ocasional de culturas anuais, incluíndo arroz e milho, seguido pela formação de pastos melhorados e áreas menore de culturas perenes, tais com fruteiras e café. A cidade histórica de Pirenópolis está localizada no extremo sul desse sistema.
Relevo e topografia: Essas são terras de topografia suavemente ondulada a mais
acentuadamente ondulada, acidentadas, que são encontradas numa depressão perto do chapadão do planalto central. Os altitudes variam entre 700 e 850 metros.
Clima: A região apresenta 5 meses de estiagem, de maio a setembro. A precipitação anual é alta e se aproxima de uma média de 1.700 mm, ocorrendo principalmente entr novembro e março, quando excede a evapotranspiração. A estação chuvosa coincide com a época mais quent do ano e as temperaturas médias mensqis são inferiores a 23,5: C. Junho e julho são
os mese mais frios, com temperaturas médias pouco acima de 19: C. Tanto os ventos fortes
quanto o granizo sõ ocorrências raras.
Água: Aárea é cortada por diversos cursos d‘água perenes a intervalos de aproximadamente 5 Km um do outro, inclusive o Rio das Almas, rio relativamente grande e de fluxo rápido que atravessa Pirenópolis.
Solos: Os solos são principalmente Acruorthox (Latossolo Vermelho-Escuro), principalmente vermelho a vermelho-escuro, de textura média a grossa, profundos e bem drenados, formados a partir de micaxistos arenosos e produtos da erosão do material de embasamento cristalino. O caulim domina sua mineralogia argilosa. São encontrados fragmentos de rochas nos solos das partes mais altas das encostas. Os teores de macronutrientes, especialmente fósforo, pareciem baixos e vários micronutrientes e elementos-traços, incluíndo Mg, S e Zn são prováveis deficiêntes para algumas culturas.
Potencial de uso da terra: Existem áreas menores apropriadas para a produção de
alimentos e grãos. Entretanto, a maior parte das terras possui topografia de suavamente a acentuadamente ondulada, sendo mais adequadas à formação de pastos melhorados semipermanentes e ao cultivo de árvores perenes. Parece haver ampla margem para a aumento e aprimoramento da incipiente indústria de laticínios localizada em Pirenópolis.
Informações técnicas adicionais: Os dados meteorológicos constam do Anexo I,
enquanto que as análises de solo estão no perfil GE-105 do Anexo II.
SISTEMAS DE TERRA 19
Uso da Terra: A vegetação original de cerrado foi destruída em menos de 10% dessas terras, com o intuito de formar pastos melhorados e produzir alimentosl O acesso é feito através de estradas secundárias.
Relevo e tropografia: O sistema consiste de uma série de elevações íngremes e vales, com altitude variando entre 500 e 800 metros.
Clima: A precipitação anual execede 1.500 mm, A estação seca dura de maio a setembro e coincide com a estação mais fria ou ―inverno‖. As temperaturas da estação chuvose são de aproximadamente 23: C, em média, nas altitudes maiores.
Água: Pequenos cursos d‘água perenes cortam a paisagem a intervalos de 5 Km.
Solos: Nas vertentes mais íngremes predomina os Ustropepts (Cambissolos). Esses solos são rasos, freqüentemente pedregosos e excessivamente drenados. Os níveis de macro e micronutrientes são baixos. Na topografia mais amena são encontrados Acrustox (Latossolo
Vermelho-Amarelo e Latossolo-Amarelo), vermelho a amarelo, com textura média a argilosa. Esses são bem drenados, possuem baixa capacidade de retenção de água e níveis de fertilidadw entre baixos e muito baixos. Em grande parte, a rocha-mãe desses solos é constitulida por xistos pré-intemperizados muito antigos.
Potencial de uso da terra: Somente pequenas áreas dessas terras são adequadas as cultivo mecanizado e sua topografia íngreme também impõe limitações as cultivo de plantas perenes. Conseqüentemente, a maio parte do sistema deveria ser usado para pecuária extensiva e/ou produção florestal.
Informações técnica adicionais: Os dados meteorológicos constam do Anexo I.
SISTEMA DE TERRA 20
Uso da terra: A maior parte dessas terras são de propriedade particular. O acess viário é datisfatório e uma estrada asfaltads liga Goianésia a Bairro Alto, além de existir uma rede de estradas secundárias. As terras originalmente sistentavam um mosaico de florestas sazonais semidecíduas, cerradão ed cerrado, que cresciam nos solos mais férteis, relativamente férteis e inférteis, respectivamente. Uma grande parte da begetação original foi totalmente retirada e substituída per culturas anuais, inclusive arroz, milho e soja. ou cultruas perenes tais com cana-de-açúcar e pastagen melhoradas, principalmente nas terras planas agricultáveis.
Relevo d topografia: O sistema consiste de uma planície horizontal a suavemente ondulada, com declive em dirwção ao Rio dos Patos, que a corta. Esse rio é um dos tributários de Rio Tocantins. Os altitudes variam entre 550 e 700 metros.
Clima: Aregião possui uma estação anual de cinco meses de duração, entre maio e setembro. A precipitação anual excede 1.600 mm e ocorre entr novembro e março, quando ultrapassa substancialmente a evapotranspiração. A estação dhuvosa coincide com a época mais quente do ano; as temperaturas médias mensais durante esse período são de aproximadamente 23: C. Julho é o mês mais frio, com temperaturas de aproximadamente 19: C. Não são comuns os ventos fortes, embora possam acompanhar tormentas localizadas durante os meses de verão.
Água: Cursos d‘água perenes são encontrados a intervalos de 5 Km. Existe
induvidavelmente possibilidades de irrigação das terras mais baixas. Há pouca informação sobre as reservas de águas subterrâneas, mas as reservas parecim promissoras. Oa poços domésticos são geralmente cavados até uma profundade de 8 metros.
Solos: Algun dos solos mais férties da Região Geo-econômica de Brasília são encontrados nesse sistema, particularmente nas regiões dos contrafortes ocidental e oriental. Esses solos são Eutrostoc e Oxic Rhodustalfs (Terra Roxa), vermelho bem escuro, profundos, de textura
média a argilosa e de boa drenagen, que foram, principalmente, formados a partir de material coluvial derivado de intrusões pré-Cambrianas de gabro. Também são comuns os solos Haplustox (Latossolo Vermelho-Escuro), vermelho-escuro, que passam a Acrustox (Latossolo Vermelho-Amarelo), vermelho-amarelo, profundos em bem drenados, que predominam na parte sul do sistema de terra, austral a Goianésia. Ao longo do limite leste do sistema, em terreno com ondulações mais acentuadas, existe uma área onde são encontrados solos muto férteis Alfisols (Terra Roxa Estruturada Similar Eutrófica), vermelho muito escuro, profundos e com textura média a argilosa.
Potencial de uso da terra: Essas terras pidem sustentar um considerável aumento nos
cultivos de cana-de-açúcar e de culturas anuais, inclusive com o uso de agricultura irrigada. Entrtanto, é necessário que se faça uma rotação adequada com um maior uso de soja e períodos apropriados de alqueive de 3 a 4 anos com pastagens ce consórcio gramínea-leguminosa. Noa terrenos mais íngremes, é necessário tomar cuidado para evitar a erosão, principalmente as voçorocas. O sistema tem um dos maiores potenciais potenciais agrícolas da Região Geoeconômica de Brasília, devido aos solos comparativamente bons, à distribuição satisfatória da chuva e os regimes adequados de temperatura. exsitem boas opportunidades de desenvolvimento de agroindústrias na região, inclusive a expansão das atuais usinas de açúar e possivelmente a inplantação a usinas de beneficiamento de grão e sementes oleaginosas.
Informações técnicas adicionais: Os dados meteorológicos constam do Anexo I,
enquanto que as análises de solo estão no perfil GE-102 do Anexo II. Outras informações sobre o solo podem ser encontradas nos Perfis de Solo GE-103 e GE-115 do CPAC, que poderão ser solicitados.
SISTEMAS DE TERRA 21
Uso da terra: As florestas semidecíduas originais dessas terras foram cortadas para a extração de madeira, e totalmente limpas, em muitos declives mais suaves, para o cultivo de grãos anuais (particularmente milho) e de alimentos, O acess é limitado a algumas estradas secundárias.
Relevo e topografia: Os altitudes variam entre 650 e 950 metros. São terras
montanhosas e somente 20% da sua topografia é de declives suavemente a acentuadamente ondulados.
Clima: A região possui um índice pluviométrico acima de 1.600 mm e a esta
cão seca vai de maio a setembro. A temperatura média durante a estação chuvosa, a 850 metros acima do nível do mar, é ligeiramente inferior a 23: C.
Água: Pequenos cursos d‘água cruxam a paisagem a intervalos de aproximadamente 5 Km.
No sopé de algemas vertentes existem pequenas nascentes.
Solos: Os solos que predominam nas vertentes médias e baixas parecem ter sido formados pelos produtos de erosão de gabros pré-Cambrianos e pidem ser classificados como Oxic Rhodustalfs (Terra Roxa Estruturada, Eutrófica), de cor vermelha-escuro, profundos, textura média a argilosa e boa drenagem. Esses solos têm capacidade moderada de retenção de água e estão bem supridos de nutrientes vegetais. Os solos das encostas mais altas e pisições de erosão maior pidem ser classificados com os Tropepts (Cambissolos) e freqüentemente são rasos e pedregosos.
Potencial de uso da terra: As áreas de topigrafia mais suave são adequadas para a
produção de alimentos e de árvores. As encostas mais íngremes pidem ser utilizadas para árvores ou conservadas para florestamento.
Informações técnicas adicionais: Os dados meteorológicos constam do Anexo I,
enquanto que as análises de solo estão no perfil GE-106 do Anexo II.
SISTEMA DE TERRA 22
Mais de 30% da vegetaçào original de cerrado e cerradão, incluíndo uma Uso da terra:
proporção muito maior das facetas de terras mais férteis e planas, for desbravada ou sofreu forte desmatamento. Embora a pecuária extensiva seja a principal atividade econoômica, existem áreas substanciais usadas para a produção anual de grãos, particularmente arroz e soja. Extensões menores são dadicadas à produção de frutas e culturas anuais de alimentos. O acesso é limitado a estradas secundárias, mas é satisfatório.
Relevo e topografia: O sistema se encontra a altidudes mais baixas, entre 500 e 600
metros, sendo uma superfície de chapada suavemente a acentuadamente ondulada e ocasionalmente quebrada. a paisagem é cortada pelo Rio das Almas e por vários dos seus tributários menores. Existem ocasionais pequenas áreas mal drenadas, mesmo nas superfícies mais altas, que estão geralmente associadas a depósitos localizados de cascalho (laterítico) de minério de ferro.
Clima: A região tem um período de estiagem com duração de 5 a6 meses, entre abril e outubro. A precipitação média anualé aproximadamente 1.400 mm e ocorre principalmente entre dezembro e março. A estação dhuvosa coincide com a época mais quente do ano, com temperaturas médias acima de 24: C. Ventos moderados a fortes acompanham as tormentas
localizados da estação chuvosa.
Água: Cursos d‘água perenes são encontrados a intervalos de aproximadamente 5 Km. Existe uma grande reserva de águas subterrâneous para uso doméstico, embora pouco seja sabido sobre o aquífer para finalidade de irrigação.
Solos: Predominam os Acrustox (Latossolo Vermelho-Amerelo), vermelho amarelo, e os Haplustoc (Latossolo Vermelho-Escuro), vermelho-escuro, ambos com textura média a argilosa. Esses solos são geralmente moderadamente profundos, mas pissuem baixa capacidade de retenção de água. Seus materiais de orígem são os micaxistos subjacentes. O caulim presomina nas suas frações argilosas e possuem altos teores de Al e de sesquióxidos, particularmente nos horizontes do subsolo. Os níveis dos macronutrientes são baixos, e podem fixar fósforo. Pode também haver deficiência de microelementos, inclusive de Ca, Mg e S, assim como de elementos-traços, incluíndo o Zn. A aplicação de calcário, necessária para corrigir a deficiência de Ca do subsolo e a toxicidade do Al, agravaria a deficiência de Zn.
Potencial de uso da terrs: Aproximadamente 60% da área poderia ser usada para
agricultura mista, com rotação anual de grãos e sementes oleaginosas, inclusive arroz, milho, soja e feijão, e de pastagens semipermanentes de gramíneas e leguminosas em soncórcio, para aumentar a fertilidade do solo e intensificar a pecuária. Nas áreas com drenagem insuficiente poderia ser preservada a vegetação original de cerrado, a ser usada como pasto durante a estiagem. Parecem existir oportunidades agroindustriais de melhoria das instalações de armazenamento de grãos e. possivelmente, a implantação de usina de processamento de sementes oleaginosas.
Informacões técnicas adicionais: Os dados meteorológicos constam do Anexo I,
enquanto que as análises de solo estão no perfil GE-073 do Anexo II. Outras informa‖cões
sobre o solo pidem ser encontradas no Perfil de Solo GE-074 do CPAC, que poderä ser solicitado.
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Uso da terra: Essas terras estão em grande parte ainda recobertas pela vegetação original de cerrado, embora tenha havido alterações, resultado do pastoreio de animais e das quemadas, São usadas quase que exclusivamente para pecuária extensiva. O acesso é feito através de estradas secundárias.
Relevo e topografia: Os altitudes variam se 800 a1.050 metros. A maioria das terra tem topografia de ondulações acentuadas a montanhosa, freqüentemente quebrada. Ocasionalmente podem ser vistas afloramnetos rochosos. Algumas áreas menores de vales ou bacias possuem declives mais suaves.
Clima: Aregião tem uma estação seca com suração de seis meses, entre abril e outobro. A precipitação anual e de aproximadamente 1.350 mm em média, e se concentra principalmente entre novembro e março, quando as temperaturas médias são pouco acima de 22: C, dependo
da altitude. Julho é o mês mais frio, com temperaturas médias avaixo de 18: C.
Água: Cursos d‘água perenes são encontrados a intervalos de aproximadamente 5 Km. Ocasionalmente, podem ser vistas nascentes de baixa vaxão nos sopés das encostas. De maneira geral, existe água de superfície suficiente para a pecuária, não havendo necessidade de perfurar poçõs. O suprimento de água para uso doméstico provém de poços com aproximadamente 8 metros de profundide.
Solos: Esiste uma veriedade de solos presente em quase qualquer secção transveral da paisagem. Predominam os Ustic Dystropepts (Cambissolos Distróficos), de textura média a grossa, freqüentemente pedregosos; contudo, os solos variam de Ustorthents (Solos Litolíticos Distróficos), rasos e com cascalh, a Acrustox (Latossolo-Amarelo e Latossolo Vermelho-Amarelo) argilosos. Os solos são relativamente rasos e freqüentemente contêm uma alta proporção de fragmentos rochosos (xistos e outras rochas-mãe), que tornam o cultivo impraticável, com exceção de alguns piucos locais menores de acumulação em vertentes mais suaves. O fósforo parece ser o fator mais limitante do crescimento vegetativo, juntamente com o onipresente nitrogênio.
Potencial de uso da terra: Existe uma certa margem para o aprimoramento da pecuária no área, embora seja provável que o atual padrão de pecuária extensiva continue no futuro prçximo.
Informações técnicas adicionais: Os dados meteroológicos constam do Anexo I,
enquanto que as análises de solo estão no perfil GE-078 do Anexo II. Outras infoemações sobre o solo podem ser encontradas no Perfil de Solo GE-075 do CPAC, que poderá ser solicitado.
SISTEMA DE TERRA 24
Uso da terra: A maioria dessas terras ainda está recoberta pela vegetação original de cerrado, que foi afetada em graus variáveis pelo pastoreio de animais e queimas mais freqüentenes. Essas terras são usadas quase que exclusivamente para pecuária extensiva. O acesso se limita a algumas estradas secundárias em mal estado.
Relevo e topografia: Os altidudes variam entre 500 e 700 metros. A topigrafia
predominante é de ondulações pronunciadas a dissecada por morros.
Clima: A região tem um estação seca de 6 meses, do fim de abril a outubro. A precipitação anual é 1.350mm, em média, e ocorre principalmente enter dezembro e fevereiro. A estação chuvosa coincide com a época mais quente do ano, com temperaturas de aproximadamente 25: C, em mëdia.
Água: Sào encontrados cursos d‘água perenes a distâncias que freqüentemente excedem 10
Km, Isso causa problemas de armazenamento de de água em algumas áreas durante a estação esca. Os poços domésticos geralmente têm profundidade de 8 ou mais metros.
Solos: Nessas terras, predminam os solos Ustropepts (Cambissolos), de textura média. Passam a Acrustox e Haplustox (Latossolos Vermelho-amarelo Distrófico e Vermelho-Escuro Distrófico) nos licais mais estáveis ou, então, a solos litólicos nas vertentes mais íngremes. Os solos possuem percentuais variáveis de intrusões rochosas e de pedras e cascalho na superfície e abaixo dela. Sua fertilidade é baixa, embora ocasionalmente existam intrusões menores de solos férteis derivados de depósitos de calcário.
Potencila de uso da terra: Com exceção de pequenas áreas, essas terras deveriam ser
utilizadas para pastoreio extensivo e alguma extração de carvão.
Informações técnicas adicionais: Os dados meteorológicos constam de Anexo I,
enquento que as análises de solo de uma pequena intrusão fértil de solos calcários estão no perfil GE-070 do Anexo II.
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Uso da terra: A maior parte dessas terras é propriedade de uma empresa particular de mineração e possui acesso viário satisfatório. Somente em aproximadamente 10% da área houve desmatamento da densa vegeta‘vão original de cerrado para o cultivo de eucalipto.
Relevo e topografia: O sistema é uma planícies de contraforte de altidude média, rodeando uma cadeia de morros localizada ao norte de Niquelândia. A paisagem tem declive suave a partir do sopé dos morros e é dissecada por ocasionais cursos d‘água. O altitude média é de 650 metros.
Clima: A região tem uma estação seca de 5 a 6 meses e precipitação anual de aproximadamente 1.350 mm, que ocorre principalmente entre novembro e fevereiro. As temperatural anuais estão poivo acima de 23: C, em média. A estação chuvosa coincide com
aépoca mais quente do ano.
Água: Alguns pequenos cursos d‘água perenes cortam a paisagem a intervalos entre 5 e 10 Km. Sabe-se pouco sobre as reservas de águas subterrâneas, mas os acidentes do terreno fazem pensar que possivelmente sejam abundantes.
Solos: A maior parte desses solos podem ser classificados com Esutru-ustoc (Latossolo Vermelho-Escuro Eutrófico). São solos vermelhos muito escuros, friáveis, profundos e bem drenados, formados em colúvio derivada dos materiais pré-Cambrianos ígneos de Ferro-Magnésio provenientes da cadeia de morros. São moderadmanete supridos de nutrientes
vegetais, com exceção de P e, possivelmente, K. Entretanto, os teores de Mg são consideravelmente mais altos do que os de Ca, e induvidavelmente, resultam em condições de estress para muitas plantas.
Potencial de uso da terra: Essas terrras parecem ter aptidão agrícola, inclusive para o plantiode soja, milho e outros grãos nauais, Também poderiam ser usadas para o cultivo da cana-de -açúcar, sempre que suja adicionado calcário. A extensão de terra é suficiente para justificar usinas complemetares de beneficiamento agroindustrial. O incentivo à agricultura nessa região seria uma form eficaz de diversificar a dependência econômica da mineração de Niquelândia.
Informações técnicas adicionais: Os dados meteorológicos constam do AnexoI, enquanto
que as análises de solo estão no perfil GE-077 do Anexo II.
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Uso da terra: Essa terras são, principalmente, de propriedade de uma empreas particular de mineração. Somente numa pequena parte delas foi feito o desmatamento da denso vegetação de cerrado e cerradào original.
Relevo de topografia: O sistema tem uma topigrafia de ondulações suaves a acentuadas na direção oeste, a partie se uma cadeis de morros ao norte de Niquelândia. Édissecada por vários pequenos cursos d‘água. Os altidudes variam entre 500 e 700 metros.
Clima: A região tem uma estação seca de 5 a 6 meses de duração , entre abril e setembro. A precipitação média anula é de aproximadamente 1.350 mm e se concentra principalmente no período entre dezembro e fevereiro. as temperaturas da estação chuvosa são de aproximadamente 23: C, em média.
Água: Ocasionais pequenos cursos d‘água perenes dissecam a paisagem a intervalos entre 5 e 10 Km.
Solos: A maior parte dos solos são de Eustrustox (Latossolo Vermelho-Escuro Eutrófico). São férteis, vermelho bem escuro, friáveis, profundos e bem drenados, com textura média a argilosa mais, provavelmente, com baixa relação Ca/Mg.
Potencial de uso da terra: Devido à topografia de ondulações acentuadas, a maior parte dessas terras não é adequada para a agrucultura. Entretanto, parecom ser apropriadas para culturas perenes, inclusive café, cítricos e outras fruteias, sempte que recebam suficiente adubação e calagem.
Informações técnicas adicionais: Os dados meteorológicos constam do Anexo I,
enquanto o Sitem de Terra 25 tem análises de solo comparáveis.
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Uso da terra: Essas terras são propriedade de uma empresa particular de mineração. A vegetação original de cerrado está praticamente intata, com exceção de algumas pequenas áreas onde se faz mineração de ferro e níquel.
Relevo e topografia: O sistema consiste de uma pequena cadeia de morros ao norte da cidade de Níquelândia. Os altitudes variam enter 650 e 800 metros e a topografia é de ondulações acentuadas, terreno acidentado e encostas íngremes. Algun pequenos cursos d‘água se originam nessis morros.
Clima: A região tem uma estação seca com duração de 5 a 6 meses, de abrila setembro, que coincide aproximadamente com a época mais fria do ano. A precipitação anual é de aproxomadamente 1.350 mm em média, e ocorre entre dezembro e fevereiro, principalmente.
Água: A maior parte dos cursos d‘água nesses morros deca durante a estiagem.
Solos: Nas posições mais estáveis, os solos são Acrustox (Latossolo Amarelo e Latossolo Vermelho-Amarelo), amarelos a vermelho-amarelos, quase sempre rasos e excessivamente drenados. Esses solos parecem ser deficientes em macroelementos e possuiram teores extremamente altos de Mg, o que certamente causa um desequilíbrio com Ca. Isso pide ser um fator que predispõe e influencia a cobertura vegetal nativa.
Nas encostas mais íngrmes, predominan os Distropepts (Cambissolos ), rasos e com grandes quantidades de rochas lateríticas, que foram formados de materiais de rocha-mãe préintemperizados. Amaioria desses solos também tem problemas de fertilidade.
Potencial de uso da terra: Essas terras deveriam ser reservadas à mineração. Entretanto, a pecuária extensiva pode também ser praticada.
Informações técnicas adicionais: Os dados meteorol‘0gicos constam do AnexoI. Uma
amostra composta da camada superior do solo forneceu a seguinte análise: pH em água -5,9; pH 1N KCL - 3,8; Al - 3,26 meq/100g; Ca - 0,99 meq/100g; Mg - 203,5 meq/g; quantidaes traços de K (extrato de Mechlich); P (Melich) - 0,3 ppm -Os teores extradinariamente altos de Mg e muito baixos de K não forma encontrados em qualquer outro solo da Região Geoeconômica de Brasília.
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Uso da terra: Vegetação seca e freqüentemente aberta de cerrado cobre amaior parte do sistema. As terras são usadas principalmente pare a pecuária, e, só muito ocasionalmente, com áreas reservadas pare culturas anuais. O acesso viário em toda a região é limitado, sendo feito somente por estradas secundárias.
Relevo e topografia: Os altitudes variam entre 600 e 750 metros. A topigrafia é,
principalmente, de ondulações acentuadas, embora varie de suavemente ondulada a terreno acidentado. Os locais mais altos estão cobertos de cascalho ferroso. Pequenos cursos d‘água, a intervalos irregulares, fazem a drenagem da região.
Clima: A região tem uma estação seca com 6 meses de duração, entre maio e oitubro. A precipitação média anual é de aproximadamente 1.350 mm e ocorre principa;mente durante os meses de pico da estação chuvosa, ou seja, entre novembro e fevereiro, quando as temperaturas ficam acima de 23: C.
Água: Cursos d‘água perenes cortam a paidagem a intervalos regulares de aproximadamente 5 a 10 Km. A falta de água de superfície causa problemas à pecuária, no fim da estiagem. Aágua para uso doméstico é geralmente obtrida de poços abertos, com profundidade entr 10 e 12 metros.
Solos: Os solos variam de cascalho raso (Lithosols) em alguns locais mais altos, a Acrudtox (Latossolo Amarelo e Larossolo Vermelho-Amarelo) amarelos a vermelho-amarelos, e áreas ainda menores de Haplustox (Latossolo Vermelho-Escuro) vermelho-escuro. Os Acrustox e Haplustox são solos profundos e de boa drenagem, embora possuam baixa capacidade de retenção de água. Suas frações argilosas são predominantemente de caulim e possem só um baixo percentualde part;iculas não influenciados pela presença de materias de embassamento cristalino. Esses solos são mal supridos em macronutrientes, particularmente P, e pode haver deficit de micronutrientes e elementos-traços. Os níveis de Al intercomvíavel podem ser tóxicos para culturas susciptíveis e suas baixas razões Ca/Mg podem resultar em estresse fisiológico.
Potencial de uso da terra: Embora somente uma pequena proporção dos solos possa ser
cultivada sem causr problemas graves de reosão, existem extensões de terra sufiecientes para a formação de pastagens melhoradas, que ajudem a intensificar a pecuária em toda a região.
Informacões técnicas adicionais: Os dados meteorológicos constam do Anexo I,
enquanto que as análises de solo estão no perfil GE-071 do AnesoII. Outras informações sobre o solo podem ser encontradas no Perfil de Solo GE-072 de CPAC, que poderá ser solicitado.
SISTEMA DE TERRA 29
Uso da terra: Essas terras eram originalmente cobertas por vegetação de cerrado, do qual 75% foram desmatados ou cortados. A principal arividade econômica é a pecuária, embora também sejam cultivados o arroz, o milho. a mandioca e a soja. O acesso a essas terras é feito através de estradas secundárias.
Relevo de topografia: O sistema está localizado numa formação entremontana com altitude média de 650 metros. A topografia é, principalmente, de ondulações muito suaves a suaves, embora ocasionalmente acidentada.
Clima: A refião tem uma estação deca que dura de 6 a 7 meses, entre abril e outubro. A precipitação anual é de aproximadamente 1.300 mm e ocorre principalmente de novembro a fevereiro, quando a temperatura média dhega perto de 23: C. Julho é o mês mais frio.
Água: A área tem relativamente poucos cursos d‘água perenes. Os poços para uso doméstico atingem a profundidade de 12 ou mais metros.
Solos: O solos sào Acrustox (Latossolo Vermelho-Escuro) vermelho-escuro, de textura média a grossa e boa drenagem, formados nos micaxistos subjacentes e nos materiais sedimentares bem intemperizados. Encontram-se intercalados nesses solos, solos Acrustoc (Latossolo Vermelho-Amarelo) vermelho-amarelos. A maior parte desses solos tem baixo supremento de macro e microelementos, particularmente P, Ca e Mg. É provável que os elementos-traços, inclusive Zn, também existam em quantidades insuficientes. Em alguns morros em volta do sistema, existem depósitos de calcário, onde também são encontradas pequenas áreas de solos Rhodustalfs (Terra Roxa Similar).
Potencial de uso da terra: Existe uma extensão significativa de terras que pideriam ser utilizada para culturas anuais. Poderia conseguir-se um aumento considerável na pecuária se fossem formadas pastagens melhores, após essas culturas.
Informações técnicas adicionais: Os dados meteorológicos constam do Anexo I,
enquanto que as análises de solo estão no perfil GE-069 do Anexo II.
SISTEMA DE TERRA 30
Uso da terra: Q maior parte dessas terras está ainda coberta pola vegetação seca original de cerrado e é usada para pecuária muita extensiva. O acesso viário é limitado a algumas estradas secundárias em muito mal estado, muitas das quais não dão passagme durante a estação chuvosa.
Relevo e topografia: Os altitudes variam entre 250 e 350 metros. O sistema tem
topigrafia de planície, de ondulação suave a ligeiramente scidentada, que é dissectada por
pequenos vales côncavos em torno de pequenos cursos d‘água, a intervalos freqüentes de aproximadamente 5 Km.
Clima: A região tem uma estação seca de sete meses, entre abril e outubro. A precipitação anula é inferior a 1.300 mm e ocorre principalmente durante a época quente, de novembro a fevereiro. As temperaturas da estação chuvoasa estão pouco acima de 25: C, em média.
Junho e julho são os meses mais frios, com temperaturas médias de aproximadamente 18: C.
As temperaturas médias anuais estão pouco acima de 23: C. Os ventos fortes são incomuns.
Água: Cursos d‘água perenes são encontrados a intervalos de 5 a 10 Km. Alías, parece haver água suficiente para a pecuária extensiva durante todo o anos. Nos lugares mais baixos , a água para uso doméstico é retirada de poços com 10 metros de profundidade, aproximadamente.
Solos: Os solos nas superfícies superiores são em grande medida Acrustox amarelos e vermelho-amarelos (Latossolo Amerelo e Latossolo Vermelho-Amarelo), de textura média e boa drenagem, formados a partir dos productos da erosão de materiais cristalinos e de arenito silicificado. Sao comuns as pedras e rochas na superfície da terra, o que impõe uma severa limitação à agricultura em muitos locais. A fertilifafe da maioria dos solos parece baixa. Nos vales, existe freqüentemente uma sisquência simples de Ustic Dystropepts (Cambiissolos) de textura média, nas partes superior e média sa ladeiras, a Quartzipsamments (Areias Quartzosas), nas partes inferiores e fundo dos vales. Os Dystropepts são, geralmente, solos relativamente pedregosas e de teores insuficientes de nutrientes. Os Quartzipsamments são solos arenosos e inférteis, com capacidade muito baixa de retenção de água.
Potencial de uso da terra: Devido ao clima seco e os solos de valor marginal, essas terras deveriam ser usadas para pecuária extensiva.
Informações técnicas adicionais: Os dados meteorológicos constam do Anexo I,
enquanto que as análises de solo estão no perfil GE-067 do Anexo II.
SISTEMA DE TERRA 31
Uso da terra: A maior parte destas terras está coberta por un cerrado, tipo seca, que foi ligeiramente modificada pelo pastoreio de animais. O acess viário é deficitário e limitado a estradas terciárias.
Relevo e topografia: O altidude ?media está pouca acima de 300 metros e varia entre 250
e 450 metros. As terras têm topografia de peniplano, de ondulações suaves a acidentados, sendo dissecado por pequenos cursos d‘água a intervalos infreqüentes. São comuns os afloramentos rochosos e os horizontes das camadas superficiaias do solo algumas vezes contêm altos percentais de pedras angulosas, inclusive xistos e gnaisses, além de cascalho laterítico.
Clima: A região tem uma estação seca bem marcada, com 7 meses de dura‘vão, entre agril e outubro. A precipitação média anual está pouco acima dos 1.300 mm e confina=se aos meses quentes, de dezembro a fevereiro. As temperaturas médias da estação chuvosa excedem 25: C.
Água: Os cursos d‘água perenes são incomuns e, em média, estão distanciados 5 a 10 Km
um do outro. Isso causa estresse moderado no gado durante a estiagem. Sabe-se pouco a respeito das reservas d água subterrâneas. Os poços locais para uso doméstico são, geralmente, cavados até profundidades de 10 a 12 metros.
Solos: Os solos no peniplano superior e nas superfícies mais estáveis são, principalmente, Acrustox amarelos e vermelho-amarelos (Latossolo Amarelo e Latossolo Vermelho Amarelo). Têm boa drenagem, textura média a grossa, e, freqüentemente, contêm quantidades significativas de cascalho laterlítico. As pedras na superfície e os afloramentos rochosos limitariam as atividades agrícolas em muitos lugares. Os solos têm suprimento insuficiente d P e de maioiria dos macro e micronutrientes vegetais.
Potencial de uso da terra: Com exceçào de algumas áreas menore de terras planas com
solos melhoers, que pideriam ser utilizadas para o cultivo de alimentos e formação de pastagens melhoradas, essas terras deveriam ser reservadas à pecuaria extensiva.
Os dados meterológicos constam do Anexo I, e para Informações técnicas adicionais:
informações sobre sobres similares, ver o Sistema de Terra 30.
SISTEMA DE TERRA 32
Uso da terra: Aproximademente 60% dessas terras são de propriedade particular. O sistema é recoberto por pradarias nativas, contendo extensões variávies de veregação de cerrado e de arbustos altos. A vegetação foi modificada pelo pastoreio de animais, que constitui a principal atividade econômica da região. O acesso é limitado a algumas estradas secundárias.
Relevo e topografia: Essa região é uma das mais altas do Planalto Central, com altitude média na superfície do planalto em teono de 1.250 metros. Predomina a topografia de ondulacões suaves, embora existam áreas de terras quase planas e mesmo depressões intercaladas com ondulações mais acentuadas e morros íngremes, que se elevam bastante acima da superfície do planalto.
Clima: A região tem uma estação seca de 5 meses de duração e predipitação anual superior a 1.400 mm. A estação chuvosa é de outubro a abril e coincide com aépoca mais quente do ano. As temperaturas anuais são inferiores a 22: C e caem abaixo do 10: C em julho. Os
ventos fortes são incomuns, embora possam acompanhar ocasionais tormentas no meio de verão. Só muito ocasionalmente, as tormentas vêm acompanhadas de granizo.
Água: Pequenos cursos d‘água perenes cortam a paisagem e pequenas lagoas podem ser vistas em algumas depressões menores.
Solos: A maioria dos solos são rasos e muitos têm drenagem deficients, particularmente nos lugares mais baixos. Os solos variam dos subgrupos de Dystropepts (Solos Litólicos) que são litólicos e geralmente pedregosas nos locais mais altos das encostas, a Acrustox amarelos (Latossolo Amarelo e latossolo Vermelho-Amarelo) nos locais mais baixos das encostas e nas superfícies de melhora drenagem do planalto, a Aquox (Laterita Hidromórfica Indiscriminada) e Haplaquox (Solos Gley Distróficos + Laterita Hidromórfica Distrófica), nos locais mais baixos da fromação de terra. Amaioria dos solos são pedregosos ou rasos e nõ têm aptidão agrícola. São deficientes em macro e microelementos, particularmente P, Ca e S.
Potencial de uso da terra: Essas terras são adequadas principalmente para a pecuária
extensiva. As atividades recreativas, tais com excursões a pé e excursões botânicas, poderiam ser incentivadas. A região é pitoresca e possui uma flora em grande parte inexplorada e específica dessa parte do Planalto.
Informações técnicas adicionais: Os dados meteorológicos constam do Anexo I,
enquanto que as análises de solo estão no perfil GE-085 do Anexo II. Outras informações sobre o solo pidem ser encontradas nos Perfis de Solo GE-083, e GE-084 do CPAC, que poderão ser solicitadas.
SISTEMA DE TERRA 33
Uso da terra: Somente uma pequena parcela dessas terras é de propriedade particular. As terras estão cobertas da vegetação de pradaria original, com extensões variáveis de espécies de cerrado e de arbustos próprios de altitudes maiores. A vegetação foi só ligeiramente modificada por pastoreio muito extensivo e quemadas muito freqüentes.
Relevo e topografia: Essas terras são remanescentes do Planalto Central, com altitudes variando entre 1.050 e 1.200 metros. A topografia é, principalmente, de ondulações, embora existam também terras planas, sendo comuns morros mais altos.
Clima: A região tem um estação seca com duração de 6 meses, de maio a outubro. A precipitação é inferior a 1.400 mm. As temperaturas médias anuais são inferiores a 22: C e
podem descer abaixos de 10: C em julho. Os vnetos fortes são incomuns, mas pidem
acompanhar tormentas localizadas durante a estação chuvosa. O granizo ocorre só ocasionalmente.
Água: Pequenos cursos d‘água perenes cortam a paisagem aintervalos de 5 a 10 Km.
Solos: A maioria dos solos são rasos. Variam dos subgrupos d Dystropepts (Solos Litólicos), litólicos e freqüentemente pedregosos, a Acrustox amarelos e vermelhos-amarelos (Latossolo Amarelos e Latossolo Vermelho0amarelo), na topografia mais plana, a Aquox (Laterita Hidromórfica Distrófica), em algumas das depressões do sistema. Muitos dos solos são pedregosos, de superfície desigual e inadequados para a agricultura, Parecem ser de baixa fertilidade.
Potencila de uso da terra: As terras são apropriadas para pecuária extensiva e atividades florestais. As atividades recreativas poderiam ser incentivadas.
Informacões técnicas adicionais: Os dados meteroológicos sonstam do Anexo I e o
Sistema de Terra 32 pode ser constltado para dados de solos similares.
SISTEMA DE TERRA 34
Uso da terra: A maior parte dessas terras ainda está recoberta pela vegetação original de cerrado, fase seca, que foi ligeramente afetada pelas queimadsas e pelo pastoreio de animais. A pecuária extensiva é a única atividade econômica na região. O acesso é muito limitado, mais será melhorado consideravelmente pela nova estrada secundária que está sendo constrúida entre Arrarias e Paraña.
Relevo e topografia: Os altidudes variam entre 500 e 600 metros. A topografia
predominante é de ondulações acentuadas a terreno acidentado. Existem muitos pequenos vales, mas poucos cursos d‘água.
Clima: A região tem um período de estiagem de 7 meses, entre abril e outubro. A precipitação média anual é de 300 mm e ocorre principalmente entre novembro e fevereiro. A estação chuvosa coincide com a época mais quente do ano, quando as temperaturas médias são de aproximadamente 25: C.
Água: Os cursos d‘água perenes estão separados por distâncias algumas vezes superiores a 10 Km. A falta de água em quantidade suficiente durante a estiagem é fator limitante de pecuária. A água para uso doméstico é obtida de poços de 10 ou mais metros de profundidade, nas áreas mais baixas do sistema.
Solos: Nas partes mais baixas da paisagem predominam os solos Ustroprpts (Cambissolos) de textura leve. Nas partes mais altas predominam os solos litólicos. Os solos têm percentagens variáveis de intrusões rochosas e de pedras e cascalho na superfície, inclusive cascalhos silícidos e laterítericos. Isso, conjuntamente com a topigrafia freqüentemente acidentada, impõe graves limitações ao uso dessas terras.
Potencial de uso da terra: Com exceção de pequenas extensões, essas terras deveriam
continuar a ser usadas para pecuária extensiva.
Informações técnicas adicionais: Os dados meteorológicos constam de Anexo I. Uma
mostra compista da camada superior do solo, retirada no Kilômetro 14 aproximadamente, na estrada de Arraias a Paraña, fornecue a suguinte análise: pH (H0) - 5,7; pH (1N.KCl) - 2
4,6; Al (1N. KCl) - 0,08; K - 0,05meq/100g; Ca - 0,60 meq/100g; Mg - 0,21 meq/100g; P (Mehlich) 1.6 ppm.
Outras informações sobre o solo pidem ser obtidas no perfil GE-089 do CPAC, que piderá ser solicitado.
SISTEMA DE TERRA 35
Uso da terra: Só cerca de 15% da floresta decídua baixa e aberta original (com influência de cerrado) foi desmatada. O sistema de cultura empregado depois da desmatamento, tem sido o de duas ou três culturas sucessivas de arroz seguidas de formação de pastos melhorados. A pecuária é a principal atividade econômica. O acesso é deficiente, sendo feito por estradas secundárias.
Relevo e topografia: O sistema faz parte do ―vale‖ do Rio Parana. Os altidudes variam entre 530e 630 metros, 570 metros em média. É parte de uma planície entremontana plana a suavemente ondulada, formada pelos muitos precursores de Rio Parana e dissecada pro alguns tributátios menores do atual sistema fluvial. Ocasionalmente, um morro de calcário (iselberg), com até 30 metros de altura se eleva acima da plançie, quebrando a monotonia da paisagem.
Clima: A região tem um período de estiagem de 6 a 7 meses, entr abril e outobro. A precipitação anual é de aproximadamente 1.300 mm, ocorrendo principalmente de novembro a feveiro, que é a época mais quente do ano, com temperaturas médias em volta de 25: C. Os
veranicos são comuns entre a segunda quinzena de janeiro e o fim de fevereiro.
Água: Somente os rios maiores têm água durante todo o ano. Freqüentemente, estão distanciados mais de 10 Km uns dos outros. Conseqüentemente, algumas áreas têm problemas de água durante a estiagem. A água para uso doméstico é suprida por poços com cerca de 10 metros de profundidade. Pouco se sabe sobre as caraterísticas das reservas de águas subterrâneas.
Solos: Apesar da sua origem aluvial e do clima relativamente seco, muitos desses solos são bem intemperizados e pobres em minerais primários, especialmente no caso dos solos nas partes mais altas do sistema, onde freqüentemente predominam solos com altas percentagens de cascalho plinthitica. Os solos mais férteis são os Dystropepts (Cambissolos), localizados
nas partes mais baixas da paisagem, e os Fluvents (Solos de Aluvião), ao longo dos prindipais rios. Esses útimos freqüentemente sustentam florestas decíduas bem desenvolvidas, de altura média. Os solos perto dos afloramentos de calcário são superiores e também sustentam uma cobertura florestal relativamente alta.
Potencila de uso da terra: Com exceção de áreas relativamente pequenas de solos
melhores de aluvião ou enriquecidos por calcário, que poderiam ser usados para produção de grão anuais, o sistema serve principalmente para atividades de pecuária extensiva. Entretanto, essa atividade poderia ser mais intensiva com a administração cuidadosa e o uso estratégico das terras melhores.
Informações técincas adicionais: Os dados metreorológicos constam do Anexo I; as
análises de solo estão no perfil GE-087 do Anexo II.
SISTEMA DE TERRA 36
Uso da terra: Essas terras estão no estágio inicial de desmatamento da floresta semidecídua original para o cultivo de arroz e soja. O cultivo acesso sempte foi deficiente e somente agora está melhorando.
Releveo e topografia: O sistema é uma planície de altitude média, aproximadamente 650 metros. A topopografia é plana a suavemente ondulada e só ocasionalmente dissecada por cursos d‘água.
Clima: A região tem uma estação seca de 6 a 7 meses de duração. A precipitação anual está em torno de 1.300 mm. A estação chuvosa coincide com os meses mais quentes do ano, de meados de outubro a meados de abril, com temperaturas médias mensais superiores a 22:
c. Julho é o mês mais frio e a epoca de dezembro a fevereiro é a mais quente.
Agua: Existe acentuada deficiÊncia da águas superfíciais durante a estiagem. Cursos dágua perenes pidem ser encontrados a distâncias superiores a 10 Km, em média. Sabe-se pouco sobre as reservas de águas subterrâneas, embora é possível que sejam abundantes. Os poços para uso doméstico atingem o lençol freático a 10 metros ou mais de profundidade.
Solos: A maioria dos solos são Eustrustox e Oxic Rhodustalfs (Terra Roxa Similar Eutrófica), de cor vermelho-escuro e textura média a argilosa. São solos profundos, bem drenados, em terrenos geralmente planos ou suavemente inclinados, com mineralogia influenciada pela presença de rochas calcárias que formam uma parte substancial da sua orígem de aluvião. Possuem capacidade moderada de retenção de água. São férteis e bem supridos de macro e microelementos e de elementos-traços.
Potencial de uso da terra: Esses solos são adequados à produção de grãos, inclusive arroz e soja. Quando forem encontradas reservas suficientes de água subterrânea para irrigação ou desenvolvidos meios de desviar as águas do sistema do Rio Paraña, essas terras poderão ser muito prosuctivas.
Informações técnicas adicionais: Os dados meteorológicos constam so Anexo I, enquanto
que as análises de solo estão no perfil GE-088 do Anexo II.
SISTEMA DE TERRA 37
Uso da terra: A vegetação nativa do cerrado aberta, tipo moderadamente seca, recobre a maior parte dessas terras, embora algumas áreas tenham sido afetadas por pastoreio extensivo e quemadas. O acesso é restrito, sendo limitado ao uso de estradas secundárias. A maior parte do sistema encontra-se localizado dentro dos limites do Parque Nacional da ―Chapada dos Veadeiros‖.
Relevo e topografia: Essas terras têm topigrafia de ondulações suaves a terreno
ocasionalmente acidentado. As altitudes variam de 500 a 700 metros.
Clima: A regiào tem uma estação seca de 6 meses de duração, entre abril e outubro. A precipitação média anual está em torno de 1.350 mm e ocorre principalmente durante os meses de pico da estação chuvosa, que também são os meses de verão, de novembro a feveiro. As temperaturas médias da estação chuvosa são de aproximadamente 23,5: C.
Água: Embora essos terras estejam dissecadas por cursos d‘água a curtos intervalos, muitos
deloes secam durante os meses de inverno. Cursos d‘água perenes são encontrados a intervalos de aproximadamente 10 Km.
Solos: Na topoografia mais suave, muitos dos solos sào Ustox amarelo a vermelho-amarelo (Latossolo Vermelho-Amarelo e Latossolo Amarelo), de textura média a argilosa. Entretanto, muitos dos solos nas encostas mais íngremes, pideriam ser classificados como Ustropepts (Cambissolos) e tendem a ser pedregosos. O material de rocha mãe são xistos pré-intemperizados muito antigos. Os solos parecem ter suprimento insuficiente de nutrientes vegetais, embora alguns Ustropepts possam ser mais fértis.
Potencial de uso da terra: Devido à prolongada estiagem, essas terras nào seriam
adequadas para a maioria das culturas perenes. Por outra parte, só uma pequena porporção do sistema seria adequado ao uso de máquenas agrícolas para culturas anuais. Conseqüentemente, as terras não incluídas na reserva do parque nacional deveriam continuar com as atividades de pecuária extensiva ou desenvolver atividades florestais.
Informações técnicas adicionais: Os dados meteorológicos constam do Anexo I,
enquanto que as análises de solo estão no perfil GE-076 do Anexo II. Outras informações sobre o solo podem ser encontradas no Perfil de Solo GE-086 do CPAC, que poderá ser solicitado.
SISTEMA DE TERRA 38
Uso da terra: Cerca de 50% da floresta decídua original (com altura aproximadamente de 12 metros) foi completamente desmatada para o cultivo anual de grãos (principalmente arroz e soja), e a formação de pastos melhorados. O restante da floresta sofreu derrubada selectiva para a extração de madeira e produção de carvão, que continua em grande escala. O acesso é feito através de estradas secundárias.
Relevo e topografia: O sistema faz parte da extensa bacia do Rio Paraña, com terreno plano a suavenente ondulado. As altitudes variam enter 470 e 525 metros. Ocasionalment, encontra-se um curso dágua não perene. Alguns afloramentos de pedra calcária dura pidem ser vistos no setor norte do sistema.
Clima: A região tem um período de estiagem bem marcado, com duração de 6 a 7 meses, entre abril e outubro. A precipitação média anual é 1.300 mm e está confinada principalmente, ao período de novembro a fevereiro. Entretanto, podem ocorrer veranicos em fevereiro. As temperaturas médias sa estação chuvosa são de aproximadamente 24: C.
Julho é o mês mais frio, com temperaturas médias inferiores a 18: C. Os ventos fortes são
incomuns, embora possam acompanhar tormentas localizados.
Água: Cursos dágua perenes, geralmente com baixas vazões durante a estiagem, aão encontrados a intervalos superiores a 10 Km, Pouco se sabe sobre as reservas de águas subterrâneas, mas é possivel que esistam substanciais aquíferos.
Solos: A maioria dos solos são Eutrustrox e Oxic Rhodustalfs (Latossolos Vermelho-Escuro Eutróficos e ?terra Roxa Similar Eutrófica), de cor vermelha muito escura, textura média a argilosa, profundos e bem drenados. Foram formados em materiais transportados contendo originalmente uma proporção sugstancial de materiais ricos em calcáriol Entretanto, o caulim prodomina nas suas fraçõea argilosas e resulta em solos firmes que são de aração difícíl durante a eatação seca. Por outra parte, eatão bem supridos de nutrientes vegetais e sustentam um bom crescimento vegetal.
Potencial de uso da terra: Essas terras têm aptidão agrícola para culturas anuais de grãos, inclusive arroz, milho, soja e para olericultura. Mesmo assim, é necessário tomar os devidos cuidados para evitar uma compactaçào excessiva do solo. Precisam tembém de constante rotação de culturas, inclusive de pastos de gramíneas e liguminosas consorciadas. A possibilidade de irrigação deveria ser investigada.
Informações técnicas adicionais: Os dados mereorológicos constam do Anexo I,
enquanto que as análises de solo estão no perfil GE-094 do Anexo II. Outras informações sobre o solo podem ser encontradas no Perfil de aolo GE-093 do CPAC, que poderá ser solicitado.
SISTEMA DE TERRA 39
Uso da terra: Aproximadamente 30% da vegetação de cerrado seca e de matagal original foi cortado para o cultivo anual de grãos, principalmente arroz, seguido pela formação de pastagens. O acesso a estas terras é restrito a estradas secundárias em mal estado.
Relevo e topografia: O sistema faz parte da bacia do Rio Paraña. Consiste de topografia suave a acentuadamente ondulada e ocasionalmente acidentada, dissecada por inúmeros córregos que juntam suas áuas ao Rio Paraña. As altitudes variam entre 450 e 600 metros, estando a média pouco acima dos 500 metros.
Clima: A estação seca tem duração de 6 a 7 meses, entre abril e outubro. A precipitação anual é ligeiramente superior a 1.350 mm, em média. Os veranicos são comuns a partir de meados de janeiro até o final de fevereiro. As temperaturas médias da estação chuvosa são ligeiramente superiores a 23,5: C. Os ventos fortes são incomuns.
Água: A maioria dos cursos d‘água secam durante a estiagem. Entretanto, são encontrados cursos d‘água perenes a intervalos de 5 a 10 Km. em todo o sistema. Sabe=-se pouco sobre as treservas de águas subterrâneas.
Solos: A maioria dos solos parecem ser Ustox vermelho-amarelo a amerelo (Latossolo Vermelho-Amarelo e Larossolo Amarelo), de textura média a argilosa, profundos e bem drenados. Contudo, uma parte dos solos poderia ser classificada como Ustropepts (Cambissolos). Quanto à fertilidade destes solos, P parece ser of principal nutriente limitante nos Ustox, embora possam ocorrer deficiências de K, Ca e outros microelementos e elementos-traços.
Potencial de uso da terra: Possivelmente, até 50% destas terras poderiam ser utilizadas para a produção de grãos. Entretanto, devido aos muitos cursos d‘água que cortam a paisagem, os lotes individuais são geralmente pequenos , o que encareceria a colheita mecanizada. Conseqüentemente, estima-se que o sistema deveria ser desenvolvido prindipalmente para produção pecuária melhorada, baseada no cultivo de lotes semipermentes de pastos de gramíneas e leguminosas consorciadas.
Informações técnicas adicionais: Os dados meteorológicos constam do Anexo I.
SISTEMA DE TERRA 40
Uso da terra: A maior parte da vegetação original de cerrado que recobria essas terras foi cortada para a produção de carvão ou severamente modificasa pelo pastoreio de animais ou freqüentes quemadas. Com exceção de algumas áreas menores utilizadas para o plantio de arroz, a maioria é dedicada à pecuária. O acesso é feito através de estradas secundárias.
Relevo e topografia: O sistema integra a parte superior da bacia do Rio Paraña, com topografia plana a suavemente ondulada, contendo depressões sujeitas a alagamento durante a estação chuvosa.
Clima: A região tem uma estação sec de 6 a 7 meses de duração, entre abril e outubro. A precipitação anual média está em torno de 1.350 mm, ocorrendo principalmente entre novembro e fevereiro, quando a precipitação excede substancialmente a evapotranspiração potencial.. Mesmo assim, ocorrem veranicos durante o período de fim de janeiro a fim de fevereiro. As temperatura médias da estação chuvosa são de aproximadamente 24: C.
Julho é o mês mais frio.
Somente alguns poucos cursos d‘água perenes dissecam a paisagem, freqüentemente Água:
a distâncias de mais de 10 Km uns dos outros. Entretanto, as pequenas depressões são uma constante na paisagem e a água permanece nessas depressões durnte longos períodos, provendo água para os animais.
Solos: Os solos desse sistema são variados: dos predominantes solos Acrustox (Latossolo Amarelo e Latossolo Vermelho-Amarelo), de textura argilosa, profundos mas de drenagem lenta, que têm parco suprimento de nutrientes vegetais, aos Oxisols, com alta percentagem de cascalho laterítico, aos solos hidromórficos, de textura grossa e drenagem deficiente embora ligeritamente mais férteis.
Potencial de uso da terra: Muitas dessas terras poderiam ser usada intensivamente para o ciltivo se arroz irrigado, sempre que sejam realizados trabalhos de engenharia de solo e adubação adequada. A pecuária também poderia ser intendificada.
Informações técnicas adicionais: Os dados meteorológicos constam do Anexo I.
SISTEMA DE TERRA 41
Uso da terra: Aproximadamente 10% da vegetação original de cerrado foi totalmente retirada para a agricultura, inclusive para o cultivo de cana-de-açúcar para a produção de álcool. O restante tem sido cortado para produção de carvào e modificado pelo pastoreio de animais. O acesso é feito através de estradas secundárias.
Relevo e topografia: O sistema está localizado na bacia do alto Rio Paraña e consiste de terras planas, com altitudes entre 450 e 580 metros. Está dissecado por vários tributários do Rio Paraim, que é um tributario do alto Paraña.
Clima: A estação seca tem duração de 6 meses, entre abril e setembro. Julho é omês mais frio. A precipitação anual está por volta de 1.400 mm, mas ocorre principalmente no pico da estação chuvosa, de novembro a fevereiro. Entretanto, geralmente ocorrem veranicos entr o fim de janeiro e o fim de fevereiro. As temperaturas médias da estação chuvosa são de 24:
C, aproximadamente. Os ventos fortes são incomins, embora possam acompanhar ocasionais tormentas durnte a estaçào chuvosa.
Água: Cursos d‘água perenes são encontrados a intervalos de 5 a 10 Km.
Solos: A maioria dos solos parecem ser Haplustox Ilatossolo Amarelo e Latossolo Vermelho-Amarelo), de textura média a grossa, profundos e moderadamente bem drenados. Esses solos são deficientes em P, K, Ca, Mg e, provavelmente, S. A calagem pode ocasionar deficiência de Zn. Em áreas menores podem ser endontrados outros solos, inclusive solos de aluvião e solos hidromórficos.
Potencial de uso da terra: Até 50% do sistema poderia ser utilizado para agricultura,
inclusive plantios anuasi de grãos tais com arroz e soja. A severa estiagem anual é uma limitação à produção de cana-de-açúcar, que parece ter melhor desempenho nas partes mais baixas do sistema, com solos de condições de drenagem média. (Parece que ou cana-de-açúcar esta infectado com o enfermedade ―raquitissmo da soca‖.)
Informações técnicas adicionais: Os dados meteorológicos constam do Anexo I e Sistema
de Terra No. 43 fornece dados de solos similares.
SISTEMA DE TERRA 42
Uso da terra: Essas terras são usadas quase exclusivamente para pecuária extensiva, que , junto com quemadas freqüentes, resultou nama veretação de cerrado mais aberta. O acesso é feito através estradas secundárias.
Relevo e topoigrafia: A topografia dessa parte da bacia do Rio Paraña é relativamente plana, embora haja pequenas depressões de solos sazonalmente alagados. As altitudes variam ligeiramente entre 445 e 455 metros.
Clima: A região tem uma estação seca de 6 a 7 meses de duração, entre abril e oitubro. a presipitação anual média é de aproximadamente 1.350 mm e ocorre principalmente de dezembro a fevereiro.
Água: A área é dissecada pelo Rio Paraña e também pelos seus tributários, a cada 5 ou 10 Km. As muitas pequenas depressões na paisagem se transformam em lagoas que retêm água até bem entrada a época de estiagem.
Solos: Os solos que predominam são freqüentemente solos hidromórgicos, com altas proporções se concreções lateríticas (Laterita Hidremórfica Distrófica), de relativamente pobre drenagem. Entretanto, Acrustox (Latossolo Vermelho-amarelo), de melhor drenagem, estão intercalados nos primeiros.
Potencila de uso da terra: Com poucas exceções essas terras deveriam ser utilizadas para a pecuária. A presença de alta proporção de solos concrecionários limitaria seu uso mesmo para cultivos tolerantes à água.
Informações técnicas adicionais: Os dados meteorológicos constam do Anexo I.
SISTEMA DE TERRA 43
Uso da terra: A maioria dessas terras está recoberta por vegetação seca de cerrado a compo cerrado, que tem sido só ligeiramente modificada pelo pastoreio muito extensivo praticado em toda a região. O acesso é feito através de estradas secundárias, a maior parte das quais em mal estado.
Relevo e topografia: As altitudes variam entre 550 e 650 metros, com uma média em torno de 600 metros. O sistema está localizado sobre uma antiga superfície coluvial erodida e dissecada. Sua topografia é principalmente de ondulações acentuadas e freqüentemente acidentada. Em alguns lugares, morros de calcário (Iselbergs), se elevam entre 30 e 50 metros acima da superfície, que impediriam o cultivo das terras.
Clima: A região tem uma estação seca com duração de 7 meses, entre abril e outubro. A precipitação anual é de aproximadamente 1.300 mm e ocorre principalmente durante o período de dezembro a fevereiro. Julho é o mês mais frio. As temperaturas médias da estação chuvosa são de aproximadamente 25: C.
Água: Vários pequenos cursos d‘água dissecam o sistema. Os cursos d‘água perenes estão distanciados 5 a 10 Km uns dos outros. Há pouca informação sobre as reservas de águas subterrâneas. Os poços de uso doméstico localizados nas partes mais baixas da paisagem têm profundidades entre 10 e 15 metros.
Solos: Existe condiderável variação nos solos do sistema. Variam de solos rochosos ou pedregosos (litólicos), rasos, presentes em muitas das encostas mais altas e íngemes, a Ustropepts (Cambissolos), freqüentemente de cor marrom amarelada, textura média,
pedregosos, achados em terrenos de declive moderado a íngreme, a pequenos áreas de Haplustox (Latossolo Vermelho-Amarelo), cor-de-rosa, de textura fina, formados a partir de sedimentos ricos em arenito, que são encontrados na topografia plana a ondulada e a Haplustox (Latossolos Amarelos) predominantemente amarelados marrom, de textura média, pedregosos ou com cascalho, na maioria das terras com topografia relativamente suave, ondulações suaves a acentuadas. Também os solos na vizinhança dos remenescentes de calcário, que possuem teores muito mais altos de Ca e Mg, contrastam com a maioria dos solos. O fósforo é o principal nutriente vegetal limitante na maioria dos solos. Podem ocorrer também deficiências da microelementos e de elementos-traços.
Potencila de uso da terra: Com exeção de algumas áreas menores, a maior parte das terras deveria ser utilizada com pecuária extensiva.
Informações técincas adicionais: os dados meteorológicos constam do Anexo I, enquanto
aue as análises de solo estão no perfil GE-091 do Anexo II. Outras informações sobre o solo podem ser encontradas nos Perfis de Sol GE-090, GE-095, GE-098 e Ge-099 do CPAC, que poderão ser solicitados.
SISTEMA DE TERRA 44
Uso da terra: Essas terras são utilizadas exclusivamente para pecuária extensiva. Sua vegetação original de cerrado doi só moderadamente afetada pelo pastoreio e pelas freqüentes queimas. Oacesso é por estradas segundárias.
Relevo e topografia: A área é uma superfície de chapada de topografia suave a
acentuadamente ondulada e com altitude média de aproximadamente 700 metros. A superfície da terra é caraterizada por pequenos afloramentos de calcário imtemperizados, de um a três metros de altura, que ocorrem a distâncias de 500 metros, ou mais, uns dos outros. Existem poucos cutsos d‘água perenes na região. Esses estão separados por distâncias de aproximadamente 10 Km.
Clima: A região tem uma estação seda com duração entre 6 e 7 meses e precipitação anual de aproximadamente 1.300 mm, que ocorre principalmente enter novembro e fevereiro. A estação chuvosa coincide com a época mais quente do ano, com temperaturas médias mensais superiores a 23: C. Julho é o mês mais quente.
Água: Só ocasionais cursos dágua perenes cortam o sistema. Sabe-se pouco sobre as reservas de águas subterrâneas, Os poços para uso doméstico geralmente têm profundidade média de 10 metros.
Solos: Predominam os Haplustox vermelho-amarelos (Latossolos Vermelho-Amarelo) de textura grossa, relativamente bem drenados. A presença de muitos afloramentos de calcário
indica que os solos têm teores mais altos de Ca e Mg do que aqueles encontrados na maioria das terras de cerrado. Isso pide ser domonstrado pelos dados analíticos. Os teores de fósforo e K são de moderados a baixos. Os níveis de Al intercombiável no dubsolo são moderadamente altos.
Potencial de uso da terra: A região só pode ser recomentada para a pecuária, embora
algumas áreas menores possam ser utilizadas para plantio. A flata de água de superfície e a prolongada época de estiagem são sérios fatores limitantes da produção.
Informações técnicas adicionais: Os dados meteorológicos constam do Anexo I,
enquanto que as análises de solo estão no perfil GE-100 do Anexo II.
SISTEMA DE TERRA 45
Uso da terra: Essas terras consistem de áreas dispersas de morros de calcário com afloramentos rochosos, encontrados dentro da área do Sistems de Terra 43. Uma floresta decídua baixa e geralmente esparsa cobre a maior parte desses morros, embora a vegetação seca de cerrado possa ocorrer entre afloramentos sucessivos. O acesso é limitado a uma ocasional estrada secundária em más condições.
Relevo e topografia: Os morros geralmente têm formato de bloco e estão severamente dissecados pela erosão. Entretanto, as áreas enter os moros geralmente têm ropografia plana a suavemente ondulada. Os afloramentos rochosos e/ou os morros elevam-se de 15 a 50 metros acima da superfície da planície, que possua altittude média de aproximadamente 600 metros.
Clima: A região tem uma estação seca de 7 meses de duração, entre abril e outobro. A precipitação anual é de aprosimadamente 1.300 mm, mas ocorre principalmente durante o pico do verão, jo período de dezembeo a fevereiro. As tempera turas da estação chuvosa são de aproximadamente 25: C. em média.
Água: A maioria das áreas demimitadas por este sistme possuem poucos cursos dágua.
Solos: Muitos dos solos, inclusive a maioria daqueles encontrados nos morros de calcário, são litólicos rasos , pefregosos ou rochosos que passam a Ustropepts (Cambissolos), nos locais de maior acumulação. Esses últimos são solos moderadamente férteis, marrom-amarilados, de textura média e bem drenados.
Potencial de uso da terra: Muitas dessas áreas possuem reservas consideráveis de calcário de boa qualidade, inclusive calçario dolomítico. Entretanto, em relação ao seu uso com terras agrçolas, deveriam ser dedicadas à pecuária extensiva e, o atividades florestais, devido às suas limitações topográficas.
Informações técnicas adicionais: Os dados meteorológicos constam do Anexo I e existem
dados sobre analises de solos similares no Sistema de Terra No. 43.
SISTEMA DE TERRA 46
Uso da terra: A maioria dessas terras ainda está recoberta pela vegetação original seca e aberta de cerrado, que foi só ligeiramente modificada por pastoreio extensivo. Algumas áreas localizadas foram afetadas pela extração de carvão. O acesso viário e geralmente primativo e em muitos lugares inexistente.
Relevo e toografia: O sistema inclui muitas das terras que resultaram da erosão do sedimento de arenito macio da Chapada da Bahia, Sistema de Terra 50. Inclui as terras íngremes e erodidas da descida do planalto, coluviões de sopés e proporcões variáveis de ondulações acentuadas e morros íngremes. As cotas variam entre 600 e 900 metros.
Clima: A região tem uma estação chuvosa coincide com o verão, com temperaturas que 0geralment excedem 23,5C. A maior parte da precipitação ocorre do fim de dezembro a feveiro.
Água: Cursos d‘águaperenes estão geralmente localizados a intervalos superiores a 10 km e têm grandes flutuaçoes de vazão. Entretanto, alguns vales menores têm água em abundância e oferecem oportunidades para pequenos esquemas de irrigação.
Solos: A maioria dos solos poderia ser classificada como Ustropepts (Cambissolos). Muitos têm textura fina, são ocasionalmente pedregosos, deficientes em macro e micronutrientes e frequentemente apresentam perigo de erosão. Entretanto, existem pequenos bolsões de Acrustox (Latossolos) de textura média e mesmo algumas áreas úteis, embora pequenas, de solos de aluvião em regiões de vales menores.
Potencial de uso da terra: Com algumas pequenas exceções, a maioria dessas terras
deveria ser utilizada para pecuária extensiva e atividades florestais.
SISTEMA DE TERRA 47
Uso da Terra: A vegetação nativa que cobria essas t~erras era, principalmente, uma floresta decídua aberta com ocasionais pequenas áreas de cerrado. Aproximadamente 10% foram desmatados para o cultivo de alimentos e grãos e para a formação de pastos melhorados. Devido á natureza acidentada da paisagem, o desmatamento limitou-se, em grande parte, a áreas relativamente pequenas de declives mais suaves. A atividade econômica principal ?‘e a
pecuária semi-intensiva, tanto de corte como de leite. O acesso é através de estradas secundarias.
Relevo e topografia: Essas terras são montanhosas e freqüentemente acidentadas, se elevando da bacia do Rio Paraá até a Serra Geral de Goiás. As cotas variam entre 550 e 850 metros. Mais de 60% das terras possuem gradientes de mais de 30% e menos de 10%, têm gradientes de menos 8%.
Clima: A região têm uma estação seca de 6a 7 meses de duração, entre abril e outubro. A
precipitação média anual é de aproximadamente 1.300 mm e ocorre principalmente durante o pico da época chuvosa, entre novembro e fevereiro. As temperaturas médias variam com a 0altitude, mas geralmente excedem 23C durante a estação chuvosa. Julho é o mês mais
quente.
Água: Pequenos cursos d água cortam a paisagem a distâncias de 5 a 10 km uns dos outros.
Solos: Os solos predominantes são os Rhodustalfs (Terra Roxa Similar Eutrófica), vermelho-escuros a castanhos, de textura média e algumas vezes pedregosos. Sua rocha-mae foi derivada em grande parte de sedimentos de arenito intercalados com pedra calcária. Sào solos geralmente de declive moderado a íngreme, excessivamente bem drenados, profundidade média e capacidade média de retenção de água. A rofundidaes do solo aumenta consideravelmente nas áreas menores de topografia mais suave. Os solos mais baixos, perto das áreas das planícies da bacia do Rio Paranã, tendem a ter textura mais fina do que aqueles em locais mais altos. Entretanto, a maioria dos solos encontrados no sistema possui um bom suprimento de nutrientes vegetais.
Potencial de uso da terra: Existem numerosas pequenas áreas de terras mais planas, com extensão entre 1 e 5 hectares, que são adequadas para a produção de alimentos e a formação de pastagens melhoradas. Conseqüentemente, existe possibilidade de melhorar a produção de carne e de leite na área. As terras mais íngremes poderiam ser reservadas para a produçào de espécies florestais.
Informações técnicas adicionais: O dados meteorológicos constam do anexo 1 e o oSistema de Terra N 38 pode ser consultado para análises de solos aproximadamente
equivalentes aos melhores solos desse sistema.
SISTEMA DE TERRA 48
Uso da Terra: A maior parte da vegetação original de cerrado de drenagem pobr ainda está intacta nessas terras. Só existe acesso viário onde os custos de desviar as estradas a outras áreas de terras mais altas eram economicamente injustificados.
Relevo e topografia: Essas são terras planas e baixas, localizadas na bacia do Rio Paranã, uma alta proporção das quais são sazonalmente ou mesmo perenemente alagadas ou encharcadas. As cotas variam entre 445 e 460 metros.
Clima: A região tem uma estação seca com duração de 6 a 7 meses, entre abril e outubro. A precipitação anual é de aproximadamente 1.350 mm e ocorre principalmente durante o periodo de dezembro a fevereiro.
Água: A maior parte do sistema é constituído por um retículo fechado com cursos d‘água serpenteando toda a área. Os pântanos também são comuns.
Solos: Predominam no sistema os solos hidromórficos com drenagem muito pobre, freqüentemente com uma alta proporção de condreções lateríticas.
Potencial de uso da terra: A maior parte dessas terras deveria ser preservada para o pastoreio de animais durante a estação seca.
SISTEMA DE TERRA 49
Uso da terra: Aproximadamente 20% da vdgetação original dessas terras, vegetação seca de cerrado a florestas decíduas baixas, foi desmatada para o cultivo e a formação de pastos melhorados. Arroz é a principal cultura. A pecuária extenciva é praticasa em todo o sistema. Oacesso é feito por estradas secundárias.
Relevo e topografia: A maior parte dessas terras tem topogradia plana a ondulada, embora algumas pequenas áreas haja ondulações acentuadas a terreno acidentado. São dissecadas a intervalos freqüentes, geralmente superiores a 10 Km, por tributários menores de Rio Paranã. As cotas variam entre 480 e 550 metros.
Clima: A região tem uma acentuada estação seca de 7 meses de duração, entre abril e outubro. A precipitação anual é de aproximadamente 1.300 mm e ocorre principalmente de novembro a fevereiro.
Água: Os cursos d‘água perenes geralmente estão mais de 10 Km afastados entre si. A área é muito seca durante a época de estiagem e encontrar água para o gado é um problema sério.
Solos: Existe um mosaico de solos diversos, embora predominem os Haplustox (Latossolo Amarelo e Latossolo Vermelho-Amarelo) de textura média a grossa. Esses solos possuem propiedades físicas satisfatórias, mas são deficientes em nutrientes vegetais. Existem áreas menores de solos mais férteis, inclusive Tropepts (Cambissolos) de boa drenagem e textura média. Entisolos, e principalmente, Psamments (Areias Quartozosas) e alguns Rhodustalfs
(Terra Roxa Similar Eutrófica), juntamente com algumas áreas de solos hidromórficos de drenagem pobre.
Potencial de uso da terra: Existem possibilidades de cultivo anual em muitas partes desse sistema, especialmente culturas precursoras de formação de pastagens melhoradas para pecuária mais intensiva.
Informações técnicas adicionais: O dados meteorológicos constam do Annex 1, enquanto
que as análises de solo da uma faceta mais fértil da paisagem coberta pela floresta estão no perfil GE-092 do Annexo.
SISTEMA DE TERRA 50
Uso da Terra: A vegetação original de cerrado aberto (Campo Limpo e Campo Cerrado) ainda está praticamente intacta em mais de 90% dessa área. Entretanto, uma crescente proporção das terras mais férteis e de textura mais fina está sendo arada para o cultivo anual de grãos, inclusive arroz e soja, e a ulterior formação de pastos melhorados. As tentativas de cultivar os solos predominantes, de textura mais grossa (arenosos), para culturas anuais têm sido mal sucedidas, devido a estiagens sporádicas e á pouca fertilidade desses solos.
Relevo e topografia: Esse sistema faz parte de um planalo, a Chapada da Bahia, formada por sedimentos de arenito macio. E dissecada a intervalos, que freqüentemente excedem 10 Km por pequenos vales com cursos d‘águ perenes, aproximadamente 25 a 50 metros agaixo da superfície plana da chapada. As cotas variam entre 800 e 900 metros.
Clima: A região tem uma estação seca de 6 a 7 meses de duração. Entre abril e outubro. Embora a estação chuvosa dure de novembro a abril, a precipitação confiável, que é uma necessidades para a agricultura nos solos de textura grossa desse sistema, não ocorre antes dezembro. Aliás, a maior parte da precipitação anual, de aproximadamente 1.300 mm, ocorre entre o fim de janeiro e o fim de fevereiro. As temperaturas da estação chuvosa são ode aproximadamente 23C. Julho é o mês mais frio, quando as temperaturas podem cair 0abaixo de 16C. Os ventos fortes são incomuns, mas podem acompanhar as tormentas localizadas da estação chuvosa ou os movimentos das frentes.
Água: Os cursos d‘água perenes são localizados a distâncias superiores a 10 Km, e até 25
Km, uns dos outros. Ha pouca informação sobre as reservas de águas subterrâneas.
Solos: A maiorias dos solos, tanto na superfície da chapada quanto na região dos vales, seriam classificados como Psamments (Areias Quartzosas), embora estejam entremeados de áreas menores de Haplustox (Podzólico Vermelho-amerelo Distrófico), devido á presença de subsolos de textura mais fina, e Haplustox (Latossolo Vermelho-Amarelo), de textura grossa a
média. A maioria dos solos são excessivamente bem drenados e têm capacidade muito baixa de retenção de água. Quimicamente, são deficientes em nutrientes vegetais. Na região dos vales, embora os Psamments predominem, existem áreas substanciais de solos de aluvião hidromórficos (inclusive Aquipsamments).
Potencial de uso da terra: Devido á grande proporção dessas terras que êm topografia
pland com só uma cobertura de aerrado aberto, existe sempre a tentação de iniciar cultivos snuais de grãos. Entretanto, por serem de textura arenosa, que acentua tanto as vissicitudes das estiagens quanto as da erosão eólica, a maioria desses solos simplesmente não são apropriados para as atividades agrícolas durante períodos continuados. Sera mais sábio tentar intensificar a pecuária no sistema, através da formação estratégica de pastagens de gramíneas e leguminosas consorciadas, nos solos de textura mais fina, e deixar o cullltivo de grãos com precursor da formação de tais pastagens. A produção deespécies florestais, particlarmente Eucalyptus spp., poderia prover uma alternativa viável á pecuária.
SISTEMA DE TERRA 51
Uso da Terra: Aproximadamente 50% dessas terra são de propiedade particular. Têm acesso através de estradas secundárias. Cerca de 15-20% da vegetação seca origianl de cerrado doi desmatada para o cultivo anual de grão, a formação de pastos melhorados e o plantie de eucaliptos e pinheiros.
Relevo e topografia: Essas terras fazem parte da superfície plana conhecida como
Chapada da Bahia, que consiste princípalmente de sedimentos arenosos. As cotas variam gradualmente de 850 a 900 metros.
Clima: Aregião tem uma estação seca de 6 a 7 meses de duração, entre abril e outubro. A precipitação anual não excede 1.300 mm e diminui gradualmente nas direções leste e norte. A maior parte da precipitação anual ocorre durante o pio da estação chuvosa, de dezembro a fevereiro. Os agricultores locais raramente semeam os grãos antes de dezembro, devido á falta de confiabilidade das chuvas. Os veranicos ocorrem comunmente entre o fim de janeiro e o de fevereiro e intensificam o problema de estiagem. A estação chuvosa coincide com os 0meses quentes do verão, quando as temperaturas são de aproximadamente 23C, em média. 0Julho é o mês mais frio, com temperaturas inferiores a 16C. Os ventos fortes são raros,
embora possam acompanhar as tormentas localizadas da estação chuvosa.
Água: A maioria dessas superfícies plandas da chapada estão a 5 ou 10 Km de cursos d‘água perennes, geramente encontrads nas regiões dos vales do Sistema de Terra 52.
Solos: Embora a maior parte desses solos possariam ser classificos como Psamments (Areias Quartzosas), existem áreas substanciais de Haplustox de testura fina e tambêm uma certa proporção de Acrustox (Latossolo Vermelho-Amarelo) de textura média a fina. Os
solos de textura fina têm baixa capacidades de retenção de água. Amaioria desses solos parece ser deficiente em macro e micronutirentes. É provável tambêm que seja deficiente em Zn e B, para a maioria das culturas anuais de grãos.
Potencial de uso da terra: A pecuária da região deveria ser intensificada mediante a
formação de pastos melhorados de gramíneas-leguminosas consorciadas, em solos cuidadosamente selecionados. Uma safra prévia de grãos, inclusive arroz e soja, ajudaria a pagar esses custos. Entretanto, a maioria das terras não poderia sustentar a rotação de culturas continuadamente. As atividades florestais são uma alternativa viável para grandes extensões dessas terras, e a atual tendência de espandir as áreas dedicadas essa atividade, inclusive o plantio de eucaliptos e pinheiros, deveria ser incentivada.
SISTEMA DE TERRA 52
Uso da Terra: Esse sistema consiste das regiões de vales que dissecam a Chapada da Bahia (Sistemas de Terra 50 e 51). São em grande parte cobertos por vegetação seca de cerrado aberto, que freqüentemente pasa a savana úmida, nos solos de aluvião de drenagem pobre dos fundos dos vales. (O Buriti é comun nessas terras mal drenadas). As terras são usadas principalmente para pecuária extensiva. O acesso viário e limitado.
Relevo e topografia: Os vales normalmente têm vertentes de moderadas a íngremes até um plano horizontal, freqüentemente mal drenado, de solos de aluvião nos fundos dos vales. As larguras desses vales variam, embora normalmente sejam de 2 á 10 Km. Suas profundidades medidas a partir da superfície da chapada (entre 850 e 900 metros de altitude) variam dentr 25 e 50 metros.
Clima: A região tem uma estação seca de 6 a 7 meses de duração, entre abril e outubro. A estação chuvosa coincide com o verão e uma grande parte da precipitação anual, de aproximadamente 1.300 mm, ocore entre o fim de novembro e fevereiro.
Água: Corregos ou pequenos rios invariavelmente correm ao longo dos vales. Alguns desses cursos d‘água têm vazão condiderável e poderiam suprir água para irrigação das áreas
das superfícies mais planas da chapada dos Sistemas de Terra 50 e 51.
Solos: O solos variam de Ustropepts (Cambissolos), de testura média a fina e algumas vezes pedregosas, nas vertentes mais íngremes dos vales, a Psamments (Aréias Quartzosas) e Acrustox (Latossolo Vermelho-Amarelo), de textura fina a média, nas vertentes mais suaves, a solso hidromórficos em alguns locais mais baixos das vertentes, e, finalmente, a solos de aluvião, inclusive Psammaquents (Areias Quartzosas Hidromórficas), no fundo dos vales.
Potencial de uso da Terra: Ocasionais áreas menores de solos de aluvião com melhor
drenagem poderiam ser cultivadas com pastagens melhoradas para ajudar a intensificar a
pecuária da região. Entretanto, o restante das terras deverian ser usado para pastoreio extensivo.
SISTEMA DE TERRA 53
Uso da Terra: Aproximadamente 20% da floresta decídua original de altitudes médias (com pitorescas árvores ―garrafa‖), que recobria essas terras, foi desmatada ou severamente
modificada para a formação de pastos melhoradas para a pecuária de corte e de leite ou, em algumas áreas menores, para a produção de alimentos. Do restante das terras recobertas por florestasfoi extraída madeira. O acesso é restrito a estradas secundárias em mal estado.
Relevo e topografia: O sistema é uma área de terras ricas em calcário, que resultou da erosão do planalto original da Chapada da Bahia para formar uma área de campos com topografia de declives acentuados a montanhosa, além de acidentada. As cotas variam entre 500 e 850- metros. É dissecada por vários tribut‘rios menores do sistema do Rio Paraña.
Clima: A região tem um periodo de estiagem de 6 meses de duração, entre abril e outubro. A precipitação anual é de aproximadamente 1.300 mm, mas ocorre principalmente entre novembro e fevereiro. Essa é a época mais quente do ano, com temperaturas médias acima 0de 23,5C nas altitudes menores.
Água: Pequenos cursos d‘água perenes são encontrados a intervalos de 5 a 10 km e geralmente provêom água suficiente para o gado e para o uso doméstico.
Solos: Os solos variam de Ustropepts (Cambissolos) relativamente férteis, embora rasos e ocasionalmente pedregosas nas vertentes mais altas em erosão, a dos predominantes Oxic Rhodustalfs e Eustrustox (Terra Roxa Estruturada Similar Eutrófica), de cor vermelho-escuro e profundidade média, e a áreas menores de solos de aluvião. Os Oxic Rhodustalfs e Eustrustox geralmente possuem uma textura média, são bem drenados e têm uma capacidade moderada de retenção de água. A rocha-mae é composta principalmente por xistos calcários. Parecem possuir suprimento moderadamente bom de nutrientes vegetais.
Potencial de uso da terra: Existe um bom potencial para expandir o uso dessas terras para a producão de leite. Entretanto, para que isso seja feito eficazmnte, a rede viária existente deveria ser consideravelmente melhorada. Por outro lado, poderia talvez ser considerad a procução semi-intensiva de gado de corte.
Informações técnicas adicionais: Os dados meteorológicos constam do Anexo I,
enquanto que as análisis de solo estão no perfil GE-143 do Anexo II.
SISTEMA DE TERRA 54
Uso da Terra: A maioria dessas terras estão recobertas pela vegetação seca típica do cerrado, uma grande parte da qual foil ligeiramente modicicada pelo pastoreio extensivo e pelas freqüentes queimadas. O acesso viário é ruim e limitado a estradas secundárias.
Relevo e topografia: O sistema consiste em terras relativamente íngremes e acidentadas, producto da erosãdas superfícies do planalto. As cotas variam de 600 a 850 metros.
Clima: A região tem uma estação seca com 6 a 7 meses de duração, entre abril e outubro. A prcipitação anual é de 1.300 mm e ocorre principalmente entre novembro e janeiro. Essa é 0a epoca mais quente do ano, quando as temperaturas médias são superiores a 23,5C nas
altitudes menores.
Água: Pequenos cursos d‘água perenes estão geralmente localizados a intervalos entre 5 e 10 Km em todo o sistema e são suficientes para o gado.
Solos: Os solos variam de litólicos pedregosos a Ustropepts (Cambissolos) a Haplustox e Acrustox (Latossolos Vermelho-Amarelo e Amarelo), Rodustalfs (Terra Roxa Estruturada Similar Eutrófica). Com exceção desses últimos e de extensões menors de solos de aluvião, os solos desse sistema parecem pobres em nutrientes vegetais. Esse fator, aliado á topografia íngreme, exclui o uso intensivo da maior parte destas terras.
Potencial de uso da terra: Existe possibilidade de intensificação localizada da pecuária atual utilizada messas terras e certas áreas poderiam ser avaliadas para as atividades florestais.
Informações técnicas adicionais: Os dados meteorológicos constam do Anexo I.
SISTEMA DE TERRA 55
Uso da Terra: A maioria dessas terras são de propriedade particulare têm acesso através de estradas secundárias. Eram originalmente recobertas por vegetação de cerrado, mas aproximadamente 60% da vegetação nativa foi severamente modificada pelo corte seletivo para produção de carvão e pastoreio continuado ou, então completamente desmatada para culturas anuais. No passado o arroz era cultivado durante vários anos antes da formação de pastos melhorados. O cultivo da soja tem aumentado consideravelmente nos últimos anos.
Relevo e topografia: O sistema consiste de superfícies de chapadão planas a
suavementeonduladas, ao sudeste da vila de Buritis. Tem altitude média em torno de 900 metros e parece ter sido formado por sedimentos misturados de arenito e aluvião alternados com materiais tipo xisto. Variações menores na morfologia da superfícies regularmente resultam em faixas de terra ligeiramente mais baixas, com solos de drenagem deficiente e que
sustentam vegetação de savana relvosa hidrom‘rfica. O sistema é uma extensão virtual do Sistema de Terra No. 1.
Clima: O região parece ter uma estação seca com duração de 6 meses, entre abril e outubro. A precipitação anual é de aproximadamente 1.350 mm e se concentra principalmente entre novembro e fevereiro, quandoexcede a evapotranspitação. Entretanto, os veranicos são comuns durante o período que se estende de final de janeiro ao fim de fevereiro e, quando duram mais de 10 dias, podem causar estresse hídrico nas culturas de desenvolvimento radicular raso. A estação chuvosa coincide com a época mais quente do 0ano, com temperaturas médias mensais entre 22 e 23 C. Na estação seca, as temperaturas 0médias são de aproximadamente 19 C. Entretanto, as temperaturas noturnas regularmente 0descem abaixo de 12 C durante Julho. Ventos fortes ocasionalmente acompanham as
tormentas localizadas da estação das chuvas. O granizo é pouco freqüente e raramente causa danos significativos às culturas.
Água: Pequenos cursos d‘água perenes são encontrados a intervalos entre 5 e 10 Km e ocasionalmente são encontradas pequenas lagoas. Sabe-se pouco sobre as reservas de água subterrânea.
Solos: Muitos dos solos parecem ser Acrustox e Haplustox (Latossolo Vermelho-Amarelo e Latossolo Vermelho-Escuro), vermelho-amarelos e vermelhos, de textura média a fina. São solos profundos e bem drenados, formados a partir de xistos e de depósitos de arenito dubjacentes pre-intemperizados. Entretanto, sua capacidade de retenção de água parece ser baixa. Outrossim, parecem ter baixos teores de P, K, Ca, Mg e níveis tóxicos de Al e possivelmente Mn. Também é provável que sejam pobres em outros elementos, inclusive Zn.
Existem áreas menores de outros solos, entre os quais solos hidromórficos de textura média a fina, que são encontrados em depresões. Esses. Frrqüentemente têm pouco movimento lateral de água e provavelmente possuem níveis tóxicos de Fe para as culturas e as cultivares susceptíveis.
Potencial de uso da terra: Existem áreas significativas (talvez até 40% do total) de terras agricultáveis que poderiam ser utilizadas para culturas anuais, inclusive arroz e soja, contanto que haja acesso a fertilizantes e calcário baratos. Deveriam ser desenvolvidos sistemas agrícolas mistos para ajudar a melhorar os solos, o que resultaria em aumentos substanciais na produção de carne e de leite. Seria bom formar pastos de gramíneas – leguminosas
consorciadas durante 3 a 5 anos, seguidos de 2 ou 3 anos de outras culturas, usando-se somente os solos de textura mais argillosa. Nos solos de textura arenosa, deveriam ser formados pastos ou, então, esses solos simplesmente deveriam ser deixados com reserva para pastoreio extensivo.
Informacões técnicas adicionais: os dados meteorológicos constam do Anexo I,
enquanto que as análises de solo estão no perfil GE-140 do Anexo II.
SISTEMA DE TERRA 56
Uso da Terra: Essas terras estão, em grande parte, ainda cobertas pela vegetaçào aberta de cerrado (campos cerrados) que foi só ligeiramente modificada ao longo dos anos, pelo pastoreio de animais e freqüentes queimadas. Somente áreas menores na vizinhança das vilas da região foram desmatadas para o plantio de culturas almentares e a formação de pastos melhorados. O acesso é limitado a algumas estradas secundárias.
Relevo e topografia: O sistema consiste principalmente duma superfície de planície ondulada formada numa chapda de arenito de altitude média. A superfícies é dissecada a intervalos irregulares por pequenos vales com cursos d‘água perennes. As cotas variam entre 700 e 850 metros.
Clima: A região tem uma estação seca comduração entre 6 e 7 meses, de abril a outubro. A precipitação anual é de aprosimadamente 1.300 mm, mas se concentra no periódo de 0novembro a fevereiro. As temperaturas médias da estação chuvosa são inferiores a 23,5 C.
Julho é o mês mais frio, quando as temperaturas, particularmente as noturnas, freqüentemente 0caem abaixo de 16 C.
Água: Cursos d‘água perenes estão geralmente localizados a distâncias superiores a 10 Km. A água para uso doméstico é obtida de poços com, pelo menos, 10 metros de profundidade.
Solos: Umas grande proporcão dos solos, tanto nas superfícies onduladas da chapada quanto nas pequenas regiões dos vales, poderia ser classidicada de Psamments (Areias Quartzosas), embora haja ocasionais extensões de solos mais pesados, principalmente Haplustults (Podzólico Vermelho-Amarelo Distrófico), com subsolos de textura mais grossa, e os Haplustox (Latossolo Vermelho-Amarelo) de textura fina a média. A maioria dos solos são excessivamente drenados e com baixa capacidade de retenção de água. Os solo possuem baixos teores de P, K, Ca, Mg, S e Zn, sendo que os teores de outros microelementos também podem ser baixos.
Potencial de uso de terra: Devido aos solos arenosos que agravam o problema de erosão
e os riscos das estiagens e são uma base pobre para aumentar a fertilidade da terra, a maioria dessas terras são inadeuadas para a agricultura de aração continuada. Entretanto, existem possibilidades para a introdução de reservas estratégicas de pastos melhoradaos de gramíneas – leguminosas consorciadas para aumentar a produção pecuária. A produção de espécies florestais poderia ser uma alternativa viável para um uso mais intensivo dessas terras.
Informações técnicas adicionais: Os dados meteorológicos constam do Anex I, enquanto
que as análises de solo estão no perfil GE-142 do
Anexo II.
SISTEMA DE TERRA 57
Uso Da Terra: A maioria dessas terras ainda esta coberta pela vegetação esparsa original de cerrado, que foi aó ligeramente modificada pelo pastoreio estensivo de gado, embora em áreas localizadas tenha sido substancialmente cortada para produção de carvão. O acesso é limitado a algumas poucas estrada secundárias.
Relevo e topografia: A topografia dessas terras é predominantemente montanhosa e
freqüentemente acidentada. Entretando, existem áreas significativas de terras com ondulações suaves a acentuadas. O sistema está todo dissecaddo por muitos pequenos vales, alguns com pequenos cursos d‘água perenes. As cotas variam entre 500 e 850 metros.
Clima: A região sofre de um período de estiagem anual de 6 meses de duração, entre abril e outubro. A precipitação anual varia entre 1.300 e 1.350 mm e se concentra principalmente 0entre novembro e fevereiro, quando as temperaturas médias excedem 25 C, em aixas altitudes.
Julho é o mes mais frio.
Cursos d‘água perenes cortam a paisagem a intervalos de 5 a 10 Km e provêem água Água:
suficiente para o gado.
Solos: Os solos variam consideravelmente conforme o local, embora, geralmente, tenham sérias limitações físicas e químicas. Nos locais mais íngremes, que sofrem de erosão, predominam os solos litólicos, pedregosos e rasos, que passam a Dystropepts (Cambissolos), freqüentemente pedregosos e de textura média, e finalmente, a Acrustox e Haplustox (Latossolo Vermelho-Amarelo e Latossolo Vermelho-Escuro), amarelos a vermelhos e de textura média nas posições mais suaves de acumulação. Também existem bolsões de Estrustox e Rhodustalfs (Latossolo Vermelho-Escuro Eutrófico e Terra Roxa Estruturada Similar Eutrófica). Com exceção dos Estrutox e Rhodustalfs, os solos se desenvolveram a partir de antigos sedimentos de arenito e xistos sujeitos a erosão. Há deficiência de macro e microelementos.
Potencial de uso da terra: Muitas dessas terras são adequadas à pecuária extensiva e
podem ser achadas extensões menores de terras mais planas, onde se poderiam formar pastos melhorados como reserva para a época de estiagem. As terras mais ígremes, contudo, deveriam ser usadas para atividades lorestais, a fim de evitar o problema de pastoreio excessivo e subseqüente erosão do solo.
Informações técnicas adicionais: Os dados meteorológicos constam do Anexo I.
SISTEMA DE TERRA 58
Uso da terra: Em aproximadamente 20% dessas terras foi desmatada a vegetação de floresta decídua original, para uso com culturas anuais, incluíndo soja e aroz. O acisso é limitado a uma estrada secundária.
Relevo e topografia: O sistema consiste de uma superfície de chapada, formada
predominantemente em sedimentos de arenito calcário, com cota media de cerca de 850 metros.
Clima: A região tem uma estação seca com duração entre 6 e 7 meses, de abril a outubro. A precipitação anual é de aproximadamente 1.300 mm e ocorre principalmente duranmte o pico da estação chuvosa, a artir da segunda quinzena de novembro até o final de fevereiro, embora ocorram veranicos, freqüentemente entre o fim de janeiro e fim de fevereiro. As 0temperaturas médias de estação chuvosa estão pouco abaixo de 23,5 C.
Água: A superfície da chapada é virtalmente desprovida de cursos d‘água perenes. A água para uso doméstico é obtido de poços e perfurações profundas.
olos: Embora tenham tendência algumas vezes a uma testura excessivamente fina, com S
baixa capacidade de retenção de água, muitos desses solos possuem propriedades físicas e químicas relativamente boas para a agricultura. Muitas são Eustrustox (Latossolo Vermelho-Escuro Eutrófico) de textura média e boa drenagem, que estão relativamente bem supridos de P, K, Ca, Mg, S e de elementos-traços.
Potencial de uso da terra: Essas terras são adequadas para a produção anual de grãos,
inclusive arroz e soja, embora seja necessário ter cuidado com as datas de plantio, devido à falta de confiabilidade quanto à real data de início da estação chuvosa. É necessário também evitar o cultivo perto dos limites da superfície da chapada para evitar a aceleração da erosão por voçorocas.
SISTEMA DE TERRA 59
Uso da Terra: Mais de90% dessas terras ainda estão cobertas pela vegetação original seca de cerrado, que foi só ligeiramente modificada por pastoreio extensivo e queimadas mais freqüentes. O acesso é limitado a estradas secundárias. As princiipais estradas que unem o sistema ás vilas mais próximas estão bem estabelecidas e em bom estado.
Relevo e topografia: O sistema compreende uma área d planície, de topografia suavemente ondulada a planna, que forma a bacia hidrográfica do Rio Urumcúia, que corta o sistema em duas pares quase iguais. As cotas variam entre 550 e 600 metros. A paisagem é também
dissecada por vários tributários menores do Rio Urucúia. No setor sudeste do sistema, existem pequenas lagoas, mas a maiior parte delas secam durante o período de estiagem.
Clima: A região tem uma estação seca de 6 a 7 meses de duraçào, de abril a outubro. A precipitação anual é 1.300 mm, em média, e ocorre principalmente entre novembro e fevereiro, que são os meses de pico do verão e quando a precipitação mensal excede o potencial mensal de evapotranspiração. Entretanto, os veranicos são ocorrência comum durante fevereiro, e podem ocasional estress hídrico ás culturas de raízes rasas. As 0temperaturas médias da estação chuvosa ultrapassam 24C. As temperaturas médias da 0estação seca estão pouco acima de 20C, em média. Junho e julho são os meses mais mais 0frios, com temperaturas médias abaixo de 10C. Ventos moderados a fortes podem
ocasionalmente acompanhar as tormentas esporádicas da estação chuvosa.
Água: O Rio Urucúia e vários dos seus tributários dissecam o sistema. Etrtanto, os cursos d‘água perenes estão normalmente a mais de 10 Km un do outro, o que causa problemas para
o abastecmento do gado em várias áreas.
Solos: Muitos dos solos possuem propriedades físicas razoavelmente boas e , embora muitos seriam pobres quimicamente, tendem a ser melhores do que os Aacrutox e Haplustox do chapadão do Planalto Central. Ao norte do sistema, predominam os Haplustox (Latossolo Vermelho-Escuro e Latossolo Vermelho-Amarelo). Esses solos são profundos, de textura média, com capacidade moderada de retenção de água e teores baixos, embora não extremamente baixos, de macro e micronutrientes vegetais. Os Fluvents (Solos Aluvias), formam uma banda ao longo de ambas as margens do Rio Urucúia e seus princiipais tributários. Embora tenham textura variável, esses solos tendem a ser arenosos. Algumas partes que têm solos de aluvião estão sujeitas a inunações periódicas e/ou a ficarem encharcados. Ao sul do sistema, os solos são freqüentemente Haplustox (Latossolo Vermelho-Escuro e Amarelo), de textura mais grossa, embora mais profundos e com baixos teores de nutrientes. No setor sul, são comúns os solos hidromórficos de drenagem deficiente.
Potencial de uso da terra: Parecem haver possibilidades para culturas anuais nas terras mais planas e férteis. Isso lvaria ao aumento de pastos cultivados e resultaria na intensificação gradual da pecuária. Existe também possibilidades para a irrigação de algumas dessas terras,mas é necessário que se façam estudos preliminares cuidadosos.
Informações técnicas adicionais: Os dados meteorológicos constam do Anexo I,
enquanto que as análises de solo estão no perfil GE-139 do Anexo II. Outras informações sobre o solo podem ser encontrados no Perfil de Solo GE-138 do CPAC, que piderá ser solicitado.
SISTEMA DE TERRA 60
Uso da Terra: Essas terras são usadas principalmente para pastoreio relativamnte extensivo, embora uma crescente proporção esteja sendo usada para culturas anuais tais com milho, arroz e soja. Quase 15% do cerrado original foi totalmente desmatado para o plantio de culturas anuais e a formação de pastos melhorados, sendo que o restante foi modificado em em graus variáveis pelo gado.
Relevo e topografia: Este sistema inclui a região do alto do Rio Urucúia e de seus dois principais tributários, os rios São Vincente e SãoDomingos. E área de planícies, com topografia de plana a suavemente ondulada, dissecada por pequenos vales com córregos. As cotas variam de 550 a 650 metros.
Clima: A região tem uma estação seca com duração de 6 meses, entre abril e outubro. A precipitação anual e de aproximadamente 1.350 mm, em média, e ocorre principalmente durante o pico da estação chuvosa, entre novembro e fevereiro. Mesmo assim, sào comuns os veranicos durante o periódo que se estende da segunda quinzena d janeiro ao final de 0fevereiro. As temperaturas médias mensais da estação chuvosa ultrapassam 24C e as da 0estaçào seca estão pouco acima da 20C. Junho e julho são os meses mais frios, 0comtemperaturas méias de pouco menos de 19C. Os ventos fortes não são comuns,
embora possam acompanhar as tormentas localizadas da estação chuvosa.
Água: Cursos d‘água perenes dissecam a paisagem a intervlos entre 5 e 10 Km e provêem água abundante para o gado.
Solos: A maioria dos solos possuem boas propriedades químicas, embora freqüentemente sejam deficientes em macro e microelementos. Predominam os Haplustox (Latossolo Vermelho-Escuro) de textura média a grossa, mas existem áreas de Eutrustox (Latossolo Vermelho-Escuto Eutrófico) e há também solos de aluvião (Solos Aluvias) que são relativamente férteis. Alguns desses últimos têm teores baixos de P, K e Ca e relações Ca/Mg baixas. Podem também ter néveis tóxicos de Al para as culturas susceptíveis.
Potencial de uso da terra: Parecem haver boas oportunidades para a expansão da
agricultura, inclusive arroz, milho e soja, em todo o sistema. Isso levaria ao estabelecimento do pastos consorciados de gramíneas e leguminosas ão estabelecimento de sistemas agrícolas mistos produticos e estáveis.
Informações técnicas adicionais: Os dados meteorológicos constam do Anexo I,
enquanto que as análises de solo estão no perfil GE-141 do Anexo II.
SISTEMA DE TERRA 61
Uso da Terra: Somente 20% da vegetacão original de cerrado foi desmatada para o estabelecimento de pastos melhorados. Esses são precedidos por cultural tais como arroa e milho. O acesso é feito por estradas secundárias.
Relevo e topografia: O sistema consiste de um sequência de cadeias paralelas de morros, separadas por vales, produtos da erosão da antiga superfície de chapada, na direção noroeste-sudeste, em direção à bacia do Rio Paracatú, Sistema No. 63. A largura dos vales geralmente varia entre 1 e 4 kilômetros, embora a largura das cadeias de morros raramente exceda 1,5 Km. Pequenos cursos d‘água perenes normalmente correm ao longo dos vales; são os tributários do Rio Preto, o maior rio do sistema, Os vales têm topografia plana a suavemente ondulada e cotas entre 470 e 600 metros. As cadeias de morros se elevam de 100 a 150 metros acima dos vales.
Clima: A região tem uma estação seca de 5 a 6 meses de duração, entre abril e setembro. A precipitação média anual está em torno de 1.300 a 1.400 mm e ocorre principalmente ente novembro e janeiro. Entretanto, ocorrem veranicos, normalmente no final desse período. 0Nos vales, as temperaturas médias da estação chuvosa excedem 23,5C. Os ventos fortes
são incomuns.
Cursos d‘água perenes geralmente correm aso longo dos vales e em alguns casos, Água:
podem fornecem água para irrigação. Os cursos d‘água perennes estão separados uns dos outros por distâncias que variam entre 5 e 10 Km.
Solos: Os solos variam de subgrupo litólico dos Inciptisols (Solso Litólicos) e dos Distropepts (Cambissolos), pedregosos, encontrados nos morros, a solos Acrustox e Haplustox (Latossolo Vermelho-Amarelo e Latossolo Vermelho-Escuro), profundos e bem drenados, nas regiões mais altas dos vales, e coluviões no sopé dos morros, a Tropofluvents (Solos Aluvais) e solos hidromórficos, mais perto dos rios e córregos. Esses últimos solos, de orígem de aluvião, são muito mais férteis do que os depósitos mais antigos fortemente lixiviados e intemperizados ou aqueles encontrados nos morros.
Potencial de uso da terra: Em muitos dos vales, existe possibilidade de aumentos na
extensão de terra dedicada aos grãos anuais e ao cultivo de alimentos. Deveria haver rotação de tais culturas com pastagens de gramíneas e leguminosas consorciadas. Isso melhoraria os pastos para a pecuária, uma atividade que poderia ser facilmente intensificada em todo o sistema.
Informações técnicas adicionais: Os dados meteorológicos constam do Anexo I,
enquanto que as análises de solo estão no perfil GE-130 do Anexo II.
SISTEMA DE TERRA 62
Uso da Terra: Aproximadamente 60% da cobertura original de cerrado dessas terras foi complemenamente desmatada ou severamente modificada pela formação de pradarias melhoradas para a pecuaria. O acesso é por estradas secundárias.
Relevo e topografia: O sistema consiste numa superfície de chapadão dissecada a
intervalos freqüentes por pequenos vales e cursos d‘água. As cotas variam entre 600 e 800 metros, com uma média em volta de 800 metros.
Clima: A região tem uma estação seca de 5 a 6 meses de duração, entre abril e setembro, que inclui os meses mais frios do ano. A preciitação anual esta entre 1.330 e 1.400 mm e ocorre principalmente entre dezembro e fevereiro.
Água: Muitos pequenos cursos d‘água cortam a região e cursos d‘água perenes de baixa vaz‘‘ào são encontrados, geralmente, a intervalos de menos de 5 Km.
Solos: Os solso nas superfícies planas do cnapadão são predominantemente Acrustox e Haplustox (Latossolo Vermelho-Amarelo e Latossolo Vermelho-Escuro). São solos bem drenados, com textura média a argilosae baix capacidade de retenção de água. Foram formados a partir dos produtos de erosão dos materiais do embadamento cristalino pre-Cambriano pré-intemprizado subjacente e são rasos perto dos limites da superfície original. O caulim predomina nas suas frações argilosas. Os teores d Al podem ser tóxicos para algumas culturas. São deficientes em macroelementos e podem fixar P. Podem também ser deficientes em microelementos, particularmente Ca, assim como em alguns elementos traços com Zn e, provavelmente, Mo.
Potencial de uso da terra: Aproximadamente 30% dessas terras poderiam ser usadas para
culturas aráveis em rotação com pastos de consórcia de gramíneas e leguminosas durante 3 a 5 ano. Isso poderia aumentar consideravelmente a produção pecuária.
Informações técnicas adicionais: Os dados meteorológicos constam do Anexo I,
enquento que as análisis de solos estão no perfil GE-019 de Anexo II.
SISTEMA DE TERRA 63
Uso da Terra: Aproximadamente 60% da vegetação original de cerrado dessas terras foi desmatada para uso agrícola ou para a formação de pastos melhorados, ou, então foi em grande parte cortada. As principais culturas são o arroz de sequeiro e a soja, embora a pecuária extensiva anida seja a principal arividade econômica. Hs pouco desenvolvimento urbano e, com exceção de alghumas poucas estradas de acesso, a infraestrutura é primitiva, especialmente no setor leste.
Relevo e topografia: O sistema é uma planície de topografia plana com cota média de
aproximadamente 525 metros. Entretanto, na extremidade do setor oeste existem elevações de mais de 650 metros, caindo a menos de 500 metros no setor leste. Ocorrem pequenas variações na morfologia de toda a planície e são comuns em alguns locais as áreas baixas com enchentes sazonais.
Clima: A área tem uma estaçãoseca com 6 a 7 meses de duração, entre abril e setembro. A precipitação anual média é de aproximadamente 1.300mm e ocorre principalmente entre novembro e fevereiro, quando a precipitação excede a evapotranspiração. Mesmo assim, a região é freqüentemente afetada por veranicos, durante a segunda parte do mês de janeiro até o fim de fevereiro. A estação chuvosa coincide com o período mais quente do ano, com 0temperaturas médias mensais acima de 23,5C. Outubro é o mês mais quente, quanto a 0temperatura ultrapassa 25C. As temperaturas médias durante a época de estiagem são de 0pouco mais de 20C. Junho e julho são os meses mais frios, com temperaturas pouco acima 00de 19C, em média, embora raramente descam a menos de 12C. Ventos moderados a
fortes ocorrem só ocasionalmente, durante as tormentas esporádicas da estação chuvosa.
Água: As planícies são dissecadas por pequenos cursos d‘água perenes a intervalos entera 5
e 10 Km. Na parte oriental do sistema, esses cursos d‘‘agua se juntam ao Rio Preto, que pr sua vez é tributário do Rio São Francisco. São comuns as enchentes sazonais nas regiões mais baixas. As reservas de água subterrânea parecem ser abundantes.
Solos: Nas partes mais altas e melhor drenadas do sistema, predominam os Acrustox (Latossolo Vermelho-Amarelo), de textura argilosa, e os Haplustox (Latossolo Vermelho-Amarelo). Esses solos são moderadamente bem drenados, geralmente planos, e seguem um regime de temperatura isohipertérmicas. O caulim precomina na fração argilosa e os horizontes do subsolo têm altos teores de Al e sesquióxidos, que lhe dão uma microestrutura relativamente estável e permeável. Entre, sua capacidade de retenção de água é baixa. Os solos parecem ser deficientes em macro e microelementos, particularmente Ca e Mg. A deficiência de Ca pode inibir a penetração de raízes. Os níveis de Al intercamviável são altos, sendo necessário realizar calagem para o cultivo de espécies susceptíveis e para conttornar o problema de deficiência de Ca e/ou equilibrar as baixas relações Ca/Mg e Ca/K.
Aquox e outros solos hidromórficos cobrem aproximadamente 20% de todo o sistema. As extensões desses solos que são passíveis de representaçao cartográfica foram denominadas de Sistema de Terra No.65.
Potencial de uso da terra: Existe considerável margem para a expansão das culturas anuais de grãos, inclusive soja e arroz, nas terras de boa drenagem, contanto que haja disponibilidade de fertilizantes e calcário baratos. Poderia ser considerada a implantação de agroindústrias baseadas na produção de sementes oleaginosas. Existem também boas possibilidades para o cultivo da cana-de-açucar, para produção de álcool. A pecuária poderia ser aumentada substancialmente, mediante a provisão de forragens melhores e o uso controlado das terras mais baixas para o pastoreio durante a época de estiagem.
Informações técnicas adicionais: Os dados meteorológicos constam do Anexo I,
enquanto que as análises de solo estão nos perfis GE-010, GE-131 e GE-132 do Anexo II. É interessante comparar as an‘lises dos perfis GE-131 e GE-132 tomadas de Haplustox
(Latossolo Vermelho-Amarelo Distrófico), sustentando um tipo de floresta decídua e cerrado, respectivamente, separados por uma distânci de 5 Km um do outro. OpH do solo de cerrado é mais alto, os níveis de Ca e as relações Ca/Mg e Ca/K muitos mais baixos. Isso ilustra bem a importância de examinar as relações Ca/Mg e Ca/K nos solos de cerrado.
SISTEMA DE TERRA 64
Uso da Terra: Aproximadamente 30% da vegetação original de cerrado a floresta decídua foi desmatado para o cultivo de arroz-de-sequerio e soja. O acesso é limitado a algumas estradas secundárias.
Relevo e topografia: O sistema é parte da bacia orintal do Rio Paracatú e consiste muma planície relativamente bem drenada, de topografia plana a suavemente ondulada, com cota média em torno de 550 metros.
Clima: A região tem uma estação seca dom 6 a 7 meses de duração, entre abril e outubro. A precipitação anula é de aproximadamente 1.300 mm, mas ocorre princiipalmente durante o pico do verão, de novemro a fevereiro, quando a precipitação excede consideravelmente a evapotranspiração potencial. Entretanto, os veranicos são comuns a partir do final de janeiro e durante fevereiro. A estação chuvosa coincide com a época mais quente o ano, com 0temperatura médias mensais acima de 24C. As temperaturas médias durante a estação seca 0ficam de 20C. Junho e julho são os meses mais frios do ano, quando a temperatura média 00está pouco abaixo de 19C, embora raramente desça abaixo de 12C. Ventos moderados a
fortes ocorrem só ocasionalmente, durante as tormentas esporádicas da estação chuvosa.
Água: Cursos d‘água perenes dissecam as planícies a intervalos de 5 a 10 Km. As
reservas de água subterrânes parecem ser abundantes.
Solos: Os Eustrustox (Latossolos Vermelho-Escuro Distrófico) e os Oxic Rhodustalfs (Terra Roxa Estruturada Similar Eutrófico), vermelhos escuros e de textura média, são comuns em todo o sistema. São profundos, bem drenados, de origem aluvial recente, com mineralogia influenciada por calcário. Tem uma capacidade moderada de retenção de água, que é provavelmente suficiente para sobre pujar os efeito dos veranicos moderados nas culturas anuais bem estabelecidas. Sua fertilidade parece ser satisfatória, uma vez que estão adequadamente supridos tanto de macro quanto de microelementos.
Potencial de uso da terra: Essas terras sào adequadas para a produção de grãos, inclusive arroz, milho e soja. Entretanto, os sistemas agrícolas mistos deveriam ser incentivados, para desenvolver um sistema mais estável de assentamento agrícola nessa região de fronteira.
Informações técnicas adicionais: Os dados meteorológicos constam do Anexo I,
enquanto que as análises de solo para um local coberto por cerradão estãoo no perfil GE-134 do Anexo II.
SISTEMA DE TERRA 65
Uso da Terra: Essas terras estão, ainda, em grande parte cobertas pela vegetação nativa típica de cerrado mal drenado e, ocasionalmente, por vegetação de floresta. São encontradas dentro do Sistema de Terra 63.
Relevo e topografia: Essas terras são encontradas em pequenas depressões dentro do Sistema de Terra 63, com cota média de aproximadamente 520 metros.
Clima: A área tem uma estação seca de 6 a 7 meses de duração, entre abril e outubro. A precipitação anual média é d eaproximadamente 1.300 mm. As temperaturas médias da 0estação chuvosa estão um pouco acima de 24C. Junho e julho são os meses mais frios, com 0temperaturas pouco abaixo de 19C, em média.
Água: Essas terras são excessivamente bem supridos de água. Alguns locais ficam alagados durante todo o ano e provêm água para o gado.
Solos: Solos de má drenagem, Aquo e outros solos hidromórficos (Lateritas Hidromórficas) se estendem em todo o sistema. Geralmente, sua fertilidade parece ser baixa es existem condições de ferrotoxicidade.
Potencial de uso da terra: A maior parte dessas terras deveria ficar como está, para o pastoreio do sanimais durante os meses de estiagem.
Informações técnicas adicionais: Os dados meteorológicos constam do Anexo I,
enquanto que os análises de solo estão no perfil GE-017 de Anexo II.
SISTEMA DE TERRA 66
Uso da Terra: Só aproximadamente 40% dessas terras são de propiedade particular. A maior parte de vegetação original de cerradão foi desmatada ou severamente modificada, seja
para formação de pastos ou para atividades florestais (principalmente o plantio de eucalipto). O acesso é perto através de estradas secundárias, principalmente.
Relevo e topografia: Uma planície com cota média de aproximadamente 700 metros. É
dissecada por diversos pequenos cursos d‘ água.
Clima: A regiào tem uma estação seca de 6 a 7 meses de duração, entre abril e outubro. A precipitação anual é de aproximadamente 1.300 mm e ocorre principalmente entre novembro e fevereiro, quando exced a evapotranspiração potencial. A estação chuvosa coincide com o 0período mais quente do ano, amo temperaturas médias acima de 24C. As temperaturas da 00estação seca estão em torno de 20C, em média, e raramente caemabaixo de 12C.
Água: As planícies são drenadas por pequenos cursos d‘água a intervalos entre 5 e 10 Km. Esses riachos podem causar enchentes lcais durante a estação chuvosa.
olos: Predominam os Tropopsamments (Areias Quartzosas Distróficas) de textura arenosa. S
São terrenos planos, geralmente excessivamente bem drenados e sequem um regime de temperatura isohipertérmico. Foram formados a partir de antigos depósitos aluvias ricos em quartzo. São deficientes em macroelements e ?‘e provável que haja deficiências de microelementos e de elementos-traços.
Potencial de uso da terra: O atual padrão de uso da terra, pecuária e atividades florestais, parece ser um meio satisfatório a médio prazo para desenvolver essas terras. Entretanto, uma alternativa que poderia ser considerada a fim de obter um retorno maior por hectare seria a produção de frutas, inclusive cítricos e, possivelmente, mangas.
Informações técnicas adicionais: Os dados meteorológicos constam do Anexo I,
enquanto que as análises de solo estão no perfil GE-011 do Anexo II. Outras informações sobre o solo podem ser encontradas no Perfil de Solo GE-135 do CPAC, que poderá ser solicitado.
SISTEMA DE TERRA 67
Uso da Terra: Em aproximadamente 50% dessas terras, principalmente aquelas nas fecetas mais planas do sistema, foi desmatada a vegetação original de cerrado, para o uso com cultural anuais de grãos, inclusive arroz e soja, e para a formação de pastos melhorados. O reatante do cerrado, incluíndo a vegetação que recobre as terras mais íngremes, foil alterado pelo cort seletivo para producão de carvão, pelo pastoreio de animais e por queimada mais freqüentes de que seria natural. O acesso é através de estradas secundárias.
Relevo e topofrafia: O sistema é um chapadão suavemente ondulado com cotas entre 700 e 800 metros. Entretanta, ocasionais morros mais altos e muitos pequenos veles dissecam a paisagem.
Clima: A região tem uma estação seca de 6 meses, entre abril e outubro, e o padrão de chuvas só estabelece de forma confiável em outubro. Precipitação anual é de pouco mais de 1.300 mm e ocorre principalmente durante o pico da estação chuvosa, de novembro a fevereiro. Entretanto, normalmente ocorrem veranicos no período que cobre a fim de janeiro e todo o mes de feveiro. Os veranicos pidem causar severo estresse hídrico as culturas com sistemas radiculares rasos. As temperaturas médias da estação chuvosa estão pouco abaixo 0de 23C. Junho e julho são os meses mais frios, com temperaturas médias ligeiramente 0inferiores a 19C. Ventos localizados , moderados a fortes, podem acompanhar as tormentas da estação chuvosa.
Água: Pequenos curoso d‘água perenes dissecam a paisagem a intervalos de 5 a 10 Km. Sabe-se pouco sobre as reservas de água subterrânea. Os pocos para uso doméstico geralmente têm profundidade entre 9 e 10 metros.
Solos: Nas terras planas a suavemente onduladas predominam os Acrustox (Latossolo Vermelho-Amarelo), profundos, bem drenados, de textura média a grossa, vermelho-amarelos. Também podem ser encontradas áreas com solos Acrustox (Latossolo Amarelo) amarelos e Haplustox (Latossoo Vermelho-Escuro) de cor vermelha-escura, que possuem propiedades físicas similares. O caulim predomina na frac‘`aoargilosa desses solos. São caraterizados
pela presenca de horizontes de sobsolos oxic, com altos teores de sesquióxidos de Al e Fe. A capacidade de retencão de água desses olos é muito baixa. São deficientes em macroelementos, especialmente P. Os níveis dos microelementos, inclusive Ca, Mg e S, parecem também ser deficientes. Os níveis de alumínio podem ser tóxicos para culturas susceptíveis. Há relatos de deficiência de Zn e B em solos similares e é possível que tanto o suprimento de Mo quanto o de Cu sejam também insuficientes para o crescimento sadio de algumas culturas.
Nas vertentes mais íngremes existem algumas áreas menores de outros solos, inclusive Dystropepts (Cambissolos), que são geralmente pedregosas e rasos e foram formados a partir de rocha-mae pré-intemperizada.
Potencial de uso da terra: Sempre que haja fertilizantes e calcário baratos, a maioria dos Oxisols em terras argricultárilis poderia ser utilizada para culturas anuais de grãos. Entretanto, é necessário que seja feita uma rotação que inclua períodos de alqueive de 3 a 4 anos de duração, sob regimes de pastos semipermanentes de gramíneas e leguminosas consorciadas. Esses pastos melhorados poderiam sustentar aumentos substancias na produção de carne e leite e ajudar a desenvolver melhores condições físicas e químicas nesses solos, a longo prazo.
Informações técnicas adicionais: Os dados meteorológicos constam do Anexo I,
enquanto que as análises de solo estão no perfil GE-009 do Anexo II.
SISTEMA DE TERRA 68
Usos da Terra: Em aproximadadmente 60% dessas terras, principalmente nas facetas mais planas da paisagem, foi desmatada a vegetação original de cerrado e cerradão, para o cultivo anual de alimentos e grãos e para a formação de pastos melhorados. A maior parte do cerrado remanescente foi modificada pelo corte seletivo para produção de carvão e pelo pastoreio de animais. O acesso é feito parcialmente pela estrada asfaltada entre Paracatú e Unaí, mas principalmente, por estradas secundárias. Existe um número grande de pequenos propietários em todo o sistema.
Relevo e topografia: O sistema consiste de superfícies de planécie suavemente ondulada e em parte dissecada, que contorna o terreno mais montanhoso do Sistema de Terra No. 69. A cota média está em torno de 650 metros.
Clima: A região tem uma estação seca pronunciada de 6 meses, entre abril e setembro, que freqüentemente se estende até outubro. A precipitação média anual e de pouco menos de 1.300 mm e ocorre principalmente de dezembro a fevereiro. Entretanto, podem ocorrer veranicos entre o fim de janeiro até o de feveiro. Esses veranicos freqüentemente ocasionam 0quebras nas safras. As temperaturas médias da estação chuvosa estão em torno de 23C. 0Junho e julho são os meses mais frios, com temperaturas médias pouco abaixo de 19C.
Ventos localizados fortes ocasionalmente acompanham as tormentas da estação chuvosa, mas geralmente não ocasionam grandes danos.
Água: Cursos d‘água perenes de baixa vazão são encontrados a intervalos entre 5 e 10 Km um do outro, em toda a paisagem. Os poços para uso doméstico geralmente têm profundidade de 8 ou mais metros.
Solos: Os solos predomnantes nas topografias mais suaves são os Eustrustox e Oxic Rhodustalfs (Latossolo Vermelho-Escuro Eutröfico e Terra Roxa Similar Eutrófica), de textura média a grossa, profundos e bem drenados, sendo que existem áreas menores de Acrustox (Latossolo Vermelho-Amarelo), Haplustox (Latossolo Vermelho-Escuro) e Oxic Haplustulls (Podzólico Vermelho-Amarelo). Os pimeiros (éutricos) foram enriquecidos por materiais produtos da erosão de pedra calcária e, conseqüemente, eatão bem providos de macro e microelementos e de elementos-traços. Osúltimos são pobres em macroelementos, principalmente P. Existem altos níveis de Al, que podem ser tóxicos para as culturas susceptíveis, e os níveis de Ca no subsolo podem limitar o crsscimento da raízes.
Potencial de uso da terra: Poderia ser feita comêxito a rotação de cultivos anuais de alimentos e grãos, nos solos mais férteis, sempre que sejam usados fertilizantes nitrgenados e fosfatados. Entretanto, seriam ainda melhor fazer uma rotação adequada que inclua pastos de
gramíneas e leguminosas consorciadas. Os solos mais pobres poderiam ser dedicados a pastagem.
Informações técnicas adicionais: Os dados meteorológicos constam do Anexo I,
enquanto que as análises de solo para os sols mais pobres de sistema, estão no perfil G-018 de Anexo II.
SISTEMA DE TERRA 69
Uso da Terra: Só aproximadamente 20% dessas terras sofream desmatamento da
vegetação original de cerradão e de floresta semidecidua, para o cultivo de alimentos e a formação de pastos melhorados. O acesso e feito parcialmente por estrada asfaltada, mas principalmente, por estradas secundárias.
Relevo e topografia: Umas série de morros de calcário domina o sistema. São morros de calcário dolomítico, perto do vila de Vazante. A topografia é freqüentemente íngreme e acidentada. As cotas variam entre 650 e 850 metros.
Clima: A região tem uma pronunciada estação seca de 6 meses de duração,entre abril e setembro. A precipitação anual é de aproximandamente 1.300 mm e ocorre principalmente 0entre dezembro e feveiro. Astemperaturas da estação chuvosa seriam em torno de 23C, mas
variam conforme a altitude.
Água: Cursos d‘água de baixa vazão são encontrados a intervalos de 5 a 10 Km, em toda a paisagem. Manaciais ocasionais são encontrados no sopé dos morros.
Solos: A maior parte dos solos foi grandemente influenciada pelos extensos depósitos de calcário subjacentes. Solos litólicos, freqüentemente formados sobre calcário, são encontrados nos locais superiores, em erosão. Variam para Inceptisols (Cambissolos), nos locais menos íngremes, e, finalmente,para Eutric Accrustox e Oxic Rhodustalfs, nas posições onde há acumulação. Esses últimos são geralmente bem providos de nutrientes vegetais. Existem áreas menores de solos que foram formados a partir de xistos e otros depósitos sem influência dalcária. Esses solos são geralmente deficientes em macro e micronutrientes.
Informações técnicas adicionais: Os dados meteorológicos constam do Anexo I.
SISTEMA DE TERRA 70
Uso da Terra: A maior parte da vegetação original de campo cerrado dessas terras foi modificada pelo pastoreio de animais. A principal atividade é a pecuária extensiva. Só lotes
ocasionais de terras mais planas são usadas para o cultivo de alimentos e grãos, para consumo local. O acesso é limitada a algumas estradas secundárias.
Relevo e topografia: Esta é uma região montanhosa fortemente dissecada e
freqüentementeíngrem, resultado da erosão de um antigo planalto. As cotas variam entre 850 e 1.120 metros.
Clima: A área tem uma estação seca com dura‘~ao de 5 a 6 meses, entre abril e setembro. A precipitação anual é de aproximadamente 1.400 mm e ocorre principalmente durante os 0meses pico do verão, entre novembro e março. As Temperaturas anuais são de 19,5C, em
média, nas cotas mais elevadas. Julho é o mês mais frio.
Solos: A maior parte dos solos são litólicos ou dystropepts (Cambissolos), excessivamente bem drenados e inférteis, com regime de temperatura isotérmico. São comuns o cascalho e os fragmentos de rochas de siltes e xistos limosios em decomposição. Nas vertentes mais amenas, são comuns os Haplustox (Latossolo Vermelho-Amarelo Distrófico). Existem ocasonais afloramentos de pedras calcárias e dolomíticas, que resultam no desenvolvimento de pequenos bolsões de solos melhores.
Potencial de uso da terra: Essas terras deveriam ser dedicadas ás atividades florestais, com alguma pecuária de extensão.
Informações técnicas adicionais: Os dados meteorológicos constam do Anexo I,
enquanto que as análises de solo estão no perfil GE-013 do Anexo II. Outras informações sobre o solo podem ser encontradas no Perfil de Solo GE-145 do CPAC, que poderá ser solicitado.
SISTEMA DE TERRA 71
Uso da Terra: Essa faixa de planalto da Serra do meio é virtualmente usada só para pastoreio extensivo, o que tem tido muito pouca influência sobre a vegetação original predominantemente seca e aberta de cerrado.
Relevo e topografia: O sistema é uma faixa resifual de planalto, com largra variável entre 2 e 7 Km e compprimento de aproximadamente 150 Km da bacia do Rio Paracatú à bacia do Rio Urucúia. A superfície do planalto tem cotas que variam entre 800 e 900 metros, mergulhando abruptamente até 600 metros, que é a cota do Rio São Domingos.
Clima: A região tem uma estação seca de 6 meses de duração, entre abril e outubro. A precipitação anual é de aproximadamente 1.300 mm e ocorre principalmente entre novembro e
fevereiro. A estação seca coincide com a época mais quente do ano; temperaturas médias 00mensais seriam de 22C a 25C na superfície do planalto.
Água: A estreiteza da superfície do planalto só permite a formação de muitos pequenos cursos d‘água. Só existe albumas poucas fontes de água verdadeiramente perenes e estão
nos locais mais baixos do fundo dos escarpamentos.
Solos: Os solos na superfície do planalto parecem ser Acrustox (Latossolo Vermelho-Amarelo), vermelho-amarelos , de textura média, freqüentemente pedregosas. Aqueles nos aclives do escarpamenteo variam de litólicos a Ustropepts (Cambissolos). Os solos são excessivamente bem drenados, possuem baixa capacidade de retenção de umidade e são deficientes em nutrientes vegetais. Os solos nas superfícies do escarpamento são deficientes em nutrientes vegetais. Os solos nas superfícies do escarpamento são, obviamente, susceptíveis à erosão.
Potencial de uso da terra: Essas terras, com exceçào de algumas áreas menores nos sopés mais anos, deveriam ser deixadas para pastoreio extensivo. É necessário ainda tentar evitar exceder a capacidade de pastejo, ou derrubar as árvores e arbustos do cerrado, nos aclives mais íngremes, para minimizar a erosão.
Informações técnicas adicionais: Os dados meteorológicos constamdo Anexo I.
SISTEMA DE TERRA 72
Uso da Terra: Essas terras são principalmente usadas para pastoreio extensivo e estão cobertas por vegetação seca típica de cerrado, que foi só ligeiramente afetada pelo pastoreio dos animais e por freqüentes quemadas. A estrada de asfalto de João Pinheiro a Pirapora passa por esse sistema.
Relevo e topografia: A topografia dessas terras varia de suavemente a acentuadamente ondulada, sendo ocasionalmente acidentada e íngreme. A maior parte das terras é dissecada por freqüentes pequenos vales. As cotas variam entre 600 e 800 metros.
Clima: A região tem uma estação seca de 7 meses de duração, entre abril e outubro. A precipitação média anual seria aproximadamente 1.300 mm e ocorre principalmente de novembro a fevereiro, quando excede a evapotranspiração potencial. A estação seca coincide com a época mais quente do ano, quando as temperaturas médias mensais excedem 0023,5C. As temperaturas médias da estação seca estào em torno de 19C.
Água: Existem pequenos cursos d‘água perenes a intervalos de 10 Km, e algumas regiões têm problemas de água para o gado.
Solos: Os solos da maior parte do sistema podem ser classificados como Ustipsamments (Aréias Quartzosas Distróficas), arenosos e de testura fina, embpra existam áreas de solos Haplustox (Latossolo Vermelho Amarelo), vermelho-amarelos de textura média. Os solos têm baixa capacidade de retenção de água e estão mal supridos de P, K, Ca e Mg, tem pH baixo e níveis tóxicos de Al, para algumas culturas.
Potencila de uso da terra: Algumas partes do sistema poderiam sustentar uma pecuária mais intensiva. Entretanto, a maior parte das terras é mais apta pra as atividades florestais usando Eucalyptus spp.
Informações técnicas adicionais: Os dados meteorológicos constam do Anexo I,
enquanto que as análises do solo estão no perfil GE-012 do Anexo II.
SISTEMA DE TERRA 73
Uso da Terra: Aproximadadmente 65% da vegetaçào original de cerrado dessas terras forma desmatadas ou severamente modificadas para a formação de pastos melhorados e o cultivo de grãoes e de algumas culturas perenes, tais como café. O acesso é feito por estradas secundárias.
Relevo e topogrfia: Aárea é uma chapada de altitude média que sofreu erosão em vários locais, formando vales ocasionais. As cotas variam entre 850 e 1.050 metros, con altitude média de 1.025 metros.
Clima: A região tem uma estação seca de 7 meses de duração, entre maio e setembro, que coincide com a época mais fria do ano. A precipitação média anual é 1.500 mm e ocorre principalmente entre dezembro e março. As temperaturas médias mensais anuais estão 00ligeiramente acima de 21C. Julho é o mês mais frio, com temperatura abaixo de 16C, sendo 0novembro o mês mais quente, com temperatura média perto de 22C. Na estação chuvosa,
são comuns as tormentas localizadas, que podem estar acompanhadas de ventos moderadamente fortes e, só ocasionalmente, granizo.
Água: Pequenos curso d‘água perenes são encontrados d intervlos de 5 a 10 Km. Existem nascentes artesianas, mas essas têm baixa capacidade hidráulica.
Solos: A maior parte dos solos podem ser classificados como Haplustox e Acrustox (Latossolo Vermelho-Escuro e Latossolo Vermelho-Amarelo), vermelho-escuro vermelho-amarelo, de textura média e boa dtenagem, embora alguns dos solos nas chapadas ocidentais possam ter seus solos classificados com Eutrustox (Latossolo Vermelho-Escuro Eutríco). Talvez até 40% dos solos estejam em topografias planas a suavemente onduladas. Foram
formados principalmente a partir de sedimentos de arenito, embora os solos de algumas vertentes possam estar influenciados por produtos da erosão de embassamento cristalino pre-Cambriano. Os horizontes dos subsolos freqüentemente têm altos níveis de Al intercambiável. Os solos têm baixos teores de macroelementos, especialmente P, e tanto os microelementos quanto os elementos-traços inclusive Ca, S d Zn, podem ser fatores limitantes para algumas culturas.
Potencial de uso da terra: Existe moderado potencila para um uso mais intensivo dessas terras para clturas anuais de cereais e para culturas perenes. A produçào de carne e leite também poderia ser incrementada. Os sistemas agrícolas mistos estáveis deveriam ser encorajados.
Informações técnicas adicionais: Os dados meteorológicos constyam do Anexo I,
enquanto que as análises de solo estão no perfil GE-015 do Anexo II. Outras informações sobre o solo podem ser encontradas no Perfil de Solo GE-016 do CPAC, que poderá ser solicitado.
SISTEMA DE TERRA 74
Uso da Terra: A maior parte dessas terras são usadas para pastoreio extensivo, embora em algumas pequenas áreas tenha sido plantado café. O acesso é porestradas secundárias, Originalmente, sustentavem vegetação de cerrado, principalmente. Mas existem muitas pequenas áreas de floresta, especialmente nas regiões mais baixas dos vales.
Relevo e topografia: Essas terras são montanhosas e freqüentemente íngremes. Estão muito dissecadas por pequenos vales e descem das superfícies mais planas da chapada do Sistema de Terra 73. As cotas variam entre 700 e 1000 metros.
Clima: A região tem uma estaçào seca de 5 meses entre maio e setembro. A precipitação anul média é de aproximadamente 1.500 mm e ocorre proncipalmente entre dezembro e março. As temperaturas médias mensais da estação chuvosa variam consideravelmente, 00conforme a altitude, sendo de cerca de 21C, nas cotas mais altas, e de 23,5C, nas cotas mais
baixas. Julho é o mês mais frio.
Água: Pequenos cursos d‘água perenes são encontrados a intervalos de 5 a 10 Km e as nascentes artesianas são comuns nas posições mais baixas da encostas.
Solos: Muitos dos solos nas vertentes mais íngremes são Ustropepts (Cambissolos), amarelo-avermelhados, de textura média, algumas vezes pedregosas, que se desenvolveram a partir de materiais de arenito misturado com intrusões de materiais vulcánicos ultrabáiscos de ferromagnésio. Nestes, as relações Ca/Mg podem ser baixas, embora os níveis relativos de
Ca sejam altos, quando comparados com os de outras terras que sustentam vegetação de cerrado.
Potencial de uso da terra: Com exceção de algumas áreas menores de topografia mais
suave e terras mais férteis, que são aptas para para culturas perenes, inclusive café, a maior parte das terras deveriam ser reservadas para a pecuária de extensão e/ou atividades florestais.
Informações técnicas adicionais: Os dados meteorológicos constam do Anexo I. Outras
informações sobre os solos mais fé‘rteis desse sistema podem sert encontrados no Perfil de Solo GE-147 d CPAC, que poderá ser solicitado.
SISTEMA DE TERRA 75
Uso da Terra: Num crescente percentual dessas terras, a vegetação de floresta decídua e de cerrado denso (Cerracão) está sendo desmatada, para culturas anuais, inclusive arroz, milho e soja, juntamente com a formação de pastos melhorados, com o intuito de intensificar a pecuária. O acesso viärio é limitado a algumas estradas secundárias, embora o Rio Paracatú forneça acesso alternativo.
Relevo e topografia: O sistema consiste de uma faixa de depósitos sluvias geologicamente mais recentes, ao longo do Rio Paracatú, com cotas entre 500 e550 metros. Amaior parte das terras tem topografia plana a suavemente ondulada. Alguns depósitos aluvias recentes são sazonalmente alagados ou sujeitos a enchentes anuais, enquanto qe as regiões de terraços mais antigas geralmente são mais dissecadas pelo processo natual de intemperismo.
Clima: A região tem uma estação seca de 7 meses de duração, entre abril e outubro. A precipitação média anual é de aproximadamente 1.300 mm e ocorre normalmente de novembro a janeiro. A estação chuvosa coincide com o verão, com temperaturas médias por volta de 025C.
Água: Talvez até 25% do sistme esteja sujeito a enchentes anuais do Rio Paracatú. També é provável que o perigo aumento à medida que aumentar o desmatamento nas terras mais altas da bacia desse rio.
Solos: A maioria dos solos são Tropofluvents (Solos Aluviais), aluviões bem drenados, de textura média, que são moderadamente férteis. Aproximadamente 25% dos solos são Tropaquents (Solos Aluvias Hidromórficos), com problemas de drenagem ou de alagamento.
Potencial de uso da terra: Algumas áreas selecionadas podem ser usadas para culturas
anuais de grãos e de alimentos. Existem também possibilidades de desenvolver agricultra irrigada.
Informações técnicas adicionais: Os dados meteorológicos constam do Anexo I,
enquanto que as análises de solo estão no perfil GE-000 do Anexo II. Outras informações sobre o solo pidem ser encontradas nos Perfis de Solo GE-001, GE-002 e GE-003 do CPAC, que poderão ser solicitados.
SISTEMA DE TERRA 76
Uso da terra: Aproximadamente 50% dessas terra estão cobertas pela vegetação seca de cerrado aberto, que foi moderadamente modificada pelo pastoreio de animais e algum corte. A outra metade foi severamente modificada pelo corte para a produçõ de carv‘`ao e formação
de alguns pastos melhorados. O acesso é feito pela estrada de asfalto de João Pinheiro a Três Marias e por estradas secundárias.
Relevo e topografia: O sistema é uma chapada de arenito de altitude média, com cotas entre 750 e 850 metros. Sua superfície é principalmente ondulada a relativamente plana, embora, em alguns locais, com ondulações acentuadas. É dissecada por pequenos valea distancias variáveis.
Clima: A região tem uma estação seca acentuada de 6 q 7 meses de duração, entre abril e outubro. A precipitação média anual é de aproximadamente 1.300 mm e ocorre principalmente drante o período de pico de verão, de novembro a fevereiro. Entretanto, são comuns os veranicos a partir da segunda quinzens de janeiro até o final de feveiro. As 0temperaturas médias sa estação chuvosa seriam e média 23,5C. Julho é o mês mais frio, 0com temperatura média de aproximadamente 19C.
Água: Cursos d‘água perenes são encontrados a intervalos infreqüentes de 5 a 15 Km e, conseqüentemente, o abastecimento do gado é problemático em algumas áreas. Os poços para uso doméstico t6em profundidade de aproximadamente 10 metros.
Solos: Predominam os Haplustox (Latossolo Vermelho_Amarelo), de textura média, profundos e bem drenados, com baix capacidade de retenção de água. Parecem ser pobres em macro e micronutrientes vegetais.
Potencila de uso da terra: Aproximadamente 40% dessas terras poderiam ser
desenvolvidas sempre que houvesse fertiliazntes e calcário baratos. A formação de pastos de gramin‘nesa e leguminosas consorciadas deveria seguir 2 a 3 anos de culturas anuais, preferivelmente incluíndo soja de fejão. As áreas mais ígremes deveriam ser deixadas para pastreio extensivo ou usadas para atividades florestais.
SISTEMA DE TERRA 77
Uso da terra: A maioria dessas terras é usada para pecuária extensiva. Estão recobertas por vegetação seca de cerrado, que passa para floresta decídua baixa e aberta nas regiões dos vales e em locais com outros solos. O acesso é através de estradas secundárias.
Relevo e topografia: Esse sistema consiste numa área de planície elevada, de topografia plana a suavemente onduladae, ocasionalmente, a acentuadamente ondulada. É dissecada a intervalos infreqüentes por pequenos vales que geralmente contêm um pequeno córrego ou curso d‘água. As cotas variam entre 550 e 70 metros.
Clima: A região tem uma pronunciada estação seca de 7 meses de duração, entre abril e outubro. A precipitação média anual é de aproximadamente 1.100 mm e ocorre principalmente de novembro a janeiro, que são os meses pico da estação chuvosa, quando a evapotranspiração potencial excede muito pouco a precipitação. A estação chuvosa coincide 0com a época mais quente do ano, com temperaturas médias de aproximadamente 24C. 0Julho é o mês mais frio, com temperaturas médias de aproximadamente 19C.
Cursos d‘água perenes são encontrados a intervalos infreqüentes em toda a paisagem: Água:
as distâncias entre os cursos d‘água sao freqüentemente de 10 a15 Km.
Solos: A maior parte dos solos tem textura média, são bem drenados e têm capacidade moderada de retenção de água. Isso é resultado do material a partir do qual foram formados, principalmente arenito. Muitos dos solos nas superfícies das planécies poderiam ser classidicadso com Haplustox (Latossolos Vermelho-Amarelo e Latossolo Vermelho-Escuro), mas parecem ser mais férteis do que os Haplustox de textura mais pesada na região do planalto central. Mesmo assim, provavelmente são deficientes em macro e micronutrientes vegetais. Em todas as regiões dos vales, existem seqüências típicas de solos que variam de Ustropepts (Cambissolos) a aluviões,
Potencila de uso da terra: Existe a possibilidade de uso dessas terras de forma intensiva, inclusive na seleção de algumas áreas para cultura anuais de ciclo curto e o cultivo de pastagens mais produtivas, para aumentar a capacidade de suporte dos pastos. Existe também ampla margem para o desenvolvimento de projetos florestais.
Informações técnicas adicionais: Os dados mteorologicos constam do Anexo I.
SISTEMA DE TERRA 79
Uso da Terra: Amaioria dessas terras ainda está coberta pela vegetação originaldecídua baixa e de cerrado, embora existam áreas menores que foram ocasionalmente desmatadas para
a formação de pastos melhorados para a pecuária. O acesso é limitado a duas estradas secundárias em mal estado.
Relevo e topografia: A paisagem é plana a suavemente ondulada. As terras na vizinhaça imediata do Rio Urucúia estão sujeitas a enchentes anuais. As cotas variam de 500 a 550 metros.
Clima: A região tem uma estação seca de 7 meses de duração, entre abril e outubro. A precipitação média anual é de aproximadamente 1.100 mm e ocorre princialmente durante os meses de pico do verão, de novembro a janeiro. As temperaturas médias mensais da estação 0chuvosa são de aproximadamentre 25C. Julho é o mês mais frio, com temperatura média em 0torno de 20C.
Água: Com exceção das terras na vizinhaça imediata do Rio Urucúia, são encontrados cursos d‘água perenes a intervalos de 10 a 15 Km uns dos outros.
Solos: Muitos dos sos são aluviões que têm textura fina a média, são excessivamente bem drenados e poderiam ser classificados com os Troposamments (Solos Aluviais e Areias Quartozosas). São freqüentemente mal providos de nutrientes vegetais. Os Tropaquents (Solos Aluviais Hidromórficos), que estão sujeitos a enchentes anuais, são comuns perto do Rio Urucúia e cobrem aproximadamente 25 do sistema.
Potencial de uso da terra: Muitas dessas terras poderiam ser usadas lucrativamente para o cultivo de pastagens melhoradas, para aumentar o suprimento de forragem para o gado durante a estação seca.
Informações técnicas adicionais: Os dados meteorológicos constam do Anexo I,
enquanto que as análises do solo estão nos perfis GE-136 e Ge0137 do Anexo II.
SISTEMA DE TERRA 80
Uso da Terra: Essas terras estão cobertas principalmente por vegetação seca típica de cerrado, que foi só ligeiramente modificada por pastoreio extensivo e queimadas mais frequentes. O acesso viário é feito artravés de estradas secundárias em mal estado.
Relevo e topografia: O sistema consiste de um mosaico do chapadão residual e das terras acentuadamente onduladas a íngremes e acidentadas, que resultaram da erosão do primeiro. As cotas variam entre 600 e 850 metros.
Clima: A região tem uma estação seca entre abril e outubro. A precipitação anual seria 1.250 mm, em média, e ocorre principalmente entre novembro e janeiro, que são os meses de
pico do verão. As temperaturas médias da estação chuvosa variam com a altitude, embora, 0em média, estariam acima de 23,5C nas cotas menores.
Água: pequenos cursos d‘água perenes são encontrados a intervalos irregulares, entre 5 e 15 Km, em todo o sistema. Algumas áreas têm problemas com o abastecimento de água para o gado, durante a estiagem.
Solos: Os solos variam de solos litólicos, freqüentemente pedregosas e rasos, a Ustropepts (Cambissolos), pedregosos, e a Haplustox e Acrustox (Latossolo Vermelho-Amarelo e Amarelo), vermelho-amarelos a amarelos. Com exceção de áreas menores de solos melhores, incluíndo faixas ocasionais de aluviões, de maieira geral, os solos são mal providos de macro e micronutrientes vegetais e podem ter níveis altos de Al intervambiável e baixas relações Ca/Mg.
Potencial de uso da terra: Com exceção de pequenoas áreas, a maior parte dessas terras deveria ser usada para pecuária extensiva ou atividades florestais.
Informações técnicas adicionais: Os dados meteorológico constam do Anexo I, enquanto
que as análises de solo estão no perfil GE-133 do Anexo II.
VISÃO GERAL E RESUMO
O estudo demonstra que existen acentuadas variacöes no clima, na paisagem, na geologia, nos padröes de vegetacão natural e nos solos da Região Geoec?nomica de Brasilia. Mostra, ainda,
que o delinearnento em sisternas de terra, que indicam as áreas de terras corn padröes relativarnente constantes daquelas viariáveis, prov? uma base geográfica e quantitativa para a
avaliacão dos recursos de terra da região. Essa base geográfica pode ser usada de várias forrnas. Pode indicar a extensão de áreas homogêneas onde seria de esperar que tivesse éxito urn mesmo tipo de sistema agrícola. Pode ser usada para avaliar as prioridades de infraestrutura, inclusive estradas, etc. Tarnbérn provê uma base para a transferência de tecnologias agropecuárias, que freqüenternente são específicas para um determinado agroecosistema, no caso de práticas de adubacâo e calagem, ou daquelas baseadas no desenvolvimento de cultivares melhorados que tenham urn potencial de rendirnento compro-vado nas condiçôes de um agroecosisterna específico, a saber, clima, solo e praticas culturais, inclusive o tratamento com adubo, assim como o controle de pragas e ervas daninhas. Por outra parte, o estudo proporciona uma base para o desenvolvimento de prioridades melhores de pesquisa para o desenvolvimento de tecnologias agropecuárias rnais apropriadas para a regiào e para a seleçâo de locais típicos para testar tais tecnologias.
Uma Visão Geral do Potencial Agropecuário
A Tabela 1 (Table 1) oferece urn visâo geral do potencial agropecuário da Região Geoeconômica, mediante o resumo das principais características dos Sisternas de Terras individuais, em termos de traços selecionados de clima, paisagem e solo; Também inclui um resumo dos atuais padröes e do potencial de uso da terra-, assim como as possibilidades agro-industriais.
Algumas características agrupadas do clima, da paisagem e dos solos da região podem ser encontrados na Tabela 1.
Clima. Apoxidamadamente 60% da região obedece a um regime de temperatura isotérmico, com temperaturas médias rnensais durante a estação chuvosa inferiores a 23,50º C. Nos outros 40% da área, o regime de temperatura isotérrnico dá temperaturas rnëdias durante a estação chuvosa superiores a 23,50º C. Pouco mais de 50% da região (52%) tem uma
estaçäo seca com duração entre 5 e 5,5 meses, sendo que no restante a época de estiagem é
mais acentuada e longa, com duração entre 6 e 7 meses. É necessário frisar que a região docCerrados como um todo se caracteriza por uma evapotranspiração potencial total constante durante a estação chuvosa (Cochrance y. Jones 1981). Conforme indicado no estudo de Cochrance (1986) , a região é susceptível a veranicos em maior ou menor grau.
Paisagem. Aproximadarnente 56% das terras da região estäo a cotas rnédias de 700 metros ou mais. Só 4% têm problernas sérios de drenagem. Aproximadamente 33% possu em topografia bem drenada de plana a suavernente ondulada, com inclinaçôes inferiores a 8%; 31% tern topogratia de ondulaçôes acentuadas, com declividade entre 8 e 30%; e o restante é composto por terreno íngreme, com taludes superiores a 30%. Essas últimas terras são improprias para agricultura arável mecanizada.
Solos. A Tabela 1 resume os solos em termos das retricôes físicas e químicas.
Características físicas dos solos.- Aproximadamente 83% dos solos parecem ter baixa capacidade de retençâo de água. Como um proporçâo consideravelmente menor pode ser classificada como solos de textura fina, pedregosos ou rasos, fica claro que a baixa capacidade de retençâo de água reflete em grande parte a predominância de solos ―oxic‖, com altos teores de sesquióxidos de Al e Fe. Esse último revela uma microestrutura altamente desenvolvida em solos em que predomina o caulim, o que resulta em capacidades de retençâo de água que se aproximam daquela das areias. Por outra parte, freqüentemente possuem considerável resistência a erosão pela água.
Características químicas dos solos.- A maior parte dos solos da região tem sua gênese em rochas pré-intemperizadas deficientes em nutrientes, inclusive numa nutria gama de micaxistos, xistos cloríticos e arenitos. Conseqüentemente, não é de estranhar que tenham propriedades químicas deficientes. Um alto percentual 92%, têm baixos teores de P; 77% tem baixos teores de Ca e Mg; e 60% tem níveis baixos de K. Em relação a esses últirnos elementos, é evidente que muitos dos solos sofrem de graves desequilíbrios nutricionais. Aproximadamente 74% têm baixas relaçöes Ca/Mg; 69% baixas relaçães Ca/K; e rnenos de 17% baixas relaçôes Ca/Mn. Em muitos solos ambas as relaçöes, Ca/Mg e Ca/K são baixas.
Os freqüentes teores muito baixos de Ca nos solos e os níveis relativamente altos de Mg (embora, em termos absolutos, esses últimos sejam baixos quando comparados com os teores de Mg na maioria dos solos de outras regiôes tropicais), parecem ser os traços fundamentais de muitos dos solos dessa região. Isso pode explicar. em parte, as mudanças sutis na vegetação natural. A esse respeito, é interessante comparar os teores de Ca e Mg e suas relaçôes no perfil GE-077, que descreve o Sistetna de Terra No 25, com outros solos de Cerrado e de florestas. Ou, alternativamente, verificar que as relaçôes Ca/Mg diminuem substancialmente entre os perfis GE - 131 e GE - 132, tomados de uma floresta decídua e de cerrado, respectivamente, apesar de serem solos ―visualmente‖ similares (as amostras desses perfis foram retiradas a menos de 5 Km uma da outra). Mudanças similares foram também detectadas pelo autor nas análisis de solos de Cerradão, com amostras retiradas no Centro de Pesquiza Agropecuária dos Cerrados tinha relaçôes menores de Ca/Mg do que o solo do Cerradão.
O Sistema de Terra No. 25 provê um exemplo de terras que seriam férteis e entretanto sustentam vegetação de Cerrado. Exemplos de Cerrados crescendo em solos ricos em cálcio são encontrados na região mais seca do nordeste da Regiâo Geoeconôrnica,
incluindo os Sistemas de Terra No. 43 e 44. Dados tentativos adicionais não registrados este relatório sugerem que esse fenômeno poderia estar relacionado, com os baixas coses.Ca/Mg.
A Tabela 1 inclui uma indicaçäo preliminar da probabilidade de que existam deficiências dos elementos-traços Zn, Fe e CI. Isso deve ser interpretado com muita reserva, uma vez que há poucas informaçöes disponíveis para orientar a interpretaçäo dos dados. Contudo, parece provável que muitos dos solos sejam deficientes em Zn; isso certamente aconteceria mais provavelmente com a aplicaçäo de calcário para corrigir os desequilíbrios de nutrientes e possivelmente a toxicidades do alumínio.
A toxicidade do Al parece ser um, problerna potencial em muitos solos para as culturas sensíveis ao mesmo. Entretanto, é interessante comparar on níveis de Al intercambiável ou trocável nas camadas superiores e inferiores de muitos solos e constatar que, enquanto até 76% das camadas superiores na região possuem altos teores de Al, so aproximadamente 24% das camadas infeniores têm o mesmo problema. É óbvio que a equação desenvolvida por Cohcrane (1980) seria útil para fazer a correção das toxicidades potenciais de Al quando as camadas inferiores dos solos têm baixos níveis de Al. Podem ser necessárias, porém, aplicações de Ca além do nível necessário para corrigir o excesso de Al, a fim de equilibrar as relações baixas de Ca/Mg, Ca/K ou Ca/Mn em certas condições específicas de solos.
A Tabela 1 trata com toda atenção tanto da capacidade de troca de cátions (CTC)
quanto da capacidade de troca de ãnions (CTA), dos solos da região. Baixos valores de CTC indicam uma capacidade muito baixa do solo de reter on cãtions nutrientes e a vantagem de aumentar essa característica melhorando o solo, geralmente mediante a incorporação direta de matéria orgânica, ou mediante uma tentativa de aumentar os níveis de matéria orgânica viável,
através do uso de pastagens de alqueive de gramíneas e leguminosas consorciadas, ou outras técnicas similares. Aproximadamente 74% dos solos têm baixos valores de CTC. E também importante constatar que quase a mesma percentagem (72%), dos solos tem valores de CTA relativamente altos. Isso significa que esses solos, além de poderem reter cátions nas suas supefícies de intercârnbio, também podem reter ãnions tais como. NO3, SO4 e Cl-. Foi ao reconhecer a importância da capacidade de troca de ãnions dos solos troicais, e os problemas inerentes nas metodologias existentes para sua mensuração, que Cochrane a ‘ Souza (1985)
desenvolveram a rnetodologia aprimorada usada para medir CTA ( juntamente com CTC e
ambos os nutrientes catiônicos e aniônicos), neste levantamento.
E necessário levar em consideração que a maioria dos solos, tanto con CTC quanto com
CTA, são solos de ―carga variável‖, o que significa que suas capacidades de iritercâmbio
podem ser afetadas por variaçöes no pH e, em menor grau, pela concentração da
dissolução de solo e os tipos relativos de íons em dissolução. Conseqüentemente, a
calagem afeta os valores tanto de CTC quanto de CTA (Cochrane Souza, 1985). Mesmo
assim, um conhecimento antecipado dos valores de CTA é fundamental para um melhor
manejo de muitos solos tropicais. Por exemplo, a CTA afeta o rnovimento de SO 4 em
todo o perfil do solo, quando se aplica gesso (CaSO4) pare acelerar o movimento dos
CA2 para o subsolo, em solos com baixos níveis de Ca ou baixos desequilibrios de
Ca/Mg, Ca/K e Ca/Mn, ou altos teores de Al, com a finalidade de corrigir rnuitos dessea
problemas. Está também ficando claro que a lixiviação em muitos solos tropicais ácidos
depende da presença de
NO3 na solução do solo, e que, nesse respeito, é muito importante ten conhecimento da CTA. O nitrogênio é aplicado na maioria das culturas, freqüentemente em tratamentos inicialmente excessivos, que podem acelerar o lixiviamento. Mesmo em condições naturais, o nivel de NO3 em dissolução de solo pode ser excessivo, devido ao fenõmeno de ―flush‖ de nitrogênio no
começo da estação chuvosa (Hardy 1946); isso tem indubitavelmente contribuído de maneira subtancial para as condições deficientes de nutrientes de muitos dos solos de cerrado (É possível que o desenvolvimento da CTA seja a resposta da natureza para diminuir a taxa de lixiviação induzida pelo NO3).
Os dados analíticos de solo que acompanham as descrições de perfil de solo no Anexo II não incluem análises de S, Cu, Mo, ou B. Aliás, algumas análises de Cu, e SO2 e B foram realizadas; os valores de Cu e SO4 eram geralmente demasiado baixos para serem detectados com o extrato de 0,5M.NH4NO3. O tempo e a falta de disponibilidade de pessoal não permitiram que fossem realizadas as análises de B por extrato de água, na oportunidade em que este relatório foi apresentado. A deficiência potencial de S pareceria então provável para muitas das espécies cultivadas em solos de ex-cerrado, e a possibilidade de deficiências de Cu e Mo não deve ser descartada. A deficiência de B já foi relatada por da Silva & Andrade (1983), para algumas cultivares de trigo plantados em Oxisols lixiviados; mas esse estudo indica que a sua aplicação pode ser prejudicial a produção de outras culturas. A deficiência de cloro pode ser um problema potencial em alguns solos, embora o critério de nível de deficiência utilizado para compilar a Tabela 1, ou seja, menos de 3 ppm, seja , obviamente, rnuito
tentativo. Embora não constemna Tabela 1, os níveis de Na de muitos solos parecem ser muito baixos e indicariam a necessidade de cochos de sal para uma produção pecuária satisfatória em muitas áreas.
A deficiência de nitrogênio,não foi indicada neste estudo. Acredita-se ser um
problema que afeta a maioria das culturas, excluindo as leguminosas. Obviamente, em solos com baixa capacidade de troca, pode valer a pena dividir as aplicações de fertilizantes para evitar lixiviação dos cátions nutrientes induzida por um excesso de NO3. Por outra parte, as aplicações de nitrato podem ser usadas para acelerar o movimento de Ca para os subsolos,a
fim de corrigir os problemas relacionados ao cálcio.
O que talvez não fique evidente na Tabela 1, embora tenha sido frisado nas descrições dos solos dos Sistemas de Terra individuais, é que a variação da roche-mãe, nos diferentes solos e em toda a região, exerce uma forte influência sobre a fertilidade e o potencial de produção continuada dos mesmos. Aqueles solos formados a partir de material ígneo, tais como o gabro do Sistema de Terra, No. 20, ou mesmo os materiais similares ao granito, e especilamente os varias solos desenvolvidos a partir de material calcário, possuem uma fertilidade natural muito superior àquela dos solos formados a partir de xistos antigos pré-intemperizados e sedimentos ricos em quartzo. Como os primeiros obviamente possuem maiores reservas de minerais ricos em nutrientes vegetais, provavelmente sustentarão uma produção agrícola relativamente intensiva durante anos, com insumos mínimos de fertilizantes e de correção de solo. Por outra parte, os solos formados a partir de materiais de origem
deficientes em minerais exigiriam insumos em maior quantidade e com maior freqüência, para fertilização e correção de solo, para atingir uma produção agrícola aceitável. O melhor manejo para esses solos seria uma rotação de culturas de períodos de 2 a 3 anos, incluindo
leguminosas e preferivelmente, a incorporação do adubo verde ou orgânico, seguida por períodos de 4 a 5 anos de algueive, com uma pastagem de gramíneas e leguminosas consorciadas.
Potencial de Uso da Terra e Possibilidades Agroindustriais.
A Tabela 1 fornece um guia de referência rápida do potencial de uso da terra dos Sistemas de Terra individuais e indica em guais poderia haver necessidade de agroindústrias complementares. Obviamente, o uso que seja feito de qualquer área de terra deverá refletir as pressões sócioeconõmicas em mutação. Entretanto, existem muitas áreas interessantes para a expansão de tanto da produção agrícola quanto da agroindústria. Vale a pena notar,como
observação geral a esse respeito, que, na maior parte dos Sistemas de Terra com recursos de
terra melhores, em termos tanto físicos quanto químicos, as propriedades locais e as vilas vizinhas mostram sinais evidentes de aumento de prosperidade.
Um resumo do Potencial Agrícola
A Tabela 2 (Table ll) foi elaborada com o intuito de colocar as informações resumidas na Tabela 1 dentro de uma perspectiva mais ampla, para fazer uma colocação sucinta do potencial de uso da terra na Região Geoeconômica. Nessa Tabela, os sistemas de terra individuais foram agrupados em cinco amplas categorias:
A 1) Terras com pouca necessidade de adubação, próprias para culturas mecanizadas;
B 2) Terras com grandes necessidades de adubação, próprias para culturas
mecanizadas;
C 3) Terras com pouca necessidade de adubação, próprias para tratos culturais
rnanuais;
D 4) Terras com grandes necessidades de adubação, próprias para tratos culturais
manuais;
E 5) Terras próprias para pecuária de sistema extensivo e/ou atividades florestais.
Estas 5 categorias foram subdivididas de acordo com a temperatura, em termos mais amplos, e com a duração dos regimes de estiagem.
Na Tabe1a II, podemos ver que só aproximadamente 4% dos solos da região são considerados como tendo pouca necessidade de adubação e sendo próprios para culturas mecanizadas. Existem outros 6% que têm pouca necessidade de adubação, mas seu uso é
lirnitado principalmente a culturas de tratos manuais, devido à topografia do sistema. Esses solos férteis são encontrados em diferentes condições climáticas, o que influenciaria os tipos de
culturas a serem selecionadas. É interessante constatar que aqueles que são próprios só para o
cultivo manual, são, em geral, encontrados em áreas mais frias
e úmidas, normalmente consideradas adequadas para a produção de café. Todos os solos classificados como tendo pouca necessidade de edubação se originaram de materiais
comparativamente ricos em minerais.
O maior grupo de terras, aproximadamente 40%, tem solos classificados como tendo grandes necessidades de fertilizantes, embora apropriados para cultivo mecanizado. Aproximadamente a metade dessas terras está localizada nas áreas mais frias e altas da região, e a outra metade nas áreas mais quentes e de cotas inferiores. Nos climas isotérmicos mais frios, a maior proporção dos solos é encontrada em áreas com estação chuvosa mais prolongada, enquanto que nos climas iso-hipertérmicos mais quentes, a maioria está confinada a áreas com estação chuvosa mais curta, o que limitaria o uso da terra a culturas de ciclo curto. Obviamente, todas as terras que foram classificadas como tendo grandes necessidades de adubação apresentam problemas graves de rnanejo da fertilidades do solo e deveriam ser usadas para agricultura mista, talvez com uma seqüencia de culturas durante 1 a 3 anos, incluindo uma leguminosa, seguida por um período de alqueive de 3 a 5 anos (ou mais) com pastagens formadas de gramíneas e leguminosas consorciadas. Conseqüentemente, em média, provavelmente só um—
terço da extensão de terra seria usado para culturas agrícolas a cada ano, para o estabelecimento de sistemas agropecuários continuados e fixos.
Além dos 40% da região de terras com grandes necessidades de adubação, apropriados para culturas mecanizadas, aproximadamente 15% foram classificados coma terras com grandes necessidades de adubação apropriadas para tratos culturais rnanuais. Essas terras estão locali-zadas em áreas de altiplano mais úmido e poderiam ser utilizadas para a expansão do cultivo de espécies de árvores. Os outros 35% da região foram classificados como terras de solos próprios para a pecuária de sistema extensivo ou as atividades florestais; mas é claro que nessas áreas existem, geralmente, bolsões de terras mais produtivas e de manejo mais fácil.
Conclusão
Em conclusão, podemos afirmar que existe um potencial razoável para a expansão agropecuária na Região Geoeconômica de Brasília. Entretanto, é necessário tomar cuidado na seleção das culturas e dos sistemas de cultivo para cada sistema de terra. Além disso, o uso bem sucedido de grandes áreas de terras com baixa fertilidade dependerá do desenvolvimento de práticas de adubação melhoradas, que só podem ser encontradas mediante um maior e mais intenso esforço de pesquisa. O desenvolvimento de sistemas agrícolas mistos para as terras mais planas onde há necessidade maior de fertilizantes deveria ser considerado prioritário, a fim de garantir a produtividade das mesmas. Planejamento cuidadoso no estabelecimento de infraestrutura e agroindustrias, para servir melhor os sistemas de terra de grande promessa agrícola, ajudaria a maximizar o desenvolvimento e a prosperidade.
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